Instrumentos (Pag. 6)


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Didgeridoo

 

Tradicionalmente, fabricado pelos aborígenes do Norte da Austrália, a partir de troncos ocos ou que eram colocados junto a termiteiras para que as térmitas comessem o miolo (mais mole), originando assim um tronco oco.

Em seguida talhavam-lhe uma boquilha que era forrada com cera para ajustar na perfeição à boca do tocador. Actualmente fabricam-se instrumentos destes, com aprx. 1,22m de comprido, em materiais sintéticos, mantendo os desenhos tradicionais originalmente criados pelos aborígenes

 

Gaita medieval

 

 

Esta pequena gaita medieval tem dois roncos e um ponteiro com 8 buracos, muito próximos, mais um buraco para o polegar. Habitualmente afinada em Sol (considerada a tonalidade mais provável deste instrumentos na Idade Média). Toca suficientemente baixo para poder ser tocada em espaços interiores.

 

 

Xiao

O nome Xiao, para os chineses, tem vários significados. Para além de ser um sobrenome, pode também significar amor filial e é também o nome dado a uma patente militar do exército chinês.

Este instrumento é também apelidado de dòngxiāo (dong quer dizer “buraco”), ou ainda “shakuhachi”.

É feito de Bambu e a sua invenção data de há mais de 2.000 anos. Terá acontecido durante a dinastia de Tang e de Sung, quando os instrumentos tocados em posição vertical foram caracterizados como "xiao" e os tocaos em posição horizontal como "dizi".

Este exmplar tem como nota mais baixa o Ré.

 

Raita (Marrocos)

Trata-se de mais uma das muito variadas gaitas de palheta dupla, originárias da civilização árabe de Norte de África. É mais uma gaita de madeira com palheta de cana, utilizada na´mui rica música tradicional moura.

 

A flauta cubana

 

A flauta cubana foi feita para se basear nas terceira e quarta oitavas ??? (bonito service, não???). O grande Richard Egues, na volta dos seus 80 invernos, ainda tocava até ao Fá# da quarta oitava.

Este belo aerofone em madeira de ébano, com um furo (câmara de ressonância) cónico, tem 5 chaves e parece ter sido herdado dos franceses por voltas do séc. XIX.

É um instrumento difícil num tipo de música difícil para o flautista clássico porque as notas fortes estão nos sítios aonde habitualmente estão as notas fracas.

Para uma melhor leitura acerca das intricadas malhas da música cubana, aconselhamos a leitura da obra de Rebecca Mauleon's "Salsa Guide Book" da editora “Chuck Scher Publications”.

 

 

 Clarinete turco (em Sol grave)

É certo que não é mais que um clarinete, mas um clarinete com 48 notas em cada oitava. A teoria musical turca trabalha com quartos e com oitavos.

Um instrumento destes, com um sistema de chaves Albert (que dizem ser o mais fácil), tem 79cm de comprimento com uma campânula de  8cm de diâmetro.

 

Flauta de Pan romena (de 24 tubos)

Trata-se da flauta de pan romena constituida por 29 tubos em ácer, juntos em arco. O fundo de cada tubo é uma rolha em cortiça que pode ser movida para afinar.

 

 

 

Clarinete de bambu curvo (em Mi bemol)

Cá temos (à direita) mais uma criação em bambu a imitar um clarinete (desta vez no registo de barítono). A curvatura do bambu é conseguida por junção de 16 ou 17 argolas de bambu. Produz até 2 oitavas com uma digitação semelhante à da flauta de bisel e o facto de usar os dedos para tapar os buracos, permite fazer vibrato (algo que não funciona bem com os clarinetes e saxofones).

 

 O corno

Meus senhores, eis o corno.

Um misto de flauta e de ocarina ou uma ocarina com bocal de flauta. Um híbrido nascido do aproveitamento d uma matéria prima que foi, em tempos, abundante. Embora, ainda nos nossos dias, o corno seja facilmente encontrado, um pouco por toda a parte, tem sido menos aproveitado para as artes melódicas.

Mesmo assim, ainda se fazem cornos de boa qualidade, como este que aqui apresentamos.

 

 

 

 

 

Arghul

Também chamado argul, arghoul, arghool, argol, ou yarghul (Palestina),

 

Mais um ilustre parented a família dos aerofones de sopro. Desde que o homem descobriu o buraco que não consegue largá-lo. Aqui temos até dois buracos em vez de um. É uma espécie de flauta egípcia com palhetas duplas, não chega a fazer uma oitava completa (tem sete notas num dos tubos enquanto o outro actua como ronco contínuo).

Como podemos observar, o seu aspecto pode sofrer algumas interessantes variações.

 

 

Duda (gaita de fole)

 

Conhecida como Magyar Duda por ser mais ou menos aceite que tem origem na Hungria, é um exemplo das gaitas de fole originárias da região intermédia dos Cárpatos.

De facto, as gaitas que encontramos a leste de uma libnha imaginária entre o Báltico e a costa da Ìstria, possuem muitos elementos comuns: ponteiro duplo com palheta simples (parecidas com as palhetas usadas nos roncos das gaitas ocidentais), com campânulas usando uma secção de corno, para dar relevo às notas mais baixas.

As palhetas podem ser feitas de bico de ganso ou de cana. O saco, pode ser feito de pele de vaca, de carneiro ou de cão, ou com o estômago de um cabrito.

A forma mais tradicional usa a pele de um cão, o que levou ao aparecimento de um ditado húngaro que diz que “O GAITEIRO TEM DE IR PARA O INFERNO QUE É ONDE VÃO PARAR OS CÃES GRANDES DE ONDE SE FAZEM AS MELHORES GAITAS”.

 

Na parte exterior do ponteiro, aparece um trabalhado em forma de cornos, feito com Madeira de macieira ou de pinheiro. O ponteiro e os roncos são geralmente em ácer (da mesma árvore para assegurar a mesma tonalidade).

 A característica mais curiosa deste instrumento é o ponteiro duplo. Uma metade do ponteiro (o “dallámsíp”), toca a melodia com o alcance de uma oitava. A outra metade do ponteiro (o “kontrasíp” ou “kontra”) tem apenas um furo e toca em duas notas (tónica ou dominante).

Outra característica é um furo muito pequeno, no topo do ponteiro melódico, que faz com que qualquer nota suba aproximadamente meio tom. Isto dá à gaita um carácter cromático bastante consistente (apenas lhe falta uma sétima maior).

Em configurações mais antigas, era afinada com uma terceira e uma sexta neutrais (a meio termo entre o maior e o menor) o que lhe permitia acompanhar indiferentemente, músicas em tonalidade maior e menor. Para tocar em menor, tapavam o furo do topo (que define o meio tom) com cera.

  

Existem variantes, por exemplo ao longo das fronteiras da Eslováquia e da Croácia que chegam a ter 4 tubos.

Nestes casos, uma das mãos toca a dominante num ponteiro enquanto que a outra mão toca a tónica (até à subdominante) em outro ponteiro. Neste caso, da tónica à subdominante não vai haver meios tons porque o furo dos meios tons está no outro ponteiro. O terceiro ponteiro será o que faz alternar a nota entre tónica e dominante. Se levar ainda outro ponteiro, este será um ponteiro com um furo (para o polegar) que apenas faz a tónica mudar de oitava (usado para marcação ritmica

 

A Duda, manteve-se o instrumento de eleição em todas as celebrações até à década de 1920. Pela década de 1950 quase desapareceu em favor das bandas ciganas com instrumentos clássicos e repertórios cosmopolitas. Contudo, as bandas tradicionais acabaram por recuperar o instrumento para a ribalta, passado pouco tempo.

História:

 

Curiosamente, na Hungria, a igreja católica nunca reprimiu o uso da gaita de fole, como aconteceu em muitos outros países, como é o caso do nosso em que a igreja, preocupada em manter o povo temeroso das iras de Deus, renegou e desprezou todos os instrumentos de característica alegre ou festiva. Isto levou a que os gaiteiros fossem vistos com desprezo (a ponto de se chamarem “gaiteiras” às mulheres de pouco respeito), enquanto vigorou o domínio da igreja na vida pública. Excepções feitas às terras muito retiradas onde o longo braço do clero tinha maior dificuldade em reprimir as antigas tradições pagãs.

Assim, na Hungria, podemos ainda encontrar muitos elementos históricos que nos permitem traçar uma biografia bastante precisa desta peça do instrumentário tradicional.

 

 

 

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Última actualização: 23/12/23.

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