Tradicionalmente,
fabricado pelos aborígenes do Norte da Austrália, a partir de troncos ocos ou
que eram colocados junto a termiteiras para que as térmitas comessem o miolo
(mais mole), originando assim um tronco oco.
Em seguida talhavam-lhe uma
boquilha que era forrada com cera para ajustar na perfeição à boca do tocador.
Actualmente fabricam-se instrumentos destes, com aprx. 1,22m de comprido, em
materiais sintéticos, mantendo os desenhos tradicionais originalmente criados
pelos aborígenes
Gaita medieval
Esta pequena gaita
medieval tem dois roncos e um ponteiro com 8 buracos, muito próximos, mais um
buraco para o polegar. Habitualmente afinada em Sol (considerada a tonalidade
mais provável deste instrumentos na Idade Média). Toca suficientemente baixo
para poder ser tocada em espaços interiores.
Xiao
O nome Xiao, para os
chineses, tem vários significados. Para além de ser um sobrenome, pode também
significar amor filial e é também o nome dado a uma patente militar do exército
chinês.
Este instrumento é também
apelidado de dòngxiāo (dong quer dizer “buraco”), ou ainda “shakuhachi”.
É feito de Bambu e a sua
invenção data de há mais de 2.000 anos. Terá acontecido durante a dinastia de
Tang e de Sung, quando os instrumentos
tocados em posição vertical foram caracterizados como "xiao" e os tocaos em
posição horizontal como "dizi".
Este exmplar tem como nota
mais baixa o Ré.
Raita (Marrocos)
Trata-se de mais uma das
muito variadas gaitas de palheta dupla, originárias da civilização árabe de
Norte de África. É mais uma gaita de madeira com palheta de cana, utilizada
na´mui rica música tradicional moura.
A
flauta cubana
A flauta cubana foi feita
para se basear nas terceira e quarta oitavas ??? (bonito service, não???). O grande Richard Egues, na volta dos seus 80
invernos, ainda tocava até ao Fá# da quarta oitava.
Este belo aerofone em
madeira de ébano, com um furo (câmara de ressonância) cónico, tem 5 chaves e
parece ter sido herdado dos franceses por voltas do séc. XIX.
É um instrumento difícil
num tipo de música difícil para o flautista clássico porque as notas fortes
estão nos sítios aonde habitualmente estão as notas fracas.
Para uma melhor leitura
acerca das intricadas malhas da música cubana, aconselhamos a leitura da obra de
Rebecca Mauleon's "Salsa Guide Book" da editora “Chuck Scher Publications”.
Clarinete
turco (em Sol grave)
É certo que não é mais que
um clarinete, mas um clarinete com 48 notas em cada oitava. A teoria musical
turca trabalha com quartos e com oitavos.
Um instrumento destes, com
um sistema de chaves Albert (que dizem ser o mais fácil), tem 79cm de
comprimento com uma campânula de 8cm de diâmetro.
Flauta de
Pan romena (de 24 tubos)
Trata-se da flauta de pan
romena constituida por 29 tubos em ácer, juntos em arco. O fundo de cada tubo é
uma rolha em cortiça que pode ser movida para afinar.
Clarinete
de bambu curvo (em Mi bemol)
Cá temos (à direita) mais
uma criação em bambu a imitar um clarinete (desta vez no registo de barítono). A
curvatura do bambu é conseguida por junção de 16 ou 17 argolas de bambu. Produz
até 2 oitavas com uma digitação semelhante à da flauta de bisel e o facto de
usar os dedos para tapar os buracos, permite fazer vibrato (algo que não
funciona bem com os clarinetes e saxofones).
O
corno
Meus senhores, eis o corno.
Um misto de flauta e de ocarina ou uma
ocarina com bocal de flauta. Um híbrido nascido do aproveitamento d uma matéria
prima que foi, em tempos, abundante. Embora, ainda nos nossos dias, o corno seja
facilmente encontrado, um pouco por toda a parte, tem sido menos aproveitado
para as artes melódicas.
Mesmo assim, ainda se fazem cornos de boa qualidade, como
este que aqui apresentamos.
Arghul
Também chamado argul,
arghoul, arghool, argol, ou yarghul (Palestina),
Mais um ilustre parented a
família dos aerofones de sopro. Desde que o homem descobriu o buraco que não
consegue largá-lo. Aqui temos até dois buracos em vez de um. É uma espécie de flauta egípcia com palhetas
duplas, não chega a fazer uma oitava completa (tem sete notas num dos tubos
enquanto o outro actua como ronco contínuo).
Como podemos observar, o seu aspecto pode
sofrer algumas interessantes variações.
Duda
(gaita de fole)
Conhecida como Magyar Duda por ser mais ou
menos aceite que tem origem na Hungria, é um exemplo das gaitas de fole
originárias da região intermédia dos Cárpatos.
De facto, as gaitas que encontramos a leste de
uma libnha imaginária entre o Báltico e a costa da Ìstria, possuem muitos
elementos comuns: ponteiro duplo com palheta simples (parecidas com as palhetas
usadas nos roncos das gaitas ocidentais), com campânulas usando uma secção de
corno, para dar relevo às notas mais baixas.
As palhetas podem ser feitas de bico de ganso
ou de cana. O saco, pode ser feito de pele de vaca, de carneiro ou de cão, ou
com o estômago de um cabrito.
A forma mais tradicional usa a pele de um cão,
o que levou ao aparecimento de um ditado húngaro que diz que “O GAITEIRO TEM DE
IR PARA O INFERNO QUE É ONDE VÃO PARAR OS CÃES GRANDES DE ONDE SE FAZEM AS
MELHORES GAITAS”.
Na
parte exterior do ponteiro, aparece um trabalhado em forma de cornos, feito com
Madeira de macieira ou de pinheiro. O ponteiro e os roncos são geralmente em
ácer (da mesma árvore para assegurar a mesma tonalidade).
A característica mais curiosa deste
instrumento é o ponteiro duplo. Uma metade do ponteiro (o “dallámsíp”), toca a
melodia com o alcance de uma oitava. A outra metade do ponteiro (o “kontrasíp”
ou “kontra”) tem apenas um furo e toca em duas notas (tónica ou dominante).
Outra característica é um furo muito pequeno,
no topo do ponteiro melódico, que faz com que qualquer nota suba aproximadamente
meio tom. Isto dá à gaita um carácter cromático bastante consistente (apenas lhe
falta uma sétima maior).
Em configurações mais antigas, era afinada com
uma terceira e uma sexta neutrais (a meio termo entre o maior e o menor) o que
lhe permitia acompanhar indiferentemente, músicas em tonalidade maior e menor.
Para tocar em menor, tapavam o furo do topo (que define o meio tom) com cera.
Existem variantes, por exemplo ao longo das
fronteiras da Eslováquia e da Croácia que chegam a ter 4 tubos.
Nestes
casos, uma das mãos toca a dominante num ponteiro enquanto que a outra mão toca
a tónica (até à subdominante) em outro ponteiro. Neste caso, da tónica à
subdominante não vai haver meios tons porque o furo dos meios tons está no outro
ponteiro. O terceiro ponteiro será o que faz alternar a nota entre tónica e
dominante. Se levar ainda outro ponteiro, este será um ponteiro com um furo
(para o polegar) que apenas faz a tónica mudar de oitava (usado para marcação
ritmica
A Duda, manteve-se o instrumento de eleição em
todas as celebrações até à década de 1920. Pela década de 1950 quase desapareceu
em favor das bandas ciganas com instrumentos clássicos e repertórios
cosmopolitas. Contudo, as bandas tradicionais acabaram por recuperar o
instrumento para a ribalta, passado pouco tempo.
História:
Curiosamente, na Hungria, a igreja católica
nunca reprimiu o uso da gaita de fole, como aconteceu em muitos outros países,
como é o caso do nosso em que a igreja, preocupada em manter o povo temeroso das
iras de Deus, renegou e desprezou todos os instrumentos de característica alegre
ou festiva. Isto levou a que os gaiteiros fossem vistos com desprezo (a ponto de
se chamarem “gaiteiras” às mulheres de pouco respeito), enquanto vigorou o
domínio da igreja na vida pública. Excepções feitas às terras muito retiradas
onde o longo braço do clero tinha maior dificuldade em reprimir as antigas
tradições pagãs.
Assim, na Hungria, podemos ainda encontrar
muitos elementos históricos que nos permitem traçar uma biografia bastante
precisa desta peça do instrumentário tradicional.
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