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Sitar
Este é aquilo que poderemos chamar um Sitar básico. Tem 7 cordas dedilháveis:
4 melódicas e 3 “chikari” (usadas para tocar notas acentuadamente agudas). Tem
9-12 cordas simpáticas que correm por debaixo da escala e da ponte principal,
pela sua própria ponte.
Nyckelharpa


Este é um instrumento realmente complexo. Trata-se do
Nyckelharpa sueco e não é mais do que uma concepção complicada de um violino com
teclas. Pode também ser interpretado como uma sanfona de arco. Os primeiros
sinais deste instrumento remontam à baixa idade media (+/- séc. IX), mas foi
mais popular por volta do séc. XVI em diante. O aparecimento mais antigo da
nyckelharpa é um relevo junto de uma das portas da igreja de Källunge em
Gotland, datado de 1350 mostarndo 2 violinos – presumivelmente nyckelharpas de
origem europeia. Também se encontram gravuras deste género de instrumento em
Hildesheim (Alemanha) e em Siena, na Itália. Como seria de esperar, as versões
mais antigas do instrumento eram mais simples e não possuíam uma escala
totalmente cromática. Que se saiba, nunca houve, nem há, nenhuma fábrica de
Nyckelharpa, o que explica a raridade deste instrumento musical. É habitualmente
feito de pinho e tem 16 cordas e 37 teclas de madeira. Contudo são conhecidas,
pelo menos, 4 variantes que diferem no número de cordas, de teclas e no arranjo
das mesmas. Toca-se quase sempre em posição próxima da horizontal, apoiada no
joelho (como a posição da guitarra de folk, mas mais deitada). As teclas são
accionadas com a mão esquerda e o arco com a direita.
O Dan Bau

Instrumento oriental, cujo som poderia ser o
cruzamento entre um Theremin e um Dobro (guitarra com tampo de ressonância
metálico).
Este tem um tampo de ressonância em madeira
de baixa densidade. Modernamente usa-se pinho nórdico ou abeto. O resto do corpo
do instrumento é em madeira densa. Este exemplar tem cordas metálicas e
afinadores metálicos.
Habitualmente, este instrumento uma oitava
abaixo do Dó médio (frequência de referência é 130,813 Hz), mas pode ser afinado
em qualquer outra nota que seja mais conveniente ao resto dos instrumentos com
que possa fazer conjunto.
As composições mais antigas que se conhecem,
para o Dan Bau datam de 1770, mas muitos estudiosos estimam que seja instrumento
para ter até 1000 anos ou mais.
Uma lenda popular acerca do dan bau, é de que
se trata de um instrumento muito usado pelos cegos, mesmo por mulheres que
tocavam o dan bau no mercado, para ganhar algumas moedas e sustentar a família
enquanto os maridos estavam na guerra.
Até recentenmente, o baixo volume sonoro do dan bau, limitou
a utilisazão do isntrumento no nosso mundo cada vez mais ruidoso. Com a invenção
dos microfones de captação próxima, este recuperou a sua popularidade e vê-se
agora usado em meios pseudo-intelectuais onde se pretende publicitar a cultura e
os conhecimentos dos anfitriões, usando um instrumento tipicamente
característico da música popular vietnamita, acompanhando a leitura de poemas,
ou executando solos pop-rock da música asiática contemporânea.
Gravikord
Mais uma interessante modernice. Trata-se de uma Kora Africana, electrónica,
em Madeira e aço.Como seria de esperar de um instrumento de raiz africana, tem
grandes possibilidades rítmicas, mais ainda pelo facto de cada mão ter bordões e
melódicas à disposição (em escala alternada), podendo assim alternar baixos com
muito mais agilidade. Este é um modelo de harpa para tocar música de dança.
Necessita de amplificador. Pesa 2,5Kg, a estrutura é metálica, o chaço de
afinadores é em madeira, mas os afinadores são metálicos e encordoa com 24
cordas monofilamentares de cores diferentes para distinguir as notas da escala.
Cimbalon
“Cimbalom” de concerto, de origem húngara. É um cordofone de percussão
clássico, habitualmente produzido com Madeira de ácer, faia e undianuno preto,
com o tampo de ressonância em pinho romeno. Afina da forma clássica (C-a3)
O Ney

O Ney, também conhecido por nai, nye, nay, gagri tuiduk, or karghy tuiduk , é
uma flauta de cana usada desde a Pérsia até ao Egipto, que produz um som muito
ao estilo árabe. A julgar pelas imagens encontradas em pirâmides egípcias e em
verdadeiros exemplares do instrumento encontrados nas escavações em Ur, este
pífaro deve andar entre nós desde há uns 4500 a 5000 anos. Mais recentemente, o
seu som entrelaçado e banboleante, foi forte influência em bandas sonoras de
filmes como "The Last Temptation of Christ" e "The Passion of the Christ"). Para
determinarmos a afinação actual do instrumento, temos de executar alguns
trabalhos de dedução: se considerarmos que o som do instrumento com os buracos
todos tapados, corresponde ao Ré, então dá-nos a escala de Mi (em que o Mi
corresponde ao instrumento com apenas o último buraco aberto). Como possui
também um buraco para o polegar, pode produzir 3 oitavas. NOTA: não confundir
com a palavra romena “nai” que se refere a uma espécie de Flauta de Pan curva.

Parlor
Pipe
Esta é uma gaita-de-foles específica para tocar dentro de portas, em
“ensemble” com instrumentos de corda sem abafar o som destes. É suficientemente
estridente para se distinguir como gaita-de-foles, mas não demasiado para manter
o equilíbrio sonoro com o resto do “ensemble”. O exemplo aqui apresentado é
feito em pau rosa.
Sax de
bolso do Maui
O Sax de bolso da ilha de Maui, no Haway, tem uma história muito “sui generis”.
Foi inventado por Brian
Wittman (na foto), residente no Maui, por volta dos anos 80 do séc. XX. É feito
de uma cana de bambu à qual é feito um entalhe semelhante à boquilha de um
clarinete ou de um saxofone, com uma palheta do mesmo tipo. Os furos são feitos
de forma a que a digitação se pareça com a de um saxofone. Brian Wittman já
vendeu um par de dezenas de milhar destes instrumentos, aliás feitos com muita
perfeição, como pode ver-se na imagem.
Ocarina
feita de Batata Doce
É mesmo uma batata doce, escavada e com os furos necessários para se
comportar como uma ocarina normal. É mais uma prova de que qualquer um pode ser
músico e ter o seu próprio instrumento por pouco dinheiro ou até de borla.
MIJWIZ
Mijwiz significa “duplo” em árabe e é o nome para uma gaita dupla de palheta
simples, também referida como um clarinete duplo. Muito popular na Síria,
Palestina e no Líbano. É muito usada para acompanhar as danças de coluna das
festas e dos casamentos ou “dabkah”.
O
Mijwiz é um dos instrumentos mais antigos que se conhecem. Outros comparáveis,
encontrados no Egipto, são a “zummârah” e o “arghûl” (de que falaremos mais
adiante), os quais usam um dos tudos como ronco (continuo).
Por seu lado o Mijwiz consiste em dois tubos identicos, de palheta simples,
agarrados juntos com fio ensopado em alcatrão ou cera. Cada tubo é uma gaita
completa com seis furos melódicos (não tem ronco).
Tradicionalmente é tocado em continuo, usando a técnica de respiração
circular (em que se usa a boca como se usa o saco de uma gaita de fole.
Toca-se com a(s) palheta(s) toda(s) dentro da boca e na música tradicional,
tocam-se os dois tubos em uníssono.
Com os seis furos, conseguem-se 7 tons, quase uma oitava (se bem que na
escala oriental isso não seja de ter em grande conta) e o facto de ter 2 tubos
confere um som muito cheio a este curioso instrumento.
É uma peça com uns 28cm aprx.
FLAUTA
NEPALESA (BAIXO)
Há já muito tempo que não falávamos de flautas, esse
efémero instrumento que surge a cada esquina, por vezes construído com o
canivete de cortar o chouriço.
Esta é uma flauta com uns 76cm de comprido, tratando-se da
variante maior das flautas nepalesas. Toca numa oitava muito baixa (Dó ou Ré uma
oitava abaixo da clave de sol).
A decoração é bastante característica da região, como se pode
observar pela imagem.
Sipsi
Não confundir com o cachimbo marroquino usado para
fumar Kif (um tipo rascal de marijuana) e que tem o mesmo nome.
O Sipsi de que aqui falamos trata-se de um instrumento turco,
uma gaita de cana com palheta única, algo parecida com o Mijwiz de que já
falámos. O Sipsi tem aprx. 23cm de comprimento e tem 5 buracos mais um para o
polegar. Toca numa escala diatónica natural com sete notas (já não é em escala
oriental).
Nefer

Este instrumento tem o mesmo nome de um hieróglifo egípcio
(ver figura ao lado), mas não é exclusive do Egipto. É também muito usado em
Marrocos para fazer acompanhamento rítmico, apesar de ser um aerofone da família
das trompas.
É habitualmente feito de cobre e de bronze, tem
aproximadamente 76cm de comprimento.


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