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[A Força das Coisas - 21.05.2016]
 

 

Sede e Morte

 

Música: Carlos Paredes

Intérprete: Mariana Abrunheiro* (in Livro/CD "Cantar Paredes", Mariana Abrunheiro/BOCA - Palavras Que Alimentam, 2015) [>> YouTube]

Versão original: Carlos Paredes (1973) (in CD "Na Corrente", EMI-VC, 1996, Valentim de Carvalho/Som Livre, 2007; Livro/4CD "O Mundo Segundo Carlos Paredes: Integral 1958-1993": CD3 – "Danças", EMI-VC, 2003) [>> YouTube]

 

 

(instrumental / vocalizos)

 

 

* Mariana Abrunheiro – voz

Ruben Alves – piano

Carlos Bica – contrabaixo

 

 

 

[entrevista com Mariana Abrunheiro]

 

 

 

Verdes Anos

 

Poema: Pedro Tamen (excerto) [texto integral >> abaixo]

Música: Carlos Paredes (introdução de "Despertar", in EP "Guitarradas Sob o Tema do Filme Verdes Anos", Alvorada, 1964; CD "Carlos Paredes e Artur Paredes", col. O Melhor dos Melhores, vol. 36, Movieplay, 1994; CD "Os Verdes Anos de Carlos Paredes: As Primeiras Gravações a Solo 1962-1963", Movieplay, 2003; Livro/4CD "O Mundo Segundo Carlos Paredes: Integral 1958-1993": CD1 – "Despertar", EMI-VC, 2003) [>> YouTube]

Intérprete: Mariana Abrunheiro* (in Livro/CD "Cantar Paredes", Mariana Abrunheiro/BOCA - Palavras Que Alimentam, 2015) [>> YouTube]

Versão original (canção): Teresa Paula Brito (in filme "Os Verdes Anos", de Paulo Rocha, 1963) [>> YouTube]

Outra versão de Teresa Paula Brito (in EP "Canções Para Fim de Noite", Riso e Ritmo, 1968; CD "Teresa Paula Brito", col. Clássicos da Renascença, vol. 61, Movieplay, 2000) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Era o amor

que chegava e partia:

estarmos os dois

era um calor

que arrefecia

sem antes nem depois...

Era um segredo

sem ninguém para ouvir:

eram enganos

e era um medo,

a morte a rir

nos nossos verdes anos...

 

Foi o tempo que secou

a flor que ainda não era.

Como o Outono chegou

no lugar da Primavera!

 

Era o amor

que chegava e partia:

estarmos os dois

era um calor

que arrefecia

sem antes nem depois...

Era um segredo

sem ninguém para ouvir:

eram enganos

e era um medo,

a morte a rir

nos nossos verdes anos...

 

No nosso sangue corria

um vento de sermos sós.

Nascia a noite e era dia,

e o dia acabava em nós...

 

[instrumental]

 

 

* Mariana Abrunheiro – voz

Ruben Alves – piano

Pedro Carneiro – vibrafone e marimba

 

 

 

VERDES ANOS

 

(Pedro Tamen, da secção "Esparsos 1956-2000", in "Retábulo das Matérias (1956-2001)", Gótica, 2001 - p. 658)

 

 

Era o amor

que chegava e partia:

estarmos os dois

era um calor

que arrefecia

sem antes nem depois...

Era um segredo

sem ninguém para ouvir:

eram enganos

e era um medo,

a morte a rir

nos nossos verdes anos...

 

Teus olhos não eram paz,

não eram consolação.

O amor que o tempo traz

o tempo o leva na mão.

 

Foi o tempo que secou

a flor que ainda não era.

Como o Outono chegou

no lugar da Primavera!

 

No nosso sangue corria

um vento de sermos sós.

Nascia a noite e era dia,

e o dia acabava em nós...

 

O que em nós mal começava

não teve nome de vida:

era um beijo que se dava

numa boca já perdida.

 

(1963)

 

 

 

Fado Moliceiro

 

Poema: José Carlos Ary dos Santos

Música: Carlos Paredes

Intérprete: Mariana Abrunheiro* (in Livro/CD "Cantar Paredes", Mariana Abrunheiro/BOCA - Palavras Que Alimentam, 2015) [>> YouTube]

Versão original: Carlos do Carmo (in LP "Um Homem no País", Philips/Polygram, 1983, reed. Philips/Polygram, 1984, Universal, 2000, 2013; Livro/4CD "O Mundo Segundo Carlos Paredes: Integral 1958-1993": CD5 – "Improvisos", EMI-VC, 2003) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Morro de amor

pelas águas da ria;

esta espuma de dor

eu não sabia.

 

Sou moliceiro

do teu lodo fecundo;

sou a Ria de Aveiro,

o sal do mundo.

 

Vara comprida,

tamanho da vida;

braço de mar,

a lavrar,

a lavrar.

 

[instrumental]

 

Morro de amor

nesta rede que teço

e é no sal do suor

que eu aconteço.

 

Para além da salina

o horizonte me ensina

que há muito mar,

muito mar

para lavrar!

para lavrar!

 

[instrumental]

 

 

* Mariana Abrunheiro – voz

Ruben Alves – piano

Jaques Morelenbaum – violoncelo

 

 

 

Valsa

 

Música: Gonçalo Paredes e Artur Paredes

Intérprete: Carlos Paredes* (ao vivo no Teatro Carlos Alberto, Porto, 1984)

Primeira versão de Carlos Paredes (in LP "Movimento Perpétuo", Columbia/VC, 1971, 1983, reed. EMI-VC, 1988, 1998, Valentim de Carvalho/Som Livre, 2007; Livro/4CD "O Mundo Segundo Carlos Paredes: Integral 1958-1993": CD3 – "Danças", EMI-VC, 2003) [>> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

* Carlos Paredes – guitarra portuguesa

Fernando Alvim – viola

 

 

 

Variações

 

Música: Artur Paredes

Intérprete: Carlos Paredes* (ao vivo no Teatro Carlos Alberto, Porto, 1984)

Primeira versão de Carlos Paredes – "Variações" (in LP "Concerto em Frankfurt", Phillips/Polygram, 1983, reed. Phillips/Polygram, 1990; Livro/4CD "O Mundo Segundo Carlos Paredes: Integral 1958-1993": CD4 – "As Mãos", EMI-VC, 2003) [a partir de 29':11'' >> YouTube]

Outra versão de Carlos Paredes – "Coimbra e o Mondego – Variações A" (in CD "Espelho de Sons", Philips/PolyGram, 1988; Livro/4CD "O Mundo Segundo Carlos Paredes: Integral 1958-1993": CD6 – "Asas", EMI-VC, 2003) [a partir de 2'54'' >> YouTube]

Versão original: Artur Paredes – "Variações em Ré Menor" (in single 78 rpm "Variações em Ré Menor / Bailados do Minho", His Master's Voice, 1927; CD "Fados From Portugal: Volume 2 (1926-1930)", Heritage, 1992; CD "Fado de Coimbra (1926-1930)", col. Arquivos do Fado, Vol. II, Tradisom, 1994; CD "Biografia do Fado de Coimbra", EMI-VC, 2000; Livro/5CD "Biografias do Fado": CD 5, EMI, 2010) [>> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

* Carlos Paredes – guitarra portuguesa

Fernando Alvim – viola

 

 

 

Em Memória de uma Camponesa Assassinada – Cantar Alentejano

 

Letra: António Vicente Campinas

Música: Carlos Paredes ("Em Memória de uma Camponesa Assassinada") e José Afonso ("Cantar Alentejano")

Intérprete: Mariana Abrunheiro* com o Grupo Coral "Estrelas do Sul" de Portel (in Livro/CD "Cantar Paredes", Mariana Abrunheiro/BOCA - Palavras Que Alimentam, 2015) [teaser >> YouTube]

Versão original ("Em Memória de uma Camponesa Assassinada"): Carlos Paredes (1973) (in CD "Na Corrente", EMI-VC, 1996, Valentim de Carvalho/Som Livre, 2007; Livro/4CD "O Mundo Segundo Carlos Paredes: Integral 1958-1993": CD3 – "Danças", EMI-VC, 2003) [>> YouTube]

Versão original ("Cantar Alentejano"): José Afonso (in LP "Cantigas do Maio", Orfeu, 1971, 1982, reed. Movieplay, 1987, 1996, Art'Orfeu Media, 2012) [>> YouTube]

 

 

(instrumental / vocalizos)

 

Chamava-se Catarina,

O Alentejo a viu nascer;

Serranas viram-na em vida,

Baleizão a viu morrer.

 

Ceifeiras na manhã fria

Flores na campa lhe vão pôr;

Ficou vermelha a campina

Do sangue que então brotou.

 

Acalma o furor, campina,

Que o teu pranto não findou!

Quem viu morrer Catarina

Não perdoa a quem matou.

 

Aquela pomba tão branca

Todos a querem p'ra si;

Ó Alentejo queimado,

Ninguém se lembra de ti!

 

Aquela andorinha negra

Bate as asas p'ra voar;

Ó Alentejo esquecido,

Inda um dia hás-de cantar!

 

 

* Mariana Abrunheiro – voz

Ruben Alves – piano

Ana Isabel Dias – harpa

Grupo Coral "Estrelas do Sul" de Portel (António Silva, Bernardo Charrua, Henrique Valadas, José Almança, José Campaniço, Joaquim Rendeiro, Luís Madeira e Paulo Coelho) – vozes

Direcção musical – Mariana Abrunheiro e Ruben Alves, com a preciosa maestria, criatividade, talento e sensibilidade dos músicos convidados

Produção musical – Mariana Abrunheiro

Produção executiva – Mariana Abrunheiro

Gravado nos estúdios Biscoito Fino (Rio de Janeiro), Conservatório de Música de Coimbra, Could Noise (Barreiro), A.P.S. (Oeiras), Orquestra de Câmara Portuguesa (Algés), de 8 de Março a 19 de Maio de 2015

Captação – António Pinheiro da Silva, Gonçalo Rui Santos, João Thiré, Paulo Cavaco e Pedro Carneiro

Mistura e masterização – António Pinheiro da Silva

URL: http://www.marianaabrunheiro.com/

https://www.facebook.com/Mariana.cantorinha/

https://www.facebook.com/marianaabrunheiro/

https://myspace.com/marianaabrunheiro/music/songs

https://www.youtube.com/user/cant0rinha/videos

http://www.boca.pt/cantar-paredes.html

 

 

 

 

[Viva a Música - 13.10.2016]
 

 

O Mocho

 

Letra e música: Popular (Alentejo)

Arranjo: Monda

Intérprete: Monda* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Monda (in CD "Monda", Monda/TáNaForja, 2016) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Gosto muito dos teus olhos, ó Maria,

Muito mais gosto dos meus;

Se não fossem os meus olhos, ó Maria,

Não podia amar os teus.

 

O triste do mocho piava,

Ó lari, lariava,

Em cima da melancia, ó Maria,

Maria, Maria, Maria Capitôa,

Dos montes, tiroli, ó terrim, tim, tim;

As mulheres são a alegria de mim.

 

[instrumental]

 

Eu não quero mais amar, ó Maria,

Que eu do amar tenho medo;

Eu não quero arriscar, ó Maria,

A pagar o que eu não devo.

 

O triste do mocho piava,

Ó lari, lariava,

Em cima da melancia, ó Maria,

Maria, Maria, Maria Capitôa,

Dos montes, tiroli, ó terrim, tim, tim;

As mulheres são a alegria de mim.

 

[instrumental]

 

 

 

Diz a Laranja ao Limão

 

Letra e música: Popular (Alentejo)

Arranjo: Monda e Ruben Alves

Intérprete: Monda* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Monda (in CD "Monda", Monda/TáNaForja, 2016) [>> YouTube]

Primeira versão: Vitorino (in LP "Não Há Terra Que Resista: Contraponto", Orfeu, 1979, reed. Movieplay, 1991) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Diz a laranja ao limão:

"Qual de nós será mais doce?"

Sou fiel ao meu amor,

Assim ele p'ra mim fosse.

 

Assim ele p'ra mim fosse,

Fiel ao meu coração;

"Qual de nós será mais doce?",

Diz a laranja ao limão.

 

[instrumental]

 

Diz a laranja ao limão:

"Qual de nós será mais doce?"

Sou fiel ao meu amor,

Assim ele p'ra mim fosse.

 

Assim ele p'ra mim fosse,

Fiel ao meu coração;

"Qual de nós será mais doce?",

Diz a laranja ao limão.

 

[instrumental]

 

 

 

Mais Brando João Brandão

 

Letra: Popular (Alentejo)

Música: Monda

Intérprete: Monda* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Monda com o Grupo de Cantadores de Portel (in CD "Monda", Monda/TáNaForja, 2016) [>> YouTube] [ao vivo com Katia Guerreiro, em Portel, 18 Ago. 2016 / Festival Agosto em Festa >> YouTube]

 

 

'Tá preso o João Brandão

Às grades do Limoeiro;

Mais brando...

Às grades do Limoeiro.

 

Era rico, agora é pobre...

Olha o que faz o dinheiro!

Mais brando...

Olha o que faz o dinheiro!

 

Estando eu na minha loja,

Encostadinho ao balcão,

Mais brando...

Encostadinho ao balcão,

 

Ouvi uma voz dizer:

"'Tá preso o João Brandão."

Mais brando...

"'Tá preso o João Brandão."

 

[instrumental]

 

Ouvi uma voz dizer:

"'Tá preso o João Brandão."

Mais brando...

Mais Brando João Brandão.

 

 

 

Adeus, Maria, Até Quando

 

Letra: António Pardelha

Música: Monda

Intérprete: Monda* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Monda com Katia Guerreiro (in CD "Monda", Monda/TáNaForja, 2016) [ao vivo com Katia Guerreiro, em Portel, 18 Ago. 2016 / Festival Agosto em Festa >> YouTube] [ao vivo no Teatro Tivoli, Lisboa, 15 Nov. 2016  >> YouTube]

 

 

— «Adeus, Maria, até quando,

Eu até quando não sei;

Cá ando no Ultramar, a pensar

No dia em que voltarei.

 

Espera por mim, se quiseres...

Faz o que tu entenderes;

Acho que deves pensar em casar,

Eu posso por cá morrer.

 

Ninguém o pode saber,

É uma carta fechada...

E depois te chamarão, pois então,  | bis

Viúva sem seres casada.»              |

 

[instrumental]

 

— «Ó António, Deus te guie

Nos campos do Ultramar!

Eu penso em ti, cá solteira, há quem queira

Se tu nunca mais voltares.

 

Espero por ti, meu amor,

Eu d'outro não quero ser!

Nunca mais me casarei, que eu bem sei,

Serei tua até morrer!

 

A carta que me mandaste

Com um conselho imprudente...

Meu amor, para contigo eu te digo:  | bis

'Inda fiquei mais ardente.»              |

 

[instrumental]

 

Meu amor, para contigo eu te digo:  | bis

'Inda fiquei mais ardente.»              |

 

 

 

Lindo Ramo Verde Escuro

 

Letra e música: Popular (Alentejo)

Arranjo: Monda

Intérprete: Monda* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Monda (in CD "Monda", Monda/TáNaForja, 2016) [>> YouTube]

Primeira versão: Vitorino com o Grupo de Cantadores do Redondo (in LP "Os Malteses", Orfeu, 1977, reed. Movieplay, 1999) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

[Cantiga:]

Nasce o Sol no Alentejo,

Nasce água clara na fonte;

Nasce em mim a saudade

Na ladeira do teu monte.

 

[Moda:]

Lindo ramo verde escuro,

Oh! sala dos passarinhos

Onde cantam docemente

Poisados nesse raminho.

 

Poisados nesse raminho

Andam vivendo o ar puro;

Oh! sala dos passarinhos,

Lindo ramo verde escuro.

 

[Cantiga:]

Na ladeira do teu monte,

Meu amor, quando te vejo

Nasce água clara na fonte,

Nasce o Sol no Alentejo.

 

[Moda:]

Lindo ramo verde escuro,

Oh! sala dos passarinhos

Onde cantam docemente

Poisados nesse raminho.

 

Poisados nesse raminho

Andam vivendo o ar puro;

Oh! sala dos passarinhos,

Lindo ramo verde escuro.

 

 

 

Só Uma Pena Me Existe

 

Letra e música: Popular (Alentejo)

Arranjo: Monda e Ruben Alves

Intérprete: Monda* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Monda com Rui Veloso (in CD "Monda", Monda/TáNaForja, 2016) [>> YouTube] [ao vivo com Rui Veloso, no Teatro Tivoli, Lisboa, 15 Nov. 2016 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

[Cantiga:]

Como podem ser iguais

Os dedos das nossas mãos,

Se há filhos dos mesmos pais

Que não parecem irmãos?

 

[Moda:]

Só uma pena me existe,

Minha doce saudade:

É olhar para o teu rosto,

Ver-te assim tão pouca idade.

 

Ver-te assim tão pouca idade,

Ver-te assim tão criancinha;

Só uma pena me existe,

Minha doce jovenzinha.

 

[instrumental]

 

[Cantiga:]

Lá por trás daquele outeiro,

Nasce o sol e nasce a lua;

Ando à procura, não acho

Cara mais linda que a tua.

 

[Moda:]

Só uma pena me existe,

Minha doce saudade:

É olhar para o teu rosto,

Ver-te assim tão pouca idade.

 

Ver-te assim tão pouca idade,

Ver-te assim tão criancinha;

Só uma pena me existe,

Minha doce jovenzinha.

 

[instrumental]

 

Só uma pena me existe,

Minha doce saudade:

É olhar para o teu rosto,

Ver-te assim tão pouca idade.

 

Ver-te assim tão pouca idade,

Ver-te assim tão criancinha;

Só uma pena me existe,

Minha doce jovenzinha.

 

 

 

Portel Estás Satisfeito

 

Letra e música: Popular (Portel, Alentejo)

Arranjo: Monda e Ruben Alves

Intérprete: Monda* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Monda, com o Grupo de Cantadores de Portel (in CD "Monda", Monda/TáNaForja, 2016) [ao vivo com o Grupo de Cantadores de Portel, 7 Dez. 2015 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

As vozes da minha fala,

Como eram já não são:

Fazem a mesma diferença

Que o Inverno faz do Verão.

 

Portel estás satisfeito

Em ver teus filhos brilhar,

E até choras de contente

Em os ouvindo cantar.

 

Minha fala é baixinha,

Não a posso alevantar;

E mesmo assim, sendo baixinha,

Já m'a quiseram comprar.

 

Portel estás satisfeito

Em ver teus filhos brilhar,

E até choras de contente

Em os ouvindo cantar.

 

Em os ouvindo cantar

Até bate a mão no peito;

Em ver teus filhos brilhar

Portel estás satisfeito.

 

 

 

Fui-te Ver, Estavas Lavando

 

Letra e música: Popular (Alentejo)

Arranjo: Monda e Ruben Alves

Intérprete: Monda* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Monda (in CD "Monda", Monda/TáNaForja, 2016) [ao vivo com Katia Guerreiro e Rui Veloso, no Teatro Tivoli, Lisboa, 15 Nov. 2016 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

[Cantiga:]

Quem tiver olhos azuis [bis]

Bem os pode arrecadar:

Que os olhos azuis são poucos, [bis]

São custosos de alcançar.

 

[Moda:]

Fui-te ver, estavas lavando [bis]

No rio sem assabão;

Lavas em água de rosas, [bis]

Fica-te o cheiro na mão.

 

Fica-te o cheiro na mão, [bis]

Fica-te o cheiro no fato;

Se eu morrer e tu ficares, [bis]

Adora-me o meu retrato!

 

Adora-me o meu retrato, [bis]

Adora meu coração!

Fui-te ver, estavas lavando [bis]

No rio sem assabão.

 

[instrumental]

 

[Cantiga:]

Menina, tire a camisa [bis]

Que tem à sua janela!

Que a camisa sem a dona [bis]

Lembra-me a dona sem ela.

 

[Moda:]

Fui-te ver, estavas lavando [bis]

No rio sem assabão;

Lavas em água de rosas, [bis]

Fica-te o cheiro na mão.

 

Fica-te o cheiro na mão, [bis]

Fica-te o cheiro no fato;

Se eu morrer e tu ficares, [bis]

Adora-me o meu retrato!

 

Adora-me o meu retrato, [bis]

Adora meu coração!

Fui-te ver, estavas lavando [bis]

No rio sem assabão.

 

[instrumental]

 

 

* Monda:

Jorge Roque – voz e guitarras

Pedro Zagalo – teclados

Herlander Medinas – contrabaixo

Músico convidado:

João Tiago Oliveira – guitarra clássica

URL: https://www.facebook.com/MONDAmusic/

http://www.uau.pt/noticias/2305/monda-novo-%C3%A1lbum

https://www.youtube.com/channel/UCS3lyneuU3WxhTQrjImt3GA/videos

 

 

 

 

[Vozes da Lusofonia - 07.06.2015]
 

 

Quadras de A6 e de A2

 

Letra: Duarte (Dezembro de 2012)

Música: Álvaro Duarte Simões (Fado Meia-Noite e Uma Guitarra)

Intérprete: Duarte* (in CD "Sem Dor Nem Piedade", Duarte/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Não mereço esta cidade

Nem as coisas que ganhei:

Se em parte digo a verdade,

Outras partes ocultei.

 

Não mereço esta cidade

Nem as coisas que ganhei.

 

A tua mão foi rasgando

Meu cabelo em desalinho;

É tão mais fácil dormir

Quando não estamos sozinhos.

 

A tua mão foi rasgando

Meu cabelo em desalinho.

 

Já não temos dias novos

Nem novas formas de estar:

O teu olhar que era eterno

Agora é mais um olhar.

 

Já não temos dias novos

Nem novas formas de estar.

 

Eu fui deixando a cidade

E fui ficando mais leve;

Quando nos falta a coragem

Somos um barco sem leme.

 

Eu fui deixando a cidade

E fui ficando mais leve.

 

[instrumental]

 

Retiro o que perguntei,

Bem como a raiva que tinha;

Depois de tudo o que dei,

Dei muito mais do que tinha.

 

Depois de tudo o que dei,

Dei muito mais do que tinha;

Voltava a dar-te o que dei

Se a raiva não fosse minha.

 

 

 

[entrevista com Duarte]

 

 

 

Não É, Mãe?

 

Letra: Duarte (Novembro de 2010)

Intérprete: Albano Jerónimo* (in CD "Sem Dor Nem Piedade", Duarte/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

Resguardaste-me da vida

E mesmo frágil e ferida

Tomaste conta de mim.

Levaste-me leite à cama,

Disseste que para quem ama

Nunca pode haver um fim.

 

São difíceis de queimar as coisas más.

As coisas boas são difíceis de encontrar.

 

Mãe... está tudo bem, mãe?

 

Quando a minha mãe dobrava meias

Estava sempre tudo bem.

 

Não é, mãe?

 

 

 

Desassossego

 

Letra: Duarte (Abril de 2010)

Música: Carlos Neves (Fado Tamanquinhas)

Intérprete: Duarte* (in CD "Sem Dor Nem Piedade", Duarte/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Foi sempre desassossego,

Inquietação delirante:

Sintomas dum amor cego;     | bis

Um labirinto de enredos        |

Tão perverso e perturbante.  |

 

Tivemos noites errantes,

Cruzámos tantos caminhos;

Deixámos de ser amantes,   | bis

Dia a dia mais distantes       |

E acabámos tão sozinhos.    |

 

Fechei-me dentro de mim,

Estou num quarto sem janelas;

Da viagem foi o fim,          | bis

As certezas são assim,       |

Não sei o que fazer delas.  |

 

[instrumental]

 

Disseste que o tempo cura

As feridas do coração;

Depois de tanta procura

E duma ou outra aventura,

As feridas ainda cá estão.

 

Disseste que o tempo cura

As feridas do coração;

Depois de tanta procura...

 

 

 

Rosas

 

Letra: Duarte (Janeiro de 2011)

Música: Carlos Manuel Proença e Duarte

Intérprete: Duarte* com Albano Jerónimo (in CD "Sem Dor Nem Piedade", Duarte/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> TugaFado] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Mais um domingo em Lisboa

E já não tens para onde ir;

A solidão não perdoa

Quem não consegue dormir.

 

Ninguém te fala na rua,

Ninguém conhece o teu nome;

De que te serve a procura

Se esta mesma te consome?

 

Secaram as rosas...

Secaram as rosas...

Matámos...

Matámos as rosas...

 

[instrumental]

 

«Os dias trazem fantasmas

Dos dias todos iguais;

Quem anda sempre em viagem

Não quer ter coisas a mais.

 

Empenhei-me tanto, empenhei-me tanto, empenhei-me tanto...

Que às vezes inventei que me esquecias.

Cantei tanto

Que às vezes me pareceu que retribuías.

 

Mas não aplaudiste???

Eu vi que aplaudiste.

 

Viste em mim o doce escorpião,

O solitário príncipe da melancolia:

Belo demais para viver,

Frágil demais para morrer.

 

Se tudo o resto falhar,

Podes sempre dizer que te menti;

Só espero que estejas bem

E se assim for, que assim seja.»

 

Estás cada vez mais sozinho,

«Porventura deprimido;

Mesmo quem escolhe o caminho

Às vezes anda perdido.»

 

[instrumental]

 

Secaram as rosas...

Secaram as rosas...

Matámos as rosas...

Morreram as rosas...

 

[instrumental]

 

Secaram as rosas...

Matámos as rosas...

Morreram as rosas...

 

«Mas não aplaudiste???...

Eu vi que aplaudiste...»

 

Secaram as rosas...

Matámos as rosas, amor...

Vou sentir a tua falta...

Vou sentir a tua falta.

 

 

 

Quadras dum Dia Sozinho

 

Letra: Duarte (Março de 2011)

Música: Carlos Manuel Proença e Duarte

Intérprete: Duarte* com Albano Jerónimo (in CD "Sem Dor Nem Piedade", Duarte/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> TugaFado] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Minha terra não tem rios,

Minha terra não tem mar;

Mas todos os meus vazios

Vão à minha terra dar.

 

Meu amor nunca lá foi,

Meu amor nunca me quis;

Eu vivo do que não foi

Com tudo o mais que não fiz.

 

Indiferença no sentir,

À-vontade no calar...

Acredito que há-de vir

No dia em que não vou estar.

 

Minha terra não tem rios,

Minha terra não tem mar;

Vão-se embora os meus vazios

Quando o meu amor chegar.

 

[instrumental]

 

«Minha terra não tem rios,

Minha terra não tem mar;

Mas todos os meus vazios

Vão à minha terra dar.

 

Meu amor nunca lá foi,

Meu amor nunca me quis;

Eu vivo do que não foi

Com tudo o mais que não fiz.

 

Indiferença no sentir,

À-vontade no calar...

Acredito que há-de vir

No dia em que não vou estar.

 

Minha terra não tem rios,

Minha terra não tem mar;

Vão-se embora os meus vazios

Quando o meu amor chegar.»

 

[instrumental]

 

Meu amor nunca lá foi,

Meu amor nunca me quis;

Eu vivo do que não foi

Com tudo o mais que não fiz.

 

 

* Duarte – voz

Albano Jerónimo – voz (falada)

José Manuel Neto – guitarra portuguesa

Carlos Manuel Proença – viola

Daniel Pinto – viola baixo

Bernardo Moreira – contrabaixo

João Moreira – trompete

Tomás Pimentel e Diogo Pedro – fliscornes

Xavier Ribeiro e Diogo Costa – trombones

Ricardo Dias – acordeão

Vicky Marques – percussões

Produção musical – Carlos Manuel Proença

Produção executiva – Alain Vachier

Gravado no Saafran Studio, Montijo, por Amândio Bastos

Misturas e masterização – António Pinheiro da Silva e Carlos Manuel Proença

URL: http://www.duartefadista.com/

https://www.facebook.com/Duarte-154089091315327/

https://www.facebook.com/duarte.coxo

http://fadistaduarte.blogspot.com/

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https://www.youtube.com/user/fadistaduarte/videos

https://www.youtube.com/playlist?list=PLOxguc6LpbMQ2YgPAfrQbg-R9bmZCsc6p

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http://www.museudofado.pt/personalidades/detalhes.php?id=403

http://www.portaldofado.net/content/view/579/280/

http://www.last.fm/pt/music/Duarte

 

 

 

[Cantos da Casa - 01.02.2016]

 

Chuva de Paus

 

Letra: Miguel Cardina

Música: Pedro Damasceno

Arranjo: Diabo a Sete

Intérprete: Diabo a Sete* (in CD "tarAra", atrasdosbarrocos.com, 2011)

 

 

[instrumental]

 

A chuva choveu num dia de sol

Um peixe cresceu em cima do anzol

Tenho dois corações para gostar melhor

Um bate cá dentro, o outro não tem lugar

 

[instrumental]

 

Um rio balançou p'ra trás e p'rá frente

Tenho duas bocas p'ra cantar diferente

Uma tem tristeza e cheiro a manjerico

Quando a outra cant'a esta dá lhe o fanico

 

[instrumental]

 

Chuva de Paus, Castelo de Areia

Grão-de-Bico é bom à sombra da bananeira

Tenho sete vidas e uma epifania

Sou gata, estou viva no reino de hoj'em dia

 

[instrumental]

 

Chuva de Paus, Castelo de Areia

Grão-de-Bico é bom à sombra da bananeira

Tenho sete vidas e uma epifania

Sou gata, estou viva no reino de hoj'em dia

 

[instrumental]

 

 

 

[Cantos da Casa - 02.02.2016]

 

Tarara

 

Letra: Miguel Cardina

Música: Julieta Silva

Arranjo: Diabo a Sete

Intérprete: Diabo a Sete* (in CD "tarAra", atrasdosbarrocos.com, 2011) [ao vivo >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Lança a roda sobre o céu

afagar o mel

chamar mel ao fruto que há-de vir

chamar fruto ao sorrir da terra

 

Ó tarara, faz soprar

as pás desta história

chamar história ao que nos sai do ventre

chamar fruto ao que temos p'la frente

 

[instrumental]

 

Lança a roda sobre o céu

azul sanguinário

esta máquina não vai parar

não parece mas sabe voar

 

Ó tarara, abre o sol

laranja pendente

sumo, seiva, som da claridade

coisa quente, corpo em liberdade

 

[instrumental]

 

 

 

[Cantos da Casa - 03.02.2016]

 

Paraíso Fiscal

 

Letra: Miguel Cardina

Música e arranjo: Diabo a Sete

Intérprete: Diabo a Sete* com Carlos Guerreiro (in CD "tarAra", atrasdosbarrocos.com, 2011) [>> SoundCloud] [>> YouTube] [ao vivo >> YouTube]

 

 

Dez cabelos penteados

Não pagam imposto

A luva está mais barata

Do que o fogo posto

 

Sabe bem pagar tão pouco

O segredo é total

Tens na ilha uma morada

Virtual

 

No Paraíso Fiscal

O silêncio é d'ouro

As mobílias são de prata

E os jardins de couro

 

Anjos, deuses, capitais

Filhos de alguém especial

Somar zeros à direita

Não faz mal

 

[instrumental]

 

No Paraíso Fiscal

A justiça é cega

As fronteiras apagadas

E o tempo escorrega

 

Sabe bem pagar tão pouco

O segredo é total

Tens na ilha uma morada

Virtual

 

Guarda, rico, o teu roubo

Franca liberdade

Virar isto do avesso

Seria maldade

 

Somos sombras invisíveis

Sem gravata p'ra apertar

Mas hoje a nossa tampa

Vai saltar

 

[instrumental]

 

Dez cabelos penteados

Não pagam imposto

A luva está mais barata

Do que o fogo posto

 

Sabe bem pagar tão pouco

O segredo é total

Tens na ilha uma morada

Virtual

 

No Paraíso Fiscal

O silêncio é d'ouro

As mobílias são de prata

E os jardins de couro

 

Anjos, deuses, capitais

Filhos de alguém especial

Somar zeros à direita

Não faz mal

 

[instrumental]

 

 

 

[Cantos da Casa - 04.02.2016]

 

Ronda do Garampijo

 

Letra: Miguel Cardina

Música: Pedro Damasceno

Arranjo: Diabo a Sete

Intérprete: Diabo a Sete* (in CD "tarAra", atrasdosbarrocos.com, 2011) [>> SoundCloud]

 

 

[instrumental]

 

Inventar um dia diferente

Longe do futuro, perto do presente

 

Fazer chover de baixo para cima

Agitar os céus e mudar o clima

 

O peso do relógio não nos vai vergar

O ruir das horas é o nascer do mar

 

[instrumental]

 

O crime deste tempo é já não ter razão

A nossa tarefa é dar-lhe conclusão

 

Esta raiva imensa não vai abrandar

O vento vem forte, é tempo de acordar

 

Se digo "pão" eu como, se digo "quero" eu venço

As sílabas são histórias, as músicas vitórias!

 

[instrumental]

 

 

* Diabo a Sete:

Celso Bento – flautas, gaita-de-foles

Eduardo Murta – baixo eléctrico

Hugo Natal da Luz – percussões

Julieta Silva – voz, sanfona, concertina

Luísa Correia – guitarra acústica

Miguel Cardina – bateria

Pedro Damasceno – cavaquinho, bandolim, concertina, flautas

Músico convidado:

Carlos Guerreiro – sanfona e voz (em "Paraíso Fiscal")

Produção – Diabo a Sete e Quico Serrano

Gravado no estúdio da ACERT, Tondela, durante o ano de 2011

Captação de som – Cajó Viegas

Gravações adicionais e pós-produção – Quico Serrano

Mistura e masterização – Quico Serrano, nos Estúdios da Aguda, Vila Nova de Gaia

 

 

 

[Cantos da Casa - 05.02.2016]

 

Tamboril

 

Letra: Miguel Cardina

Música e arranjo: Diabo a Sete

Intérprete: Diabo a Sete* (tema de avanço do novo álbum) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Tubarão tinha dentes de tainha

E a tainha tinha dentes de tambor

Toca traz tempo chuva tempestade

Tubarão trincou um touro nos taleigos da vontade

 

Tubarão tinha o tímpano trocado

E trocado (es)tava o tempo todo o ano

Toca traz tempo chuva tempestade

Tubarão tamborilou 'inda a missa ia a metade

 

[instrumental]

 

Tubarão traficou-se em tamboril

Troca-tintas com retoque teatral

Toca terça, quarta, quinta, noite e dia

Travestido no Entrudo c'uma tromba de enguia

 

Tamboril teve tísica ao contrário

Já tossia como tosse o tubarão

Toca terça, quarta, quinta, noite e dia

Tamboril entubarou num atalho p'rá Turquia

 

[instrumental]

 

Tubarão tinha dentes de tainha

E a tainha tinha dentes de tambor

Toca traz tempo chuva tempestade

Tubarão trincou um touro nos taleigos da vontade

 

Tubarão tinha o tímpano trocado

E trocado (es)tava o tempo todo o ano

Toca traz tempo chuva tempestade

Tubarão tamborilou 'inda a missa ia a metade

 

[instrumental]

 

Tubarão traficou-se em tamboril

Troca-tintas com retoque teatral

Toca terça, quarta, quinta, noite e dia

Travestido no Entrudo c'uma tromba de enguia

 

Tamboril teve tísica ao contrário

Já tossia como tosse o tubarão

Toca terça, quarta, quinta, noite e dia

Tamboril entubarou num atalho p'rá Turquia

 

[instrumental]

 

 

* Julieta Silva – voz e sanfona

Pedro Damasceno – cavaquinho e coros

Luísa Correia – guitarra

Celso Bento – ponteira e coros

Miguel Cardina – bateria, percussões e coros

Eduardo Murta – baixo

Gravação, mistura e produção – Quico Serrano

URL: https://www.facebook.com/diaboasetemusic

http://diaboasete.blogspot.com/

http://www.atrasdosbarrocos.com/Edicoes.html

http://www.aminhaagencia.com/page.php?id_p=20&id_sp=16

https://myspace.com/diaboasete/music/songs

https://soundcloud.com/diabo-a-sete/

https://www.youtube.com/user/Diaboa7/videos

http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/diabo_a_sete

http://www.last.fm/pt/music/DIABO+A+SETE

 

 

 

[Viva a Música - 21.04.2016]
 

 

Manhaninha de São João

 

Letra e música: Tradicional (Idanha-a-Nova, Beira Baixa / Moimenta da Raia, Vinhais, Trás-os-Montes)

Recolhas: José Alberto Sardinha ("S. João", 1981, in "Portugal - Raízes Musicais": CD 4 - Beira Baixa e Beira Trasmontana, BMG/JN, 1997) e Michel Giacometti ("Manhaninha de S. João", 1960, in LP "Trás-os-Montes", série "Antologia da Música Regional Portuguesa", Arquivos Sonoros Portugueses/Michel Giacometti, 1960; 5CD "Portuguese Folk Music": CD 2 – Trás-os-Montes, Strauss, 1998; 6CD "Música Regional Portuguesa": CD 3 – Trás-os-Montes, col. Portugal Som, Numérica, 2008)

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

Ó ó, São João do meio,        | bis

Ai hei-de morar noutra rua!  |

Ainda não tenho casa,             | bis

Ai menina, arrende-me a sua!  |

 

Manhaninha de São João,

Ao redor da alvorada,

Jesus Cristo se passeia

Ao redor da fonte clara.

 

Eu hei-de ir ao São João,  | bis

Ai hei-de lá ir, se lá for,    |

Ou a pé ou a cavalo           | bis

Ai ou nos braços do amor.  |

 

Jesus Cristo se passeia

De volta da fonte clara,

E a água fica benzida

E a fonte fica sagrada.

 

Eu hei-de ir ao São João,  | bis

Ai hei-de lá ir, se lá for,    |

Ou a pé ou a cavalo           | bis

Ai ou nos braços do amor.  |

 

Manhaninha de São João,

Manhaninha de São João.

 

 

 

São João de Alpalhão

 

Letra e música: Tradicional (Alpalhão, Nisa, Alto Alentejo)

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

Ó meu São João Baptista!

Ó meu Baptista João!

Vamos ir à água nova

Na noite de São João!

 

São João baptiza Cristo,

Cristo baptiza João:

Ambos foram baptizados

Lá no rio do Jordão.

 

São João p'ra ver as moças

Fez uma fonte de prata;

As moças não vão a ela,

São João todo se mata.

 

Meu divino São João

Que na mão tem a bandeira!

Vamos ir ao rosmaninho       | bis

P'ra fazermos uma fogueira!  |

 

 

 

São João Perdeu

 

Letra e música: Tradicional (Ponte de Lima, Minho)

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

São João perdeu, perdeu...

Ai São João que perderia?

Perdeu o lenço da mão

Ai, ai à vinda da romaria.

 

São João, se bem soubera

Ai quando era o seu dia,

Descia do Céu à Terra

Ai com prazer e alegria.

 

 

 

Bendito e Louvado das Trovoadas

 

Letra e música: Tradicional (Penha Garcia, Idanha-a-Nova, Beira Baixa)

Recolha: Ernesto Veiga de Oliveira

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental / reza]

 

— «Santa Barburinha bendita,

Livrai-nos das trovoadas!

Lev'as p'ra bem longe!

 

Santa Barburinha bendita,

Com um ramo de água benta

Arramai esta tormenta.»

 

Santa Bárbara pequenina

Se vestiu e se calçou,

Bordão na mão tomou.

 

— «Onde vais, Santa Barburinha,

Que no céu estais escrita?»

— «Eu vou p'ra bem longe!

 

Vou correr esta trovoada

Onde não há pão e vinho,

Nem bafo de menino!

 

Só a serpente e as sete filhas

Bebem leite de maldição

E água de trovão.»

 

 

 

Olé, ó Senhora Mãe

 

Letra e música: Tradicional (Talhadas, Sever do Vouga, Beira Litoral)

Recolha: Michel Giacometti (in LP "Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral", série "Antologia da Música Regional Portuguesa", Arquivos Sonoros Portugueses/Michel Giacometti, 1970; 5CD "Portuguese Folk Music": CD 3 – Beiras, Strauss, 1998; 6CD "Música Regional Portuguesa": CD 4 – Beiras, col. Portugal Som, Numérica, 2008)

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

Olé, ó senhora mãe,

Aquela menina agrada-me bem!

Olé, ó senhora mãe!

 

Olé, ó senhor, dai, dai

Uma esmola a mim, que eu não tenho pai!

Olé, ó senhor, dai, dai!

 

 

 

Cantiga da Segada

 

Letra e música: Tradicional (Castro Daire, Douro Litoral)

Recolha: José Alberto Sardinha (1977, in "Portugal - Raízes Musicais": CD 1 – Minho e Douro Litoral, BMG/JN, 1997)

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in CD "Segue-me à Capela", Segue-me à Capela, 2004)

 

 

Tenho dentro do meu peito,

Ai dentro do meu peito,

Dois moinhos a moer:

Um anda, o outro desanda,

Ai o outro desanda,

Assim é o bem-querer.

 

[gritos]

 

Tenho dentro do meu peito,

Ai dentro do meu peito,

Um alambique d'aguardente,

P'ra destilar as saudades,

Ai ouvides, ouvides,

Quando de ti estou ausente.

 

[gritos]

 

 

 

Macelada - São João

 

Letra e música: Tradicional (Beira Baixa)

Recolhas: Hubert de Fraysseix ("Macelada") e GEFAC ("São João")

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in CD "Segue-me à Capela", Segue-me à Capela, 2004) [>> YouTube]

 

 

Venho de macelada,        | bis

Venho de colher macela,  |

Lá dos campos do castelo,

Daquela mais amarela!

Venho de macelada!  [bis]

 

Olô ai larilolela,

Olô ai lariloló,

Venho de macelada!

Venho de macelada!

 

Venho de macelada,         | bis

Venho de colher o cravo,  |

Lá dos campos do castelo,

Para dar ao namorado!

Venho de macelada!  [bis]

 

Olô ai larilolela,

Olô ai lariloló,

Venho de macelada!

Venho de macelada!

 

Venho de macelada,          | bis

Venho de colher uma flor,  |

Lá dos campos do castelo,

Para dar ao meu amor!

Venho de macelada!  [bis]

 

Olô ai larilolela,

Olô ai lariloló,

Venho de macelada!

Venho de macelada!

 

Olô ai larilolela,

Olô ai lariloló,

Venho de macelada!

Venho de macelada!

 

Se fores ao São João [bis]

Ai trazei-me um São Joãozinho! [bis]

Se não puderes com um grande [bis]

Ai trazei-me um mais pequenino! [bis]

 

São João era bom homem [bis]

Ai se não fora tão velhaco; [bis]

Foram três moças à fonte [bis]

Ai foram três, vieram quatro. [bis]


 

Eu hei-de ir ao São João, [bis]

Ai o meu marido não quer; [bis]

Deixai-o vós abalar, [bis]

Ai eu farei o que eu quiser! [bis]

 

 

 

Siñora Novia

 

Letra e música: Tradicional sefardita

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Ah, sinora novia,  | bis

abaxés abaxo!     |

– «No puedo, no puedo

que me'stó vistiendo,

vistido de novia

para'l mancebico.»

 

Ah, sinora novia,  | bis

abaxés abaxo!     |

– «No puedo, no puedo,

que me'stó peinando,

peinado de novia

para'l mancebico.»

 

Cuando veres, novia,  | bis

al vuestro amado,      |

tomalde la mano

y llevadvolo al lado,

que el hijo del hombre

servido quere!

 

 

 

Hija Mia

 

Letra e música: Tradicional sefardita

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

– Hija mia, te vou dar a un alto! [bis]

– No quero, madre, no quero!

Él es alto, yo no l'alcanzo,     | bis

No quero, madre, no quero!  |

 

– Hija mia, te vou dar a un bajico! [bis]

– No quero, madre, no quero!

Y él es bajo, s'arasta en bajo,  | bis

No quero, madre, no quero!    |

 

– Hija mia, te vou dar a un tiñoso! [bis]

– No quero, madre, no quero!

Con él tiñoso no hay reposo,  | bis

No quero, madre, no quero!   |

 

– Hija mia, te vou dar a un borracho! [bis]

– Ya quero, madre, ya quero!

Con él borracho yo me abrazo,  | bis

Ya quero, madre, ya quero!      |

 

 

 

Embalo do Algarve

 

Letra e música: Tradicional (Alvor, Portimão, Algarve)

Recolha: Michel Giacometti ("Faça 'ai, ai', meu menino", in LP "Algarve", série "Antologia da Música Regional Portuguesa", Arquivos Sonoros Portugueses/Michel Giacometti, 1962; 5CD "Portuguese Folk Music": CD 5 – Algarve, Strauss, 1998; 6CD "Música Regional Portuguesa": CD 6 – Algarve, col. Portugal Som, Numérica, 2008) [>> YouTube]

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

Faça "ai, ai", meu menino,

Que a mãezinha logo vem!

Foi lavar os cueirinhos   | bis

À fontinha de Belém.     |

 

Vai-te embora, papá negro, [bis]

De cima desse telhado! [bis]

Deixa dormir o menino,

Está no sono descansado.

 

Embala, José, embala! [bis]

Embala suavemente, [bis]

Entretendo o inocente [bis]

Com esta cantiga em verso! [bis]

 

Dorme, dorme, meu menino,

Que a mãezinha logo vem!

Dorme, dorme, meu menino,

Que a mãezinha, ai, logo vem!

 

 

 

Ovelhudas

 

Letra e música: Amélia Muge

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

[chocalhos / instrumental]

 

As ovelhas, lá no prado,  | bis

Terão todas seu pastar,  |

Terão todas seu pastar

No que o prado tem p'ra dar;

O pasto será de todas,  | bis

Mas de cada o paladar, |

Mas de cada o paladar

No que o prado tem p'ra dar.

 

Ovelhudas e lanudas

Que o prado transformam em lã:

Lã fofa da cor da neve

Cardada à luz da manhã.

[bis]

 

Bom ou mau ou muito ou pouco,  | bis

Nada escapa ao seu olhar,           |

Nada escapa ao seu olhar;

Param, andam a pastar...

E se o prado está pior       | bis

O seu melhor vão buscar,  |

O seu melhor vão buscar;

Param, andam a pastar...

 

Ovelhudas e lanudas

Que o prado transformam em lã:

Lã fofa da cor da neve

Cardada à luz da manhã.

[bis]

 

Lá vai uma, lá vão duas,    | bis

Todas num só carreirinho,  |

Todas num só carreirinho;

Lá vêm, lá vão mansinho...

Olham as ervas do chão,  | bis

Ruminam devagarinho,    |

Ruminam devagarinho;

Lá vêm, lá vão mansinho...

 

Ovelhudas e lanudas

Que o prado transformam em lã:

Lã fofa da cor da neve

Cardada à luz da manhã.

[4x]

 

 

 

Uma Pêra

 

Letra e música: Tradicional (Ponte de Lima, Minho)

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

Uma pêra, duas pêras,

Três pêras no ramalhinho; [bis]

Uma é minha, outra é tua,

Outra é do meu amorzinho. [bis]

 

A folha do castanheiro

Tem biquinhos como a renda; [bis]

Quem tem um amor bonito

Não pode ter melhor prenda. [bis]

 

Adeus, que me vou embora,

Já me parece que é bem, [bis]

Que o muito cantar enfada

E o pouco parece bem. [bis]

 

 

 

Encomendação das Almas

 

Letra e música: Tradicional (Penha Garcia, Idanha-a-Nova, Beira Baixa)

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

Recordai, fiéis cristãos, de Jesus

No dia em que estava na cruz!

Aleluia! Aleluia!

Lembrai-vos de quem lá tendes:

Vossas mães e vossos pais!

Aleluia! Aleluia!

E ajudai-os a tirar:

Padre-nosso e uma ave-maria!

Aleluia! Aleluia!

Seja p'lo amor de Deus.

 

 

 

Ua Bielha e um Bielho

 

Letra e música: Tradicional (Galiza; versão de Ardentia)

Adaptação para mirandês: Galandum Galundaina

Intérprete: Segue-me à Capela* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Segue-me à Capela, com Galandum Galundaina (in Livro/CD "San'Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher", Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

«Nun lo beileis agarrado!

Nun lo beileis agarrado!»

Quien lo dixo fui l cura,

Que era de muito pecado,

Que era de muito pecado,

Que era de muito pecado.

«Nun lo beileis agarrado!

Nun lo beileis agarrado!»

 

«Bai beilar, Carminda,

I lhieba l tou nino!»

Sei que nun ye miu,

Mas you quiero be-lo,

Mas you quiero be-lo,

Mas you quiero be-lo.

«Bai beilar, Carminda,

I lhieba l tou nino!»

 

Mie mai quando me ralha

Bate cul pie ne l sobrado;

Eilha diç que nun quier gienro,

You ya lo tengo achado,

You ya lo tengo achado,

You ya lo tengo achado.

Mie mai quando me ralha

Bate cul pie ne l sobrado.

 

Anda, nina, anda!

Nun seias assi!

Se te gaba o mundo,

Nun t'agabes tu,

Nun t'agabes tu,

Nun t'agabes tu.

Anda, nina, anda!

Nun seias assi!

 

Ua bielha e um bielho

Fazirun ua patuscada;

La bielha comiu-la toda,

L bielho quedou sien nada;

Ua bielha e um bielho

Fazirun ua patuscada.

 

Ai lalala, ai lalala, ai lala, ai lalala

 

Aí bai Manuel, deixai-lo passar!

Bai achar amores acerca de l mar,

Acerca de l mar, acerca de l mar.

Aí bai Manuel, deixai-lo passar!

 

Ua bielha p'ra comer

Fiç las papas nua criba;

Pus la criba na cabeça,

Escaldou-se la bielha biba.

Ua bielha p'ra comer

Fiç las papas nua criba.

 

Ai lalala, ai lalala, ai lala, ai lalala

 

Aí bai Manuel, deixai-lo passar!

Bai achar amores acerca de l mar,

Acerca de l mar, acerca de l mar.

Aí bai Manuel, deixai-lo passar!

 

Aí bai Manuel, deixai-lo passar!

Bai achar amores acerca de l mar,

Acerca de l mar, acerca de l mar.

Aí bai Manuel, deixai-lo passar!

 

 

* Segue-me à Capela:

Ananda Fernandes – voz

Catarina Moura – voz

Joana Dourado – voz

Margarida Pinheiro – voz

Maria João Pinheiro – voz

Mila Bom – voz

Sílvia Franklim – voz

Músico convidado:

Quiné Teles – percussões

URL: https://www.facebook.com/SegueMeACapela

http://tradisom.com/catalogo/segue-me-a-capela

http://www.asbeiras.pt/2015/12/segue-me-a-capela-lanca-cd-livro-sanjoanices-paganices-e-outras-coisas-de-mulher/

https://myspace.com/seguemecapela/music/songs

https://www.youtube.com/channel/UCd6rfO0Q6G9l1OVAjoS97rg

https://www.youtube.com/playlist?list=PLSaCw5L76Bsm1VPaupVpZSMm1jFsVjhPX

 

 

 

 

 

 

[Vozes da Lusofonia - 07.08.2016]
 

 

Não Tenhas Medo do Escuro

 

Letra: José Fialho Gouveia

Música: Rogério Charraz

Arranjo: Rogério Charraz, Paulo Loureiro e Jaume Pradas

Intérprete: Rogério Charraz* (in CD "Não Tenhas Medo do Escuro", Rogério Charraz/Compact Records, 2016) [vídeo de apresentação >> YouTube] [>> YouTube] [ao vivo no programa "5 Para a Meia-Noite" da RTP-1, 2 Mai. 2016 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Não tenhas medo do escuro

Mesmo que seja tão duro

Ter à frente a noite inteira;

Vou cantar para tu dormires

E até tu conseguires

Fico à tua cabeceira.

 

Para que fiques descansada

E não durmas assustada

Vou deixar a luz acesa;

Assim podes ter certeza

Que não há sombra malvada

Que te apanhe de surpresa.

 

Não fiques assim de cara triste!

O que dói nunca resiste até mais não

E nada cai mais fundo do que o chão.

 

Tristeza não é feitio

E o calor depois do frio

É tão certo como o Verão;

Por maior que seja a ferida

Tu vais ver que tem saída

Essa dor no coração.

 

Mesmo que tudo pareça

Não ter pés nem ter cabeça,

Mete fé no que eu te juro;

Eu vou estar aqui por perto

E não há nada mais certo

Que a manhã depois do escuro.

 

Não fiques assim de cara triste!

O que dói nunca resiste até mais não

E nada cai mais fundo do que o chão.

 

[instrumental / vocalizos]

 

Não fiques assim de cara triste!

O que dói nunca resiste até mais não

E nada cai mais fundo do que o chão.

 

E nada cai mais fundo do que o chão.

 

 

* Rogério Charraz – voz, guitarra acústica e guitalele

Nuno Oliveira – baixo

Carlos Lopes – acordeão

Paulo Loureiro – piano eléctrico

Rui Carvalho – bateria

Alexandre Manaia – guitarras eléctricas

 

 

 

[entrevista com Rogério Charraz]

 

 

 

Lá Vai Ela...

 

Letra: Joana Correia

Música e arranjo: Rogério Charraz

Intérprete: Rogério Charraz* (in CD "Não Tenhas Medo do Escuro", Rogério Charraz/Compact Records, 2016) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Lá vai ela, vestidinho justo,

Olhos negros, lábios de veludo,

Num passo certo e seguro

Sem saber que tantos olhos a namoram.

 

Num desfile de ousadia pura,

Quando passa por alguém na rua,

Sorri, baixa os olhos e continua

Sem ninguém saber aonde vai.

 

À noite dorme sozinha,

Numa cama grande e vazia,

Com o gato aninhado a seus pés...

À noite sonha com o que já foi

Numa cama longa e fria,

Que um dia também já foi minha...

Ela também já foi minha...

 

Lá vai ela, subindo a calçada,

Salto alto, unha encarnada;

Quando passa é sempre desejada,

Não sabe que a esperam ver passar...

 

Caminhando de cabelo ao vento

Deixa aroma a doce momento;

Todos a esperam em segredo

Sem saber afinal quem ela é...

 

À noite dorme sozinha,

Numa cama grande e vazia,

Com o gato aninhado a seus pés...

À noite sonha com o que já foi

Numa cama longa e fria,

Que um dia também já foi minha...

Ela também já foi minha...

 

[instrumental]

 

Todos a esperam em segredo

Sem saber afinal quem ela é...

Só eu sei quem ela é!

 

 

* Rogério Charraz – voz

Nuno Oliveira – contrabaixo

Carlos Lopes – acordeão

Tiago Oliveira – viola

Bernardo Couto – guitarra portuguesa

 

 

 

SMS

 

Letra: José Fialho Gouveia

Música e arranjo: Rogério Charraz

Intérprete: Rogério Charraz* com Katia Guerreiro (in CD "Não Tenhas Medo do Escuro", Rogério Charraz/Compact Records, 2016) [>> YouTube]

 

 

Olá! Como é que estás? Como é que vais?

Os dias por aqui seguem iguais

E passam sem trazer mais novidades;

Há muito que eu não sei nada de ti,

Mas pelo coração já percebi

Que ainda guardo aqui muita saudade.

 

Se tu quiseres podemos tomar

Um copo ou um café para falar,

Pôr a conversa em dia um destes dias:

Quero saber de ti e do que fazes,

Saber se por acaso ainda trazes

Contigo aquele brilho que trazias.

 

Podemos ver um filme no cinema

E dar os dois a mão naquela cena,

Ficar assim até aos créditos finais;

Podemos ir os dois beber um gin,

Dizer que a vida vai assim-assim...

Os dias por aqui seguem iguais.

 

Podias pôr aquele teu vestido,

Aquele azul com o ombro descaído,

Estampado a padrões orientais;

Gostava de levar-te a jantar fora,

Por mim podemos ir a qualquer hora

Porque aqui os dias seguem sempre iguais.

 

[instrumental]

 

Desculpa se o telefone te acordou,

Escrevi-te porque o coração mandou,

Ele já não podia esperar mais;

Eu já ouvi dizer que o tempo cura

Mas sei que a tua falta ainda dura...

Os dias por aqui seguem iguais.

 

Não me leves a mal por te escrever

Nem sintas que é preciso responder,

É só uma mensagem, nada mais;

Só escrevo p'ra dizer que ainda te quero

E quando a lua vem ainda te espero...

As noites por aqui seguem iguais.

 

As noites por aqui seguem iguais.

As noites por aqui seguem iguais.

Os dias por aqui seguem iguais.

As noites por aqui seguem iguais.

 

 

* Rogério Charraz – voz

Nuno Oliveira – contrabaixo

Carlos Lopes – acordeão

Paulo Loureiro – piano

Edu Miranda – guitarra de cordas de nylon

Convidadas especiais:

Katia Guerreiro – voz

Marta Pereira da Costa – guitarra portuguesa

 

 

 

Chuva nos Beirados

 

Letra: Rogério Perrolas

Música e arranjo: Rogério Charraz

Intérprete: Rogério Charraz* com António Caixeiro, Buba Espinho e Eduardo Espinho (in CD "Não Tenhas Medo do Escuro", Rogério Charraz/Compact Records, 2016) [>> YouTube]

 

 

[instrumental / vocalizos]

 

Gosto de te ouvir cantar,

Ó chuva, nos beirados,

Trauteando músicas de encantar,

Tornando os dias molhados:

É o Inverno a chegar.

 

Gosto de te ouvir cair,

Ó chuva, nos telhados,

Sussurrando melodias calmas;

O teu gotejo sincopado,

De sinfonia abstracta,

É como a amizade

Quando o amor nos falta!

 

[instrumental / vocalizos]

 

Gosto de te ouvir cantar,

Ó chuva, nos beirados,

Trauteando músicas de encantar,

Tornando os dias molhados:

É o Inverno a chegar.

 

Gosto de te ouvir cair,

Ó chuva, nos telhados,

Sussurrando melodias calmas;

O teu gotejo sincopado,

De sinfonia abstracta,

É como a amizade

Quando o amor nos falta!

 

É como a amizade

Quando o amor nos falta!

 

[instrumental / vocalizos]

 

 

* Rogério Charraz – voz e guitarra acústica

Carlos Lopes – acordeão

Sérgio Mendes – lap steel guitar

Convidados especiais:

António Caixeiro – voz

Buba Espinho – voz

Eduardo Espinho – voz

 

 

 

Põe de Lado o GPS

 

Letra: José Fialho Gouveia

Música: Rogério Charraz

Arranjo: Rogério Charraz e Paulo Loureiro

Intérprete: Rogério Charraz* (in CD "Não Tenhas Medo do Escuro", Rogério Charraz/Compact Records, 2016) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Quero ir contigo embora

P'ra ficarmos na demora

De um beijo devagar;

Vou tirar-te a pulsação

E dizer-te ao coração

Que te quero viajar!

 

Quero ir contigo agora,

Tu e eu por aí fora

E vais ver que estamos perto;

Quando a gente chegar lá

Tu vais ver como isto dá,

Como tudo bate certo.

 

Ninguém chega se não for,

E não indo ninguém sabe

Se aquilo que nos cabe,

Contas feitas, é o amor.

 

Já agora que aqui estamos

Vamos ver como nos damos

Nós os dois nesse lugar;

Deixa lá essas razões,

Porque só os corações

Sabem como lá chegar!

 

Põe de lado o GPS!

Vamos ver o que acontece

Indo nesta direcção,

Pois eu tenho cá p'ra mim

Que nós vamos dar por fim

Onde mora o coração.

 

Ninguém chega se não for,

E não indo ninguém sabe

Se aquilo que nos cabe,

Contas feitas, é o amor.

 

[instrumental / vocalizos]

 

Ninguém chega se não for,

E não indo ninguém sabe

Se aquilo que nos cabe,

Contas feitas, é o amor.

 

Ninguém chega se não for,

E não indo ninguém sabe

Se aquilo que nos cabe,

Contas feitas, é o amor.

 

Põe de lado o GPS!

Vamos ver o que acontece...

 

 

* Rogério Charraz – voz, guitarra acústica e guitalele

Nuno Oliveira – baixo

Carlos Lopes – acordeão

Paulo Loureiro – piano e Hammond

Rui Carvalho – bateria

 

 

 

Meu Amor Eterno

 

Letra: Rogério Charraz (dedicada à sua Mãe)

Música: Rogério Charraz e Júlio Resende

Arranjo: Júlio Resende

Intérprete: Rogério Charraz* (in CD "Não Tenhas Medo do Escuro", Rogério Charraz/Compact Records, 2016) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Meu Amor Eterno,

Doce verde olhar,

Ilumina o meu caminho!

Acompanha o meu andar!

 

Meu Amor Eterno,

Mãos de acarinhar,

Segura no teu menino!

Ajuda-me a continuar!

 

Meu Amor Eterno,

Fada do meu lar,

Alimenta-me a saudade!

Sacia o meu paladar!

 

[instrumental]

 

Meu Amor Eterno,

Cordão de umbilicar,

Relembra-me do teu cheiro!

Não me deixes de cantar! [bis]

 

Ema te fez,

Deus te criou,

Paulo te abriu,

José completou.

 

"Morrer por morrer!",

Disseste-o assim;

Da tua coragem      | bis

Tiveste-me a mim.  |

 

[instrumental]

 

Meu Amor Eterno,

Cordão de umbilicar,

Relembra-me do teu cheiro!

Não me deixes de cantar! [3x]

 

 

* Rogério Charraz – voz

Convidado especial:

Júlio Resende – piano acústico

 

 

 

Festa da Aldeia

 

Letra: Filipa Martins

Música: Rogério Charraz

Arranjo: João Balão

Intérprete: Rogério Charraz* (in CD "Não Tenhas Medo do Escuro", Rogério Charraz/Compact Records, 2016) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Lá na festa da aldeia,

Debaixo da cameleira,

Convidaste-me a dançar:

Tamanha era a borracheira

Que no adro da igreja

Nos chegámos a casar.

 

No nariz, sinal de perigo,

Quem dorme contigo

Má sorte vai enfrentar:

Mas na festa da aldeia,

Com as vizinhas na soleira,

Eu fui-me enamorar.

 

Peço aos dias tempo emprestado

P'ra apagar esta recordação;

Na frase sem predicado

Há vírgulas sem cuidado

Entre o sujeito e o coração.

[bis]

 

Entre o sujeito e o coração.

 

[instrumental]

 

Lá na festa da aldeia,

Debaixo da cameleira,

A saia sempre a rodar:

A tua mão que se esgueira

Debaixo da pregadeira...

Eu vermelha, a corar.

 

No banco, dívidas, assombros;

Fiado não vais em ombros;

Fim do mês, falta-te o ar;

Debaixo da cameleira

Foi grande a ciumeira,

Começámos a namorar.

 

Peço aos dias tempo emprestado

P'ra apagar esta recordação;

Na frase sem predicado

Há vírgulas sem cuidado

Entre o sujeito e o coração.

[bis]

 

Entre o sujeito e o coração.

 

[instrumental]

 

Mas na festa da aldeia,

Tu de mão na algibeira,

Nós chegámos a casar:

Porque na festa da aldeia

Debaixo da cameleira

Tu puseste-me a dançar.

 

Peço aos dias tempo emprestado

P'ra apagar esta recordação;

Na frase sem predicado

Há vírgulas sem cuidado

Entre o sujeito e o coração.

[bis]

 

Entre o sujeito e o coração.

 

[instrumental]

 

 

* Rogério Charraz – voz

João Balão – percussões, cavaquinho e baixo

Carlos Lopes – coros

Convidado especial:

João Gentil – acordeão

Produzido por Rogério Charraz e Carlos Lopes

Gravado por Carlos Lopes, nos Estúdios Piranha e Chumbinho, de Novembro de 2015 a Março de 2016

Misturado por Edu Miranda

URL: http://www.rogeriocharraz.com/

https://www.facebook.com/RogerioCharrazOficial/

https://twitter.com/rogeriocharraz

https://soundcloud.com/rogeriocharraz

https://www.reverbnation.com/rog%C3%A9riocharraz/songs

https://www.youtube.com/user/rogeriocharraz

https://www.youtube.com/watch?v=nuDhU_rNP7U

https://www.youtube.com/playlist?list=PLBNCxTCKBX7qTSCl6I5wi8JrFy8xwaXqi

 

 

 

 

[Vozes da Lusofonia - 27.07.2014]
 

 

Em Nome da Rosa

 

Letra: José Jorge Letria

Música: Janita Salomé

Intérprete: Janita Salomé* (in CD "Em Nome da Rosa", Cantar ao Sol/Ponto Zurca, 2014) [>> YouTube] [ao vivo / arquivo da RTP >> YouTube] [ao vivo no auditório Maestro Frederico de Freitas, da SPA, Lisboa, 9 Mar. 2015 >> >> YouTube] [ao vivo em Serpa, 8 Jun. 2015 / XII Encontro de Culturas >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Podia chamar-te tudo

o que se chama a uma flor

e fazer do teu perfume

essa centelha de lume

que incendeia o nosso amor.

 

[instrumental]

 

Tu és a rosa perfeita

desta secreta alquimia,     

promessa de eternidade

que renasce com a idade

entre a urze e a maresia.

 

[instrumental]

 

Tu és a rosa sem nome,

mas é em nome da rosa

que eu faço de cada espinho

a dor que abre caminho

a quem te quer sempre airosa.

 

[instrumental]

 

Tu és a rosa mais pura

do canteiro, do que sonhei:

o teu rosto é a corola,

doce acorde de viola

dos madrigais que te cantei.

 

[instrumental]

 

 

Nota: «Dedicada à minha Isabel.» (Janita Salomé)

 

* Janita Salomé – voz e guitarra acústica

Filipe Raposo – piano

Daniel Vieira – clarinetes

Quiné Teles – bateria e percussão

António Quintino – contrabaixo

 

 

 

[entrevista com Janita Salomé]

 

 

 

La Rosa Enflorese

 

Letra e música: Autor anónimo (Canção de amor ladino-sefardita do séc. XV) [tradução >> abaixo]

Intérprete: Janita Salomé (in CD "Em Nome da Rosa", Cantar ao Sol/Ponto Zurca, 2014) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

La rosa enflorese

en el mez de mars

i mi alma se s'kurese   | bis

d'estar en este mal.     |

 

[instrumental]

 

Los bibilicos kantan

sospiran del amor

i la pasiyon me mata    | bis

muchigua mi dolor.      |

 

[instrumental]

 

Los bibilicos kantan

en el arvol de la flor

debasho se asentan       | bis

los ke sufren del amor.   |

 

[instrumental]

 

 

* Janita Salomé – voz

Filipe Raposo – piano

Daniel Vieira – saxofone soprano

Mário Delgado – guitarra eléctrica

Quiné Teles – bateria e percussão

António Quintino – contrabaixo

 

 

 

A Rosa Floresce

 

A rosa floresce

no mês de Março

e a minha alma s'escurece

d'estar neste mal.

 

Os rouxinóis cantam,

suspiram de amor

e a paixão me mata,

aumenta a minha dor.

 

Os rouxinóis cantam

na árvore florida;

debaixo se sentam

os que sofrem de amor.

 

 

 

Outra Rosa

 

Letra: Hélia Correia

Música: Janita Salomé

Intérprete: Janita Salomé* (in CD "Em Nome da Rosa", Cantar ao Sol/Ponto Zurca, 2014) [>> YouTube]

 

 

Eu sou da terra bravia

Onde a loba aleita a cria

E o sardão cintila ao sol.

Eu sou a rosa-de-cão,

Vivo no mato onde não

Chega a voz do rouxinol.

 

Eu sou a rosa-albardeira

Que nem mesmo a rosas cheira,

Nem é nome de mulher.

Sou a que fica de fora,

Rosa da silva da amora

Que ninguém ousa colher.

 

Eu sou a rosa com falha,

Sou a rosa assim-assim,

Coisa de sangue ruim

Que se oculta na muralha.

E não terás quem te valha

Quando te prender a mim.

[bis]

 

[instrumental]

 

Enterro o meu pé na areia

Onde a aranha faz a teia

E onde a víbora rasteja.

Sou rosa de encruzilhada

Onde dançam bruxa e fada.

Sou a rosa malfazeja.

 

Eu sou a rosa com falha,

Sou a rosa assim-assim,

Coisa de sangue ruim

Que se oculta na muralha.

E não terás quem te valha

Quando eu te prender a mim.

[bis]

 

 

* Janita Salomé – voz

Filipe Raposo – piano

Mário Delgado – dobro com ebow

Daniel Vieira – clarinetes

Quiné Teles – bateria e percussão

António Quintino – contrabaixo

 

 

 

Oh Bento Airoso

 

Letra e música: Tradicional (Paradela, Miranda do Douro, Trás-os-Montes)

Recolha: Michel Giacometti (1960, in "Cancioneiro Popular Português", Lisboa: Círculo de Leitores, 1981 – p. 43)

Intérprete: Janita Salomé* (in CD "Em Nome da Rosa", Cantar ao Sol/Ponto Zurca, 2014) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Oh bento airoso, mistério divino!

Encontrei a Maria à beira do rio

E lavando os cueiros do bendito Filho.

 

Oh bento airoso, mistério divino!

Maria lavava, S. José estendia

E o Menino chorava c'o frio que fazia.

 

[instrumental]

 

Oh bento airoso, mistério divino!

Calai, meu Menino! Calai, meu amor!

As vossas verdades me matam com dor.

 

[instrumental / vocalizos]

 

 

* Janita Salomé – voz

Filipe Raposo – piano

Quiné Teles – bateria

António Quintino – contrabaixo

 

 

 

Bre Sarika Bre

 

Letra: Tradicional judaico-espanhola-otomana [tradução >> abaixo]

Música: Janita Salomé

Intérprete: Janita Salomé* (in CD "Em Nome da Rosa", Cantar ao Sol/Ponto Zurca, 2014) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Bre Sarika, bre trayme un copo d'água

Bre Sarika, bre trayme un copo d'água

Sto deskalsa, ay rosio'n basho: me se hiela el pie

Sto deskalsa, ay rosio'n basho: me se hiela el pie

 

[instrumental]

 

Bre Sarika, bre blonda i hermozika

Bre Sarika, bre linda i savrosika

Yo te vo merkar sapatos d'Unkapán, chizmés de Chibali

Yo te vo merkar sapatos d'Unkapán, chizmés de Chibali

 

[instrumental]

 

No me prime a mi ke me merkes tú

No me prime a mi ke me merkes tú

Tengo un padre merkador muy grande

Y el me va merkar sapatos d'Unkapán, chizmés de Chibali

 

Tengo un padre merkador muy grande

Y el me va merkar sapatos d'Unkapán, chizmés de Chibali

 

[instrumental]

 

 

Nota: «Homenagem a Frieder Bauer (1946-2008), companheiro de aventuras, grande amigo do povo alentejano, que desde cedo me incentivou a abordar a temática da música sefardita.» (Janita Salomé)

 

* Janita Salomé – voz e percussões

Filipe Raposo – piano e acordeão

Pedro Jóia – cümbüs e guitarra acústica

Quiné Teles – bateria e percussão

António Quintino – contrabaixo

 

 

 

Ó Sarita, Ó...

 

Ó Sarita, ó... traz-me um copo d'água

Estou descalça, ai o orvalho em baixo me gela o pé

Ó Sarita, ó... traz-me um copo d'água

Estou descalça, ai o orvalho em baixo me gela o pé

 

Ó Sarita, ó... loira e formosa

Ó Sarita, ó... linda e apetitosa

Eu te vou comprar sapatos d'Unkapán, botas de Chibali

Eu te vou comprar sapatos d'Unkapán, botas de Chibali

 

Não preciso eu que mos compres tu

Não preciso eu que mos compres tu

Tenho um pai mercador muito rico

E ele me vai comprar sapatos d'Unkapán, botas de Chibali

 

Tenho um pai mercador muito rico

E ele me vai comprar sapatos d'Unkapán, botas de Chibali

 

 

 

Sofia Rosa

 

Letra: António Lobo Antunes (Fevereiro de 2012)

Música: Janita Salomé

Intérprete: Janita Salomé* (in CD "Em Nome da Rosa", Cantar ao Sol/Ponto Zurca, 2014) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Mil pálpebras tem a rosa,

Mil olhos o girassol;

Mil beijos à menina

debaixo do meu lençol.

 

Ao pé de ti sou um barco

de mastro espetado ao céu;

Se me falta o teu carinho

murcha o mastro e morro eu.

 

O soba veio da mata,

angolar veio da chana;

Sofia Rosa morreu

na ponta duma catana.

 

Quem morreu foi Sofia Rosa,

Sofia, ué, ué!

Sofia, ué, ué!

[3x]

 

Foi comigo que sou pobre,

não disse ao soba que sim;

Sofia Rosa morreu

de olhos postos em mim.

 

[instrumental / vocalizos]

 

 

Nota: «Homenagem a Liceu Vieira Dias (1918-1994).

Abraço forte a Carlitos Vieira Dias, ao Barradas (alentejano angolar) e a Rui Mingas.» (Janita Salomé)

 

* Janita Salomé – bendir e voz

Karyna Gomes – voz feminina

Filipe Raposo – direcção artística e piano

Daniel Vieira – clarinete e saxofone soprano

Pedro Jóia – cümbüs e guitarra acústica

Mário Delgado – guitarra eléctrica

Quiné Teles – bateria e percussão

António Quintino – contrabaixo

Direcção musical e arranjos – Filipe Raposo

Produção executiva – Cantar ao Sol, Lda.

Gravação – Rui Guerreiro, André Tavares e José Maria Sobral, nos Atlântico Blue Studios, Paço d'Arcos, de Julho a Agosto de 2013

Mistura – Rui Guerreiro

Masterização – Tó Pinheiro da Silva

Biografia e discografia em: A Nossa Rádio

URL: http://www.facebook.com/janitasalome

http://www.pflores.com/janitasalome/biografia.php

http://janitasalome.blogspot.com/

http://www.pontozurca.pt/?cpt_discography=janita-salome-em-nome-da-rosa

http://www.rtp.pt/antena1/discos/janita-salome---premio-pedro-osorio-2015_7736

https://myspace.com/janitasalome/music/songs

https://www.youtube.com/playlist?list=PLBy5NerEOSudwxKNXKq-dDfW1X82ZYsnh

https://www.youtube.com/channel/UC1E-8f0Ab_zxiFZQloSHSGg/videos

https://www.youtube.com/user/DoTempoDosSonhos/search?query=janita+salome

http://nossaradio.blogspot.com/2007/05/galeria-da-msica-portuguesa-janita.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Janita_Salom%C3%A9

http://www.infopedia.pt/$janita-salome

https://ionline.sapo.pt/308847

http://www.muralsonoro.com/mural-sonoro-blog/2014/1/16/janita-salom

http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/janita_salom

http://www.last.fm/pt/music/Janita+Salom%C3%A9

 

 

 

 

 

 

 

[Vozes da Lusofonia - 26.04.2015]
 

 

Brota a Água

 

Letra e música: Pedro Mestre

Intérprete: Pedro Mestre* com Janita Salomé (in CD "Campaniça do Despique", Viola Campaniça Produções Culturais/Pedro Mestre, 2015) [com Janita Salomé, ao vivo em Serpa, 8 Jun. 2015 / XII Encontro de Culturas – a partir de 7':30'' >> YouTube]

Outra versão de Pedro Mestre com Janita Salomé (in DVD "No CCB: Pedro Mestre & Convidados", Pedro Mestre, 2017)

 

 

[instrumental]

 

Brota a água da pedra bruta:

Sua luta, labuta,

De tudo dessedentar;

Ganha altura, desmesura

De tanto querer ser mar.

 

Corre campos, cria formas

Que nem ousara sonhar;

Dança ritmos, canta trovas  | bis

Antes de chegar ao mar.     |

 

A ciência que o mar tem

Não tem nada de pasmar:

Não há regato nem rio

Que ao mar não vá parar.

 

Brota a água da pedra bruta:

Sua luta, labuta,

De tudo dessedentar;

Ganha altura, desmesura

De tanto querer ser mar.

 

Corre campos, cria formas

Que nem ousara sonhar;

Dança ritmos, canta trovas  | bis

Antes de chegar ao mar.     |

 

[instrumental]

 

Brota a água da pedra bruta:

Sua luta, labuta,

De tudo dessedentar;

Ganha altura, desmesura

De tanto querer ser mar.

 

Corre campos, cria formas

Que nem ousara sonhar;

Dança ritmos, canta trovas  | 3x

Antes de chegar ao mar.     |

 

 

 

[entrevista com Pedro Mestre]

 

 

 

Campaniça do Despique

 

Letra e música: Pedro Mestre

Intérprete: Pedro Mestre* (in CD "Campaniça do Despique", Viola Campaniça Produções Culturais/Pedro Mestre, 2015)

Outra versão de Pedro Mestre (in DVD "No CCB: Pedro Mestre & Convidados", Pedro Mestre, 2017) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Campaniça do despique,

Na venda e bailes de roda:

Dedilhando o improviso       | bis

Ou trauteando uma moda.   |

 

Na rua do velho monte,

Com as moças a bailar

Os passos simples duma dança  | bis

E a viola a dedilhar.                  |

 

Nas feiras e romarias,

Na serra e no alambique,

Na venda e bailes de roda:  | bis

Campaniça do despique.      |

 

[instrumental]

 

O tocador da viola

É feio mas toca bem;

Se não casar por a prenda,  | bis

Formosura não a tem!         |

 

Campaniça do despique,

Na venda e bailes de roda:

Dedilhando o improviso,      | bis

Ou trauteando uma moda.   |

 

Na rua do velho monte,

Com as moças a bailar

Os passos simples duma dança  | bis

E a viola a dedilhar.                  |

 

Nas feiras e romarias,

Na serra e no alambique,

Na venda e bailes de roda:  | bis

Campaniça do despique.      |

 

 

 

Ti Mariana

 

Letra: Rosa Guerreiro Dias

Música: José Manuel David

Intérprete: Pedro Mestre* (in CD "Campaniça do Despique", Viola Campaniça Produções Culturais/Pedro Mestre, 2015)

 

 

[instrumental]

 

Mariana canta ao despique:

Fez do cante a sua lida,

Ali p'rós lados de Ourique, [bis]

Nessa planície perdida.

 

Nessa planície perdida,

Nesse Alentejo adorado,

Ti Mariana achou a vida [bis]

E fez do cante o seu fado.

 

E fez do cante o seu fado,

Cantando com o coração;

As modas vão dando brado [bis]

Ao velho estilo baldão.

 

[instrumental]

 

Quem canta seu mal espanta,

É o ditado que o diz;

Cantar afina a garganta, [bis]

Povo que canta é feliz.

 

Mariana canta ao despique:

Fez do cante a sua lida,

Ali p'rós lados de Ourique, [bis]

Nessa planície perdida.

 

Nessa planície perdida,

Nesse Alentejo adorado,

Ti Mariana achou a vida [bis]

E fez do cante o seu fado.

 

E fez do cante o seu fado,

Cantando com o coração;

As modas vão dando brado [bis]

Ao velho estilo baldão.

 

[instrumental]

 

A viola campaniça,

Em meus dedos dedilhando,

Acompanha sem preguiça [bis]

Qualquer Mariana cantando.

 

Mariana canta ao despique:

Fez do cante a sua lida,

Ali p'rós lados de Ourique, [bis]

Nessa planície perdida.

 

Nessa planície perdida,

Nesse Alentejo adorado,

Ti Mariana achou a vida [bis]

E fez do cante o seu fado.

 

E fez do cante o seu fado,

Cantando com o coração;

As modas vão dando brado [bis]

Ao velho estilo baldão.

 

 

 

Jardim dos Sentidos

 

Letra e música: Pedro Mestre

Intérprete: Pedro Mestre* com António Zambujo (in CD "Campaniça do Despique", Viola Campaniça Produções Culturais/Pedro Mestre, 2015) [ao vivo no Cine-Teatro Municipal de Castro Verde, 19 Abr. 2015 >> YouTube] [ao vivo em Serpa, 8 Jun. 2015 / XII Encontro de Culturas >> YouTube] [gravado no salão da Voz do Operário, Lisboa, 31 Mar. 2016 / A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria >> Vimeo]

Outra versão de Pedro Mestre com António Zambujo (in DVD "No CCB: Pedro Mestre & Convidados", Pedro Mestre, 2017)

 

 

Trago um jardim no sentido,

Por ter sentido o que sinto:

Amor que não faz sentido

Num coração louco e faminto.

 

No jardim do meu sentido

Nascem cravos cardinais;

Também eu nasci no mundo

P'ra te querer cada vez mais.

 

No jardim do rei há rosas,

Também há malvas de cheiro;

Não há luz como a do dia,

Nem amor como o primeiro.

 

Coração louco e faminto,

Rosa que tenho sentido;

Jardim que anda perdido,

Por ter sentido o que sinto.

 

No jardim do meu sentido

Nascem cravos cardinais;

Também eu nasci no mundo

P'ra te querer cada vez mais.

 

No jardim do rei há rosas,

Também há malvas de cheiro;

Não há luz como a do dia,

Nem amor como o primeiro.

 

[instrumental]

 

Por ter sentido o que sinto,

Amor que não faz sentido,

Jardim que anda perdido,

Trago um jardim no sentido.

 

No jardim do meu sentido

Nascem cravos cardinais;

Também eu nasci no mundo

P'ra te querer cada vez mais.

 

No jardim do rei há rosas,

Também há malvas de cheiro;

Não há luz como a do dia,

Nem amor como o primeiro.

 

Trago um jardim no sentido...

 

 

 

Sobreiro Velhinho

 

Letra e música: Martinho Marques

Arranjo: José Manuel David

Intérprete: Pedro Mestre* com Pedro Calado & Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento (in CD "Campaniça do Despique", Viola Campaniça Produções Culturais/Pedro Mestre, 2015) [excerto >> YouTube] [ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa, 12 Fev. 2015 / programa "Viva a Música" >> YouTube] [ao vivo em Mértola, 19 Mai. 2017 >> YouTube]

Outra versão de Pedro Mestre com Pedro Calado & Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento (in DVD "No CCB: Pedro Mestre & Convidados", Pedro Mestre, 2017)

 

 

[instrumental]

 

Há um sobreiro velhinho

Que nasceu à meia-encosta:

É a casa dos pardais,

Malhada dos animais,

Faz sombra que o pastor gosta.

 

Faz sombra que o pastor gosta

Nos dias quentes de Verão;

Põe o seu gado ao acarro,

Da cortiça faz um tarro,

Corta a lenha, faz carvão.

 

Corta a lenha, faz carvão

E nasce um novo raminho

Da Primavera ao Inverno;

Deus queira que seja eterno,

Há um sobreiro velhinho.

 

[instrumental]

 

O sobreiro é obrigado

A sustentar a cortiça;

Quem não ama de vontade,

Seja qual for a idade,

Não se obriga por justiça.

 

Há um sobreiro velhinho

Que nasceu à meia-encosta:

É a casa dos pardais,

Malhada dos animais,

Faz sombra que o pastor gosta.

 

Faz sombra que o pastor gosta

Nos dias quentes de Verão;

Põe o seu gado ao acarro,

Da cortiça faz um tarro,

Corta a lenha, faz carvão.

 

Corta a lenha, faz carvão

E nasce um novo raminho

Da Primavera ao Inverno;

Deus queira que seja eterno,

Há um sobreiro velhinho.

 

 

* Pedro Mestre – viola campaniça e voz

José Manuel David – piano, teclados, viola acústica, guitarra eléctrica, flauta transversal indiana, órgão de tubos, acordeão, trompa, bateria digital, saxhorn altos

Tânia Lopes – percussão

Vasco Sousa – baixo 'fretless'

Participação especial de:

Janita Salomé – voz (em "Brota a Água")

António Zambujo – voz (em "Jardim dos Sentidos")

Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento – vozes (em "Sobreiro Velhinho")

Pedro Calado – voz (em "Sobreiro Velhinho")

Produção, direcção musical e arranjos – Pedro Mestre e José Manuel David

Produção executiva – Pedro Mestre / Viola Campaniça Produções Culturais

Gravação, misturas e masterização – João Magalhães, no Centro Musibéria (Serpa), no Estúdio de Vale de Lobos (Almargem do Bispo - Sintra), na Igreja de S. Tomás de Aquino (Lisboa) e na Casa 7 Tons

Técnicos assistentes – Hugo Bentes (Centro Musibéria) e João Szas (Estúdio de Vale de Lobos)

URL: http://www.pedromestre.com.pt/v1/index.php/pt/

http://www.pedromestrecampanica.blogspot.com/

http://www.violacampanicaproducoesculturais.blogspot.com/

https://www.facebook.com/Pedro-Mestre-228883907161419

https://www.facebook.com/pedrommestre

https://www.facebook.com/mestre.pedro1

https://www.facebook.com/violacampanicaproducoesculturais

https://www.facebook.com/violacampanicaproducoesculturais.7

https://myspace.com/pedromestre/music/songs

https://www.youtube.com/user/PedroMestreCampanica/videos

http://www.rtp.pt/antena1/discos/pedro-mestre-campanica-do-despique_8474

https://www.hardmusica.pt/cultura/discos/28726-campanica-do-despique-uma-descoberta-do-alentejo-atraves-da-viola-campanica.html

https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/musico-pedro-mestre-vence-premio-carlos-paredes?artigo-completo=sim

https://www.publico.pt/2017/04/17/culturaipsilon/noticia/pedro-mestre-agora-em-dvd-uma-forca-enorme-do-alentejo-em-palco-1768724

 

 

 

 

[Terra Pura - 07.10.2015]
 

 

Sobe e Desce Toda a Vida

 

Letra e música: Luís Pucarinho

Intérprete: Luís Pucarinho* (in CD "Orgânica Mente Humana", Caracol Secreto Associação/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

Quantos dias já somados em contagem decrescente?

E sobe a confiança e desce a condição

Estar em baixo faz subir, em cima faz descer,

Sobe e desce toda a vida, ou não será?

Sobe e desce toda a vida, será isto ou não viver?

 

Quase morto em desabrigo ou abrigado quase vivo,

Tanta fome espalhada faz riqueza concentrada

E sobe a previsão e desce na tendência,

Uns são logo, outros ficam para ser

Sobe e desce toda a vida, será isto ou não viver?

 

De cada lado por seu lado desde a terra até à lua,

Quantos sítios e pessoas? E quanto falta conhecer?

Quantos sítios e pessoas, para saber o que é viver?

De cada lado por seu lado da terra ao fundo do mar

E quanto falta navegar? A quantas histórias pertencer?

A que vidas e pessoas? Para saber o que é viver...

 

Sobe, sobe o numerário para sobrar e dividir,

Vê no gráfico ao contrário quanto custa existir

Da engorda do passado emagrece para o presente,

Quanto mais ganhas da vida, mais da vida vais perder,

Será isto ou não viver?

 

Quantas cores e vontades que se cruzam no caminho?

Quais ofertas aos milhares, quanto somas tu sozinho?

Dar amor e ser amado, ou sem amado ser...

Há de tudo um bocadinho, ou não será?

Sobe e desce toda a vida, será isto ou não viver?

 

De cada lado por seu lado desde a terra até à lua,

Quantos sítios e pessoas? E quanto falta conhecer?

Quantos sítios e pessoas, para saber o que é viver?

De cada lado por seu lado da terra ao fundo do mar

E quanto falta navegar? A quantas histórias pertencer?

A que vidas e pessoas? Para saber o que é viver...

 

[instrumental]

 

Tudo verde e natural serve o sonho descontente

Ao sector industrial que fabrica o sonho à gente

Vem da terra esse sustento, do mar o alimento

Pôr na vida uma semente faz colher

Sempre foi assim a vida, sempre assim será viver, será viver...

 

De cada lado por seu lado desde a terra até à lua,

Quantos sítios e pessoas? E quanto falta conhecer?

Que vidas e pessoas? Para saber o que é viver...

De cada lado por seu lado da terra ao fundo do mar

E quanto falta navegar?

E quanto falta conhecer, para saber o que é viver?

 

Para saber o que é viver...

 

 

 

Ali Estavas Tu

 

Letra e música: Luís Pucarinho

Intérprete: Luís Pucarinho* (in CD "Orgânica Mente Humana", Caracol Secreto Associação/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Ali estavas tu olhando à janela, quando voltei já quase dia

Da boémia, da boémia e do som.

E desceste até à porta, num sorriso maior e num abraço

Num abraço sentido

 

Colaram-se os corpos numa dança, varrendo tudo pelo chão

Um aceso rebolar sufocante e o suor em crescente pulsação

E a força, o sangue corre num único sentido

Algo em mim se vai e morre e me consome morto e vivo

 

[instrumental]

 

Como quem sabe de cor, puseste-me um cigarro na boca

E com amor, um brilho nos olhos

Em corpo nu à luz duma vela, disse-te ao ouvido baixinho:

"Quando voltas? Quando voltas à janela?"

 

Colaram-se os corpos numa dança, varrendo tudo pelo chão

Um aceso rebolar sufocante e o suor em crescente pulsação

E a força, o sangue corre num único sentido

Algo em mim se vai e morre e me consome morto e vivo

 

Ali estavas tu olhando à janela, quando voltei já quase dia

Da boémia, da boémia e do som.

E desceste até à porta, num sorriso maior e num abraço

Num abraço sentido

 

Ficaste tu olhando à janela...

 

 

 

[entrevista com Luís Pucarinho]

 

 

 

Perdidos pela Estrada

 

Letra e música: Luís Pucarinho

Intérprete: Luís Pucarinho* (in CD "Orgânica Mente Humana", Caracol Secreto Associação/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Caem tordos e pardais das varandas, dos telhados

Caem todos os normais sem asas levantados

Caídos morrem pela rua na tristeza e pela fome

Porque as vidas não são as suas e sem vida tudo morre

 

Quem por ti pensa e vê e te diz como tudo deve ser?

Quem a ti te encaminha e faz render?

Quem por ti decide, por ti irá viver?

 

[instrumental]

 

De tão certos e arrumados nas gavetas inventadas

Nas varandas e telhados, sem da vida verem nada

Seguem do formato o trilho, da moral endiabrada

Que se perdem no caminho todos, todos pela mesma estrada

 

Quem por ti pensa e vê e te diz como tudo deve ser?

Quem a ti te encaminha e faz render?

Quem por ti decide, por ti irá viver?

 

Quem por ti... por ti irá viver?

E te diz...

 

Quem por ti decide, por ti irá viver?

 

 

 

A Verdade Vem

 

Letra e música: Luís Pucarinho

Intérprete: Luís Pucarinho* com Duarte (in CD "Orgânica Mente Humana", Caracol Secreto Associação/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

A verdade vem ao de cima e mostra

O que em baixo tem, que ao de cima não se gosta

A verdade tem algo difícil de atingir

Quando em cima há quem, por baixo vem e te faça distrair

 

A verdade vem ao de cima e mostra

A verdade vê e ao de cima há-de vir

A verdade vem ao de cima e mostra

A verdade vê e ao de cima há-de vir

 

[instrumental]

 

Quando de baixo vem, tão hibernado e escondido,

O desejo de ter e conhecer o proibido

Quando a vontade for escorregando a mentir

A verdade vê e ao de cima há-de vir

 

A verdade vem ao de cima e mostra

A verdade vê e ao de cima há-de vir

A verdade vem ao de cima e mostra

A verdade vê e ao de cima há-de vir

 

[instrumental]

 

E por mais que tentes dar a volta

A verdade veio sempre e sempre há-de vir

Há-de vir noutro presente às cambalhotas

Noutro presente há-de vir, noutro presente há-de vir

 

A verdade vem ao de cima e mostra

A verdade vê e ao de cima há-de vir

A verdade vem ao de cima e mostra

A verdade vê e ao de cima há-de vir

A verdade vem ao de cima e mostra

A verdade vê e ao de cima há-de vir

A verdade vem ao de cima e mostra

A verdade vê e ao de cima há-de vir

 

 

 

A Tua Felicidade

 

Letra e música: Luís Pucarinho

Intérprete: Luís Pucarinho* com Mara (in CD "Orgânica Mente Humana", Caracol Secreto Associação/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

– O que é feito de ti? Deixa ver como estás...

– Desde que foste embora, estamos aqui, diz-me: como foi por lá?

Ou então faz-me ouvir como sempre quis

– Encontrei um lugar

– Diz que encontras-te um lugar,

D'onde vens tu tão feliz?

 

Dá-me um pouco mais, que mereço, agora

Depois de tanto tempo, depois de tanto tempo à espera e só

Dá-me a solução e esse sorriso e diz, diz que me vais levar

E só irei voltar... e só irei voltar feliz

 

– Vou-te agora contar o que vi, o que vi afinal

– Conta-me essa história, conta-me: não foste assim em vão?

Ou faz-me antes ouvir, como sempre quis

– Já pensei na solução

– Diz que tens a solução

P'ra também eu ser feliz.

 

Dá-me um pouco mais, que mereço, agora

Depois de tanto tempo, depois de tanto tempo à espera e só

Dá-me a solução e esse sorriso e diz, diz que me vais levar

E só irei voltar, não quero voltar

 

Leva-me daqui, leva-me contigo, para não voltar mais, leva-me

Vamos, vamos também ter histórias vividas e reais, vividas e reais

Ou faz-me antes ouvir que pensaste em mim

E que vens de coração, vens com a nossa solução

P'ra contigo ser feliz...

 

 

 

A Mesma Camisola

 

Letra e música: Luís Pucarinho

Intérprete: Luís Pucarinho* com Jorge Benvinda (in CD "Orgânica Mente Humana", Caracol Secreto Associação/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

O dia não te correu bem e não gostas do que fazes

E agora só pedes um pouco de atenção

Diz tudo para fora, estou pronto para ouvir

Diz-me algo que não saiba e que te dê a razão

Vais ter de mim um ar de sério compreensivo

Num abraço convincente, como se fosse um irmão

Diz agora o que te vai na mente e no que puder ajudar

Tens aqui um amigo com quem... com quem podes contar

No fundo, na frente, na mesma camisola,

A frio, a quente com a cara para dar

No bom, no mau, no que importa realmente

Levo a tua bandeira, onde consiga chegar

 

O dia não te correu bem e não gostas do que fazes

Não é culpa de ninguém e podes sempre mudar

Procura no que sabes um caminho para andar

Trata a vida sempre bem, que ela bem te vai tratar

Põe amor no teu caminho e a verdade ao de cima

Nunca ficarás sozinho e podes ajudar também

Se alguém no teu presente possa a vir necessitar

Faz de ti um amigo com quem... com quem se possa contar

No fundo, na frente, na mesma camisola,

A frio, a quente com a cara para dar

No bom, no mau, no que importa realmente

Levo a tua bandeira, onde consiga chegar

 

No fundo, na frente, na mesma camisola,

A frio, a quente e com a cara para dar

No bom, no mau, no que importa realmente

Levo a tua bandeira, onde consiga chegar

 

No fundo, na frente, na mesma camisola,

A frio, a quente e com a cara para dar

No bom, no mau, no que importa realmente

Levo a tua bandeira...

 

 

 

A Tua Pessoa

 

Letra e música: Luís Pucarinho

Intérprete: Luís Pucarinho* (in CD "Orgânica Mente Humana", Caracol Secreto Associação/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

Tu em pessoa,

Inventaste lá fora um baralho de cartas e outras mil coisas

Tu em pessoa,

Tens a sorte do lado do vento a favor, onde flutuas e vais... e vais

 

A tua pessoa, nos caminhos da frente e de trás,

Aparentemente sóbria e capaz de ser

A tua pessoa com raízes nos pés

E visão nos sentidos em formas sensuais... sensuais

 

A tua pessoa passa e a "Terra" pára de girar

Em mil fragrâncias que deixas... que deixas soltas no ar

A tua pessoa presente,

Descoordena os sentidos em mim e não me deixa dizer... não me deixa dizer

Fica longe daqui... que fico atrapalhado

Contigo em pessoa, contigo aqui ao lado.

Fica longe daqui... que fico atrapalhado

Contigo em pessoa, contigo aqui ao lado.

Contigo, contigo em pessoa.

 

[instrumental]

 

Tu em pessoa,

Desenhaste o teu corpo inspirado nos animais

Tu em pessoa,

Desmembras histórias conjugais e vives à solta... e vives à solta

 

A tua pessoa passa e a "Terra" pára de girar

Em mil fragrâncias que deixas... que deixas soltas no ar

A tua pessoa presente descoordena os sentidos em mim e não me deixa dizer... não me deixa dizer:

Fica longe daqui... que fico atrapalhado

Contigo em pessoa, contigo aqui ao lado.

Fica longe daqui... que fico atrapalhado

Contigo em pessoa, contigo aqui ao lado.

 

Tu em pessoa,

Exibes em bicos dos pés requintes na postura em toques e sinais

Tu em pessoa,

Deixas palavras no ar, com duplos sentidos e uma estranha tendência de baralhar... de baralhar

 

A tua pessoa passa e a "Terra" pára de girar

Em mil fragrâncias que deixas... que deixas no ar

A tua pessoa presente descoordena os sentidos em mim e não me deixa dizer... não me deixa dizer:

Fica longe daqui... que fico atrapalhado

Contigo em pessoa, contigo aqui ao lado.

Fica longe daqui... que fico atrapalhado

Contigo em pessoa, contigo aqui ao lado.

Contigo, contigo em pessoa.

 

 

 

Até Ficar Doente

 

Letra e música: Luís Pucarinho

Intérprete: Luís Pucarinho* (in CD "Orgânica Mente Humana", Caracol Secreto Associação/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube] [ao vivo no auditório da Restart, Lisboa, 2013 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Não sei se isto vai passar ou tem solução

Se é mesmo que passa...

Ou não passa duma invenção que aparece na cabeça

Uma imagem presa, presa e presente

 

Não sei se isto vai passar assim tão depressa

Se é mesmo que tenho pressa que passe assim em vão

E esta coisa desapareça que acelera a pulsação

Até ficar... até ficar doente

 

Sei que dei por mim assim, de queixo no chão,

Em estado irreversível, como quem... como quem...

Como quem não pensa e deixa-se levar

Como uma doença que não deixa respirar

Como uma revolta que faz imaginar

Um filme na cabeça que não pára... que não pára de rodar... de rodar

 

[instrumental]

 

Não sei se isto vai passar

Ou vai prosseguir...

No diagnóstico, sem receita e sem medicação,

Aparece na cabeça uma imagem presa, presa e presente

 

Sei que dei por mim assim, de queixo no chão,

Em estado irreversível, como quem... como quem...

Como quem não pensa e deixa-se levar

Como uma doença que não deixa respirar

Como uma revolta que faz imaginar

Um filme na cabeça que não pára... que não pára de rodar

 

Como quem não pensa e deixa-se levar

Como uma doença que não deixa respirar

Como uma revolta que faz imaginar

Um filme na cabeça que não pára... que não pára de rodar

 

[instrumental]

 

Como quem não pensa e deixa-se levar

Como quem... como quem... como quem...

Como quem não pensa e deixa-se levar

Como uma doença que não deixa respirar

Como uma revolta que faz imaginar

Um filme na cabeça que não pára... que não pára de rodar

 

Como quem não pensa e deixa-se levar

Como uma doença que não deixa respirar

Como uma revolta que faz imaginar

Um filme na cabeça que não pára... que não pára de rodar

 

 

* Luís Pucarinho – guitarra clássica e voz

André Penas Lopes – viola-d'arco

Zé Peps (José Pinho) – guitarra folk, cuatro venezuelano, cavaquinho brasileiro e ukelele

Afonso Castanheira – contrabaixo

João Barata – bateria

Samuel Santos – violoncelo

Músicos convidados:

Jorge Benvinda (Virgem Suta) – voz (em "A Mesma Camisola")

Sérgio Cobos – acordeão (em "Ali Estavas Tu" e "Sobe e Desce Toda a Vida")

Mara – voz (em "A Tua Felicidade"

António Bexiga – viola campaniça (em "A Verdade Vem")

Duarte – voz (em "A Verdade Vem")

Cristina Pimentel – coros (em "Perdidos pela Estrada" e "A Tua Pessoa")

Mariana Magalhães – coros (em "Perdidos pela Estrada" e "A Tua Pessoa")

Ideia original – Luís Pucarinho

Direcção artística – Luís Pucarinho

Produção – Caracol Secreto Associação

Direcção técnica – Wladimiro Guerrido

Componentes (microfones e interface) – Wladimiro Guerrido

Salas de captação – A'MAR Estúdio (Baleal - Peniche), Sociedade Operária de Instrução e Recreio Joaquim António de Aguiar (Évora) e Caracol Secreto Associação (Évora)

Captação – Luís Pucarinho

Edição e revisão do projecto – Luís Pucarinho, Samuel Nascimento e Wladimiro Guerrido

Mistura e masterização – Samuel Nascimento

URL: http://luispucarinho.wix.com/luispucarinho

https://www.facebook.com/luis.pucarinho

https://www.facebook.com/Pucarinho-122783881100419/

https://myspace.com/pucarinho/music/songs

http://www.amarestudio.com/#!luis-pucarinho/c1hhj

https://www.youtube.com/user/Luispucarinho/videos

https://www.youtube.com/user/alainvachierpt1/videos?query=pucarinho

https://www.youtube.com/user/AlainVachierM/videos?query=pucarinho

https://www.youtube.com/playlist?list=PL-ZckBLURN36lek2UkzDSUpg7W5KLQEep

http://madeinportugalmusica.pt/organica-mente-humana-e-o-novo-disco-de-luis-pucarinho/

http://deusmelivro.com/musica-com-cabeca/luis-pucarinho-organica-mente-humana-15-1-2016/

http://www.ofado.pt/?p=3736

 

 

--
Um lugar ao sol das palavras temperadas com música.

 

[Viva a Música - 02.03.2017]
 

 

Há Lobos Sem Ser na Serra

 

Letra e música: Tradicional (Alentejo)

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube] [ao vivo na Sociedade Operária de Instrução e Recreio Joaquim António de Aguiar, Évora, 28 Abr. 2015 / Raízes do Som - IV Encontro de Música e Tradição de Évora >> YouTube] [ao vivo na Television de Galicia, 17 Fev. 2017 / programa "Luar" >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Maldita sociedade,

Estás tão mal organizada!

Quem não trabalha tem tudo,

Quem trabalha não tem nada.

 

Há lobos sem ser na serra,

Eu ainda não sabia;

Debaixo de um arvoredo

Trabalham com valentia.

 

Trabalham com valentia

Cada qual a sua terra;

Eu ainda não sabia

Que há lobos sem ser na serra.

 

 

 

João Brandão

 

Letra e música: Tradicional (Alentejo)

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Estando eu na minha loja,

Encostado ao meu balcão,

Mais brando...

Encostado ao meu balcão,

 

Ouvi uma voz dizer:

«Vais preso, João Brandão!»

Mais brando...

«Vais preso, João Brandão!»

 

[instrumental]

 

Passarinho prisioneiro,

Pela tua liberdade;

Mais brando...

Pela tua liberdade.

 

Eu cantando peço a Deus:

Não haja aqui falsidade!

Mais brando...

Não haja aqui falsidade!

 

Estando eu na minha loja,

Encostado ao meu balcão,

Mais brando...

Encostado ao meu balcão,

 

Ouvi uma voz dizer:

«Vais preso, João Brandão!»

Mais brando...

«Vais preso, João Brandão!»

 

Mais brando...

«Vais preso, vais p'rá prisão!»

 

 

 

Sarapateado

 

Letra e música: Tradicional (Alentejo)

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube] [gravado em Lisboa, Mar. 2017 >> YouTube] [ao vivo na Television de Galicia, 17 Fev. 2017 / programa "Luar" – a partir de 1':30'' >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Se eu for preso por cantar

Não calarei a garganta;

Eu sou como o passarinho

Que até na gaiola canta.

 

Vai sim, meu bem, sarapatear!

Quem quiser bailar traga bom calça...,

Traga bom calça..., traga bom calçado!

Vai sim, meu bem, sarapateado. [bis]

 

À porta da minha sogra

Vem uma silva nascendo;

Todos passam, não se enleiam,

Só eu na silva me prendo.

 

Vai sim, meu bem, sarapatear!

Quem quiser bailar traga bom calça...,

Traga bom calça..., traga bom calçado!

Vai sim, meu bem, sarapateado. [bis]

 

[instrumental]

 

Vai sim, meu bem, sarapatear!

Quem quiser bailar traga bom calça...,

Traga bom calça..., traga bom calçado!

Vai sim, meu bem, sarapateado. [4x]

 

 

 

Querido Alentejo

 

Letra e música: Tradicional (Alentejo)

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube]

 

 

Papoilas vermelhas

Criadas ao vento

São cravos de Abril:

Deixai-os florir

No meu pensamento.

 

Querido Alentejo,

Minha terra amada:

Eu nunca me esqueço

De seres Alentejo,

És sempre lembrada.

 

Teus cravos vermelhos

Já não murcharão;

Tens o privilégio

De seres Alentejo,

Celeiro da nação.

 

Vem o mês de Abril,

Cresce a saudade;

Vem o nosso povo

E a cantar de novo:

«Viva a liberdade!»

 

Querido Alentejo,

Minha terra amada:

Eu nunca me esqueço

De seres Alentejo,

És sempre lembrada.

 

Teus cravos vermelhos

Já não murcharão;

Tens o privilégio

De seres Alentejo,

Celeiro da nação.

 

[instrumental]

 

 

 

Terra de Catarina (Baleizão, Baleizão)

 

Letra e música: Tradicional (Alentejo)

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Aqui ninguém tem trabalho

E há muito para fazer:

Vieram de toda a parte,

Não tinham pão p'ra comer.

 

Ó Baleizão, Baleizão!

Ó terra de Catarina,

Onde nasceu e morreu

Por uma bala assassina,

Por uma bala assassina

Cravada no coração;

Ó terra de Catarina!

Ó Baleizão, Baleizão!

 

[instrumental]

 

Tinha no peito a coragem,

Trazia os filhos na mão;

Ó terra de Catarina!

Ó Baleizão, Baleizão!

 

Ó Baleizão, Baleizão!

Ó terra de Catarina,

Onde nasceu e morreu

Por uma bala assassina,

Por uma bala assassina

Cravada no coração;

Ó terra de Catarina!

Ó Baleizão, Baleizão!

 

 

 

Que Bonito Que Seria

 

Letra e música: Tradicional (Alentejo)

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube]

 

 

Eu ia não sei p'ra onde,

Encontrei não sei quem era:

Encontrei o mês de Abril

Procurando a Primavera.

 

Que bonito que seria

Se houvesse compreensão:

Os Homens não se matavam

E davam-se como irmãos.

 

É tão linda a liberdade

Até que chegou o dia;

Se houvesse compreensão

Então, que bonito que seria!

 

 

 

Cantiga do Tempo Novo

 

Letra e música: Paulo Ribeiro

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube]

Versão original: Paulo Ribeiro com o Grupo Coral e Etnográfico "Os Camponeses de Pias" (in CD "Aqui Tão Perto do Sol", EMI-VC, 2002) [>> YouTube]

Outra versão de Paulo Ribeiro (in CD "Canções 1998-2002", Paulo Ribeiro, 2014)

 

 

[instrumental]

 

Deixei de olhar p'ra quem fui,

Do passado estou ausente;

Às vezes mais vale a pena

Rir de tudo o que faz pena

Da alma triste da gente.

 

Vou lançar mãos à aventura,

Correr noutra direcção;

Quanto mais nos lamentamos

Ainda mais presos ficamos

E nos dói o coração.

 

Quando me ponho a pensar

Em alguém que tanto quis,

Já não me sento a chorar

E até me dá p'ra cantar

Modas que um dia lhe fiz.

 

Agora sinto-me livre,

Sem nada p'ra me prender:

E vou pela estrada fora

Rumo ao sul, vou sem demora,

Basta o sol p'ra me aquecer.

 

[instrumental]

 

A nossa vida é um mar

Com muitas marés e vagas:

Não temos nada a perder,

O melhor mesmo é viver

Combatendo as nossas mágoas.

 

Tenho o mundo à minha espera,

Há ilhas por descobrir:

E há uma vontade nova,

Um tempo que se renova,

Novo amor que vai surgir.

 

 

 

Saias de Abril

 

Letra: Tradicional do Alto Alentejo (refrão) e Há Lobos Sem Ser na Serra

Música: Tradicional (Alto Alentejo)

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube]

Primeira versão: Vitorino com Sheila Charlesworth – "São Saias, Senhor, São Saias" (in LP "Semear Salsa ao Reguinho", Orfeu, 1975, reed. Movieplay, 1999; CD "Vitorino", col. O Melhor dos Melhores, vol. 43, Movieplay, 1994)

 

 

[instrumental]

 

São saias, senhor, são saias  | bis

Para varar ao sol-pôr;          |

Se não varas as searas  | bis

O balho será pior.         |

 

[instrumental]

 

As portas que Abril abriu   | bis

Ninguém as pode fechar;  |

Se não fosse a liberdade | bis

Não podia aqui cantar.    |

 

São saias, senhor, são saias  | bis

Para varar ao sol-pôr;          |

Se não varas as searas  | bis

O balho será pior.         |

 

[instrumental]

 

As portas que Abril abriu   | bis

Ninguém as pode fechar;  |

Se não fosse a liberdade | bis

Não podia aqui pensar.   |

 

São saias, senhor, são saias  | bis

Para varar ao sol-pôr;          |

Se não varas as searas  | bis

O balho será pior.         |

 

[instrumental]

 

São saias, senhor, são saias  | bis

Para varar ao sol-pôr;          |

Se não varas as searas  | bis

O balho será pior.         |

 

 

 

Afã

 

Poema: Al-Mu'tamid (1040-1095); trad. Adalberto Alves (in "O Meu Coração É Árabe: A Poesia Luso-Árabe", Lisboa: Assírio & Alvim, 1987, 2.ª edição, 1991 – p. 151)

Música: Paulo Ribeiro e Pedro Frazão

Arranjo: Há Lobos Sem Ser na Serra

Intérprete: Há Lobos Sem Ser na Serra* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão do grupo Há Lobos Sem Ser na Serra (in CD "Cantares do Sul e da Utopia", Há Lobos Sem Ser na Serra/Alain Vachier Music Editions, 2016) [>> YouTube] [gravado na sala A Bruxa Teatro, Évora, Fev. 2017 >> YouTube]

Versão original: Anonimato (in CD "Anonimato", Heaven Sound, 1993) [>> YouTube]

Outras versões: Paulo Ribeiro (in CD "Aqui Tão Perto do Sol", EMI-VC, 2002) [>> YouTube]; Paulo Ribeiro (in CD "Canções 1998-2002", Paulo Ribeiro, 2014)

 

 

[instrumental]

 

Eu só quero que me fales

De cantigas e de vinho;

Deixa lá e não te rales,

Deus perdoa o descaminho!

 

[instrumental]

 

Eu só quero que me fales

De cantigas e de vinho;

Deixa lá e não te rales,

Deus perdoa o descaminho!

 

Deixa essa gente vã

Com conversas e intrigas.

Elas não interessam nada

Pois o meu maior afã

É beber minha golada

De vinho na tarde vã,

Ao som de belas cantigas.

 

[instrumental]

 

 

* Há Lobos Sem Ser na Serra:

António Bexiga – viola campaniça, guitarras, piano, melódica, percussão, coros

Buba Espinho – voz, percussão

David Pereira – voz, viola campaniça

Cristina Viana – desenho digital (ao vivo)

URL: http://avmweb.wixsite.com/avmpt/halobossemsernaserra

https://www.facebook.com/halobossemsernaserra/

http://infocul.pt/cultura/ha-lobos-sem-ser-na-serra-eis-um-novo-e-interessante-projecto-musical/

http://amusicaportuguesa.blogs.sapo.pt/ha-lobos-sem-ser-na-serra-editam-album-2956825

http://santosdacasa.blogspot.pt/2017/03/ha-lobos-sem-ser-na-serra-editam-disco.html

https://www.youtube.com/channel/UCl9mTDBN2qiXWM6NKPRn7rA/videos

https://www.youtube.com/watch?v=myUwZusdu4U

https://www.youtube.com/playlist?list=PLznE-XPoki9cmgLithmG0ZQPCiZGIIU6J

 

 

 

[Terra Pura - 25.03.2015]
 

 

Chula de Gouve

 

Música: Tradicional (Gove, Baião, Douro Litoral)

Recolha: Ernesto Veiga de Oliveira

Intérprete: Cardo-Roxo* (in CD "Alvorada", Cardo-Roxo, 2015) [>> YouTube] [ao vivo na Capela de S. Pedro, Arganil, 2014 >> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

* Antony Fernandes – säckpipa (gaita-de-foles sueca)

Carmina Repas Gonçalves – viola da gamba

Tiago Soares – percussão

 

 

 

[entrevista com Carmina Repas Gonçalves & Antony Fernandes]

 

 

 

Beijai o Menino

 

Letra e música: Tradicional (Miranda do Douro)

Recolha: José Alberto Sardinha (1982, in "Portugal - Raízes Musicais": CD2 – Trás-os-Montes, BMG/JN, 1997)

Intérprete: Cardo-Roxo* (in CD "Alvorada", Cardo-Roxo, 2015)

 

 

Beijai o Menino,

Beijai-o agora!

Beijai o Menino

De Nossa Senhora!

 

[instrumental]

 

Encontrei a Maria

Na beira do rio,

Lavando os cueiros     | bis

Do seu bendito Filho.  |

 

Maria lavava,

São José estendia,

E o Menino chorava    | bis

Com o frio que tinha.  |

 

[instrumental]

 

Cala, cala, meu Menino!

Cala, cala, meu amor,

Que as vossas verdades  | bis

Me cortam com dor!       |

[bis]

 

Os filhos dos ricos

Em berços doirados...

Só vós, meu Menino,  | bis

Em palhas deitado!    |

 

Em palhas deitado,

Em palhas aquecido,

Filho de uma rosa,      | bis

De um cravo nascido.  |

 

Beijai o Menino,

Beijai-o agora!

Beijai o Menino       | bis

De Nossa Senhora!  |

 

 

* Antony Fernandes – voz (barítono) e säckpipa (gaita-de-foles sueca)

Carmina Repas Gonçalves – voz (soprano) e viola da gamba

 

 

 

Entrai, Pastores

 

Letra e música: Tradicional (Peroguarda, Ferreira do Alentejo, Baixo Alentejo)

Recolha: Michel Giacometti ("Entrai, pastores, entrai", in LP "Alentejo", série "Antologia da Música Regional Portuguesa", Arquivos Sonoros Portugueses/Michel Giacometti, 1965; 5CD "Portuguese Folk Music": CD 4 – Alentejo, Strauss, 1998; 6CD "Música Regional Portuguesa": CD 5 – Alentejo, col. Portugal Som, Numérica, 2008)

Intérprete: Cardo-Roxo* (in CD "Alvorada", Cardo-Roxo, 2015) [ao vivo em Viseu, Ago. 2013 / Musiquim >> YouTube] [ao vivo com Rui Silva, na igreja de S. José das Taipas, Porto, 9 Jun. 2014 >> YouTube]

 

 

Entrai, pastores, entrai

Por este portal sagrado!

Vinde ver o Deus-Menino

Entre palhinhas deitado!

 

Li, ai li, ai li, ai lé!

Jesus, Maria, José.

 

[instrumental]

 

Entre os portais de Belém

Está uma árvore de Jassé,

Com três letrinhas que dizem:

Jesus, Maria, José.

 

Li, ai li, ai li, ai lé!

O Menino nascido é.

 

 

* Antony Fernandes – voz (barítono) e flauta de harmónicos

Carmina Repas Gonçalves – voz (soprano) e viola da gamba

 

 

 

Bailarico Algarvio (Corridinho)

 

Letra e música: Tradicional (Tavira, Algarve)

Recolha: Grupo Folclórico de Tavira

Intérprete: Cardo-Roxo* (in CD "Alvorada", Cardo-Roxo, 2015) [>> YouTube]

 

 

— Ó Maria, vem bailar o corridinho!

— Ó Manel, não me faltes ao respeito!

— Ó Maria, que as penas do teu peitinho...

E eu não sou Maneleto!

— Ó Maneleto, que eu já te tenho dito:

Cá comigo só se baila com preceito!

— Ó Maria, não sejas tão esquisita,

Que bailamos ao toque da concertina!

Raios me parta se há alguma mais bonita,

Ai que tem como tu a pele tão fina...

 

Que bem que bailas, ó Maria, mas que bem!

Andas no ar como uma pena levezinha.

Só tenho pena que as penas que o peito tem,

Só tenho pena que as penas não sejam minhas...

 

Que bem que bailas, ó Maria, mas que bem!

Andas no ar como uma pena levezinha.

Só tenho pena que as penas que o peito tem,

Só tenho pena que as penas não sejam minhas...

 

[instrumental]

 

— Ó Maria, vem bailar o corridinho!

— Ó Manel, não me faltes ao respeito!

— Ó Maria, que as penas do teu peitinho...

E eu não sou Maneleto!

— Ó Maneleto, que eu já te tenho dito:

Cá comigo só se baila com preceito!

— Ó Maria, não sejas tão esquisita,

Que bailamos ao toque da concertina!

Raios me parta se há alguma mais bonita,

Ai que tem como tu a pele tão fina...

 

Que bem que bailas, ó Maria, mas que bem!

Andas no ar como uma pena levezinha.

Só tenho pena que as penas que o peito tem,

Só tenho pena que as penas não sejam minhas...

 

Que bem que bailas, ó Maria, mas que bem!

Andas no ar como uma pena levezinha.

Só tenho pena que as penas que o peito tem,

Só tenho pena que as penas não sejam minhas...

 

[instrumental]

 

 

* Antony Fernandes – voz (barítono) e säckpipa (gaita-de-foles sueca)

Carmina Repas Gonçalves – voz (soprano) e viola da gamba

Sofia Fernandes – violino barroco

 

 

 

Acorda, Tó (Alvorada)

 

Música: Tradicional (Rio de Onor, Bragança, Trás-os-Montes)

Recolha: Ernesto Veiga de Oliveira

Intérprete: Cardo-Roxo* (in CD "Alvorada", Cardo-Roxo, 2015) [ao vivo em Palaçoulo, Miranda do Douro, Jul. 2013 / Diç que hai Fiesta ne l Pobo >> YouTube] [ao vivo em Viseu, Ago. 2013 / Musiquim >> YouTube] [ao vivo na igreja matriz de Pedorido, Castelo de Paiva, 2015 / Festival Serranias >> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

* Antony Fernandes – säckpipa (gaita-de-foles sueca)

Carmina Repas Gonçalves – viola da gamba

 

 

 

Eito Fora

 

Letra e música: Tradicional ("Cantiga da Ceifa" – Lourosa da Trapa, São Pedro do Sul, Beira Alta / "Passacalhes" – Miranda do Douro, Trás-os-Montes)

Recolhas: Michel Giacometti ("Cantiga da Ceifa I", 1969, in LP "Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral", série "Antologia da Música Regional Portuguesa", Arquivos Sonoros Portugueses/Michel Giacometti, 1970; 5CD "Portuguese Folk Music": CD 3 – Beiras, Strauss, 1998; 6CD "Música Regional Portuguesa": CD 4 – Beiras, col. Portugal Som, Numérica, 2008) / Pe. António Mourinho ("Passacalhes")

Intérprete: Cardo-Roxo* (in CD "Alvorada", Cardo-Roxo, 2015)

 

 

Eito fora, eito fora, eito fora!

Ai, e ó ai, e ó ai, e ó ai!

Em lá chegando ao cabo, descansar!

Ai, e ó ai, e ó ai, e ó ai!

 

[instrumental / staccato vocal]

 

 

* Antony Fernandes – voz (barítono) e säckpipa (gaita-de-foles sueca)

Carmina Repas Gonçalves – voz (soprano) e viola da gamba

Cuca Repas – voz (soprano)

Maria Repas Gonçalves – voz (soprano)

Xuxu Repas – voz (soprano)

Rui Silva – percussão histórica

 

 

 

Chora, Aurora

 

Letra: Tradicional ("Nós somos trabalhadores" – Ferreira do Alentejo, Baixo Alentejo / "Ai, tu é que és o meu rapaz" – Amareleja, Baixo Alentejo / "A quetobia patorra" – Cardanha, Torre de Moncorvo, Trás-os-Montes)

Recolhas: Michel Giacometti ("Nós somos trabalhadores", in "Cancioneiro Popular Português", Lisboa: Círculo de Leitores, 1981 – p. 127) / Pe. António Marvão ("Ai, tu é que és o meu rapaz", 1920-42, in "Cancioneiro Popular Português", de Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça, Lisboa: Círculo de Leitores, 1981 – p. 106) / Maestro Afonso Valentim ("A quetobia patorra", 1953, in "Cancioneiro Popular Português", de Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça, Lisboa: Círculo de Leitores, 1981 – p. 120)

Música: Tradicional ("A quetobia patorra" – Cardanha, Torre de Moncorvo, Trás-os-Montes) e Carmina Repas Gonçalves

Arranjo: Carmina Repas Gonçalves

Intérprete: Cardo-Roxo* (in CD "Alvorada", Cardo-Roxo, 2015) [ao vivo no Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa, 18 Mar. 2015 / Concerto Antena 2 >> YouTube]

 

 

Despediu-se o Sol da Aurora,

Aurora ficou chorando...

Não chores, Aurora, não chores, não chores!...

Aurora, não chores, que eu virei de quando em quando!

 

Ai, tu é que és o meu rapaz...

Quando é que lá vais? [bis]

Ai, vai ao jardim das flores!

Lá me encontrarás. [bis]

[bis]

 

Ai, se lá me não encontrares,

Torna a voltar, torna a voltar!

Ai, pergunta a quem tenha amores,

A quem tenha amores, a quem saiba amar!

 

[instrumental]

 

A quetobia patorra [bis]

Está debaixo do torrão;

A quetobia patorra, ai!

A quetobia patorra

Está debaixo do torrão.

       Mas ai! ai! ai!

 

Moidinha com pancadas [bis]

Que lhe deu o gafanhão;

Moidinha com pancadas, ai!

Moidinha com pancadas

Que lhe deu o gafanhão.

       Mas ai! ai! ai! ai!

 

 

* Antony Fernandes – gaita galega

Carmina Repas Gonçalves – voz (soprano)

Cuca Repas – voz (soprano)

Maria Repas Gonçalves – voz (soprano)

Rui Silva – percussão histórica

Tiago Soares – percussão

Xuxu Repas – voz (soprano)

Direcção, produção e arranjos – Cardo-Roxo

Captação e masterização – Daniel Santos

URL: http://cardoroxo.wix.com/site

https://www.facebook.com/cardoroxo

https://soundcloud.com/cardo-roxo

https://www.youtube.com/channel/UCTAifHnIRO9mzqmTqjzHHBQ/videos

https://www.youtube.com/channel/UCAsEmqT8XTP9h14YwqMxPug/videos

 

 

 

[Viva a Música - 16.02.2017]
 

 

O Lugar de Macieira

 

Letra e música: Tradicional (Beira Litoral)

Arranjo: Luís Fernandes

Intérprete: Toques do Caramulo* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa) [>> Facebook Vídeos]

Primeira versão discográfica de Toques do Caramulo, com Elíseo Parra (in CD "Mexe!", d'Eurídice/d'Orfeu Associação Cultural, 2016) [ao vivo no Centro Cultural Malaposta, Olival Basto, Odivelas, 21 Mai. 2012 >> YouTube]

 

 

O lugar de Macieira (ó ai ó larilolela)

Tem ladeiras a subir: (ó ai)

Quem lá tem os seus amores, (ó ai ó larilolela)

Vai ao céu e torna a vir. (ó ai)

 

O lugar de Outeiro da Vila (ó ai ó larilolela)

Tem carreiros de formigas (ó ai)

Aonde os rapazes vão (ó ai ó larilolela)

Vigiar as raparigas. (ó ai)

 

[instrumental]

 

O lugar de Macieira (ó ai ó larilolela)

Tem ladeiras a subir: (ó ai)

Quem lá tem os seus amores, (ó ai ó larilolela)

Vai ao céu e torna a vir. (ó ai)

 

O lugar de Outeiro da Vila (ó ai ó larilolela)

Tem carreiros de formigas (ó ai)

Aonde os rapazes vão (ó ai ó larilolela)

Vigiar as raparigas. (ó-ó-ó ai)

 

Quem está sem amores sou eu; (larilolela)

Paciência, ó coração! (ó ai)

Não tenho p'ra quem olhar, (ó ai ó larilolela)

Deito os meus olhos ao chão. (ó-ó-ó ai)

 

Na Urgueira nasce o Sol, (ó ai ó larilolela)

No Ribeiro faz calor; (ó ai)

No lugar de Macieira (ó ai ó larilolela)

É que brilha o meu amor. (ó-ó-ó ai)

 

[instrumental]

 

Quem está sem amores sou eu; (ó ai ó larilolela)

Paciência, ó coração! (ó ai)

Não tenho p'ra quem olhar, (ó ai ó larilolela)

Deito os meus olhos ao chão. (ó ai)

 

Na Urgueira nasce o Sol, (ó ai ó larilolela)

No Ribeiro faz calor; (ó ai)

No lugar de Macieira (ó ai ó larilolela)

É que brilha o meu amor. (ó-ó-ó ai)

 

 

 

Vira Bairrês

 

Letra e música: Tradicional (Bairrada, Beira Litoral)

Arranjo: Luís Fernandes

Intérprete: Toques do Caramulo* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Toques do Caramulo (in CD "Mexe!", d'Eurídice/d'Orfeu Associação Cultural, 2016)

 

 

[instrumental]

 

Ó Bairrada, ó Bairrada, [bis]

Terra da minha Paixão, [bis]

Onde eu tenho os meus amores, [bis]

Ninguém me diga que não!

Terra da Minha Paixão!

 

[instrumental]

 

Corri Arcos e Três Arcos, [bis]

Famalicão, Anadia... [bis]

Ao cruzeiro de Sangalhos [bis]

Fui encontrar quem eu queria;

Famalicão, Anadia...

 

Almas Santas da Areosa, [bis]

Dizei-me onde morais [bis]

Entre Aguada e Vidoeiro, [bis]

No meio dos pinheirais!

Dizei-me onde morais!

 

[instrumental]

 

 

 

Maria Alice

 

Letra e música: Tradicional (Beira Litoral)

Arranjo: Luís Fernandes

Intérprete: Toques do Caramulo* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Toques do Caramulo (in CD "Mexe!", d'Eurídice/d'Orfeu Associação Cultural, 2016) [ao vivo no Conservatório de Música de Coimbra, 23 Abr. 2015 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

«Onde vais, Maria Alice?   | bis

Onde vais tu a chorar?»    |

Vou chamar o meu marido,  | bis

Está na taberna a jogar.      |

 

Está na taberna a jogar         | bis

Com uma grande bebedeira:  |

Se eu casei para estar sozinha  | bis

Mais valia estar solteira.           |

 

[instrumental]

 

Mais valia estar solteira,  | bis

Solteirinha estava bem:   |

Estava à sombra de meu pai,   | bis

Carinhos de minha mãe.          |

 

«Onde vais, Maria Alice?   | bis

Onde vais tu a chorar?»    |

 

Ai! ai! ai!

Ai! ai! ai!

Ai! ai! ai!

 

 

 

Senhora do Livramento I

 

Letra e música: Tradicional (Beira Litoral)

Arranjo: Luís Fernandes e Manuel Maio

Intérprete: Toques do Caramulo* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa) [a partir de 6'34'' >> Facebook Vídeos]

Primeira versão discográfica de Toques do Caramulo (in CD "Mexe!", d'Eurídice/d'Orfeu Associação Cultural, 2016) [ao vivo no Cine-Teatro São Pedro, Águeda, 10 Mar. 2017 / Sextas Culturais >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Senhora do Livramento,

Livrai o meu namorado

Que me vai deixar sozinha

Ai meu Jesus, ai meu Jesus!

Pela vida de soldado! [3x]

 

As vossas tranças, Senhora,

São loiras como as espigas;

Senhora do Livramento,

Ai meu Jesus, ai meu Jesus!

Protegei as raparigas! [3x]

 

[instrumental]

 

Hei-de bordar a toalha,

Senhora, do vosso altar,

E a camisa do meu noivo

Ai meu Jesus, ai meu Jesus!

Quando me for a casar. [4x]

 

Senhora do Livramento...

Senhora do Livramento...

 

 

 

Senhora do Livramento II

 

Letra e música: Tradicional (Beira Litoral)

Arranjo: Luís Fernandes

Intérprete: Toques do Caramulo* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Toques do Caramulo (in CD "Mexe!", d'Eurídice/d'Orfeu Associação Cultural, 2016)

 

 

[instrumental]

 

Senhora do Livramento, (ó ai)

Livrai o meu namorado

Que me vai deixar sozinha (ó ai)

Pela vida de soldado!

 

[instrumental]

 

As vossas tranças, Senhora, (ó ai)

São loiras como as espigas;

Senhora do Livramento, (ó ai)

Protegei as raparigas!

 

[instrumental]

 

 

 

Pena Verde

 

Letra e música: Tradicional (Verde-Gaio de Casal d'Álvaro, Beira Litoral)

Arranjo: Luís Fernandes

Intérprete: Toques do Caramulo* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Toques do Caramulo (in CD "Mexe!", d'Eurídice/d'Orfeu Associação Cultural, 2016) [>> YouTube] [arquivo de BalconyTV, Jul. 2012 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Verde-Gaio, Pena Verde, [bis]

Vem cantar ao meu jardim! [bis]

Põe o pé na manjerona, [bis]

O bico no alecrim! [bis]

 

[instrumental]

 

Não há nada que mais cresça [bis]

Como o pé da melancia! [bis]

Quem tem o amor ausente [bis]

Chora de noite e de dia. [bis]

 

[instrumental]

 

Ó terra da minha terra, [bis]

Sombra da minha ramada! [bis]

Eu hei-de voltar a ela [bis]

Ou solteira ou casada! [bis]

 

Verde-Gaio, Pena Verde,

Verde-Gaio, Pena Verde,

Pena, Verde-Gaio, Pena,

Gaio, Pena Verde, Gaio.

 

[instrumental]

 

O Verde-Gaio é meu [bis]

Que me custou bom dinheiro: [bis]

Custou-me quatro vinténs [bis]

Lá no Rio de Janeiro. [bis]

 

[instrumental]

 

Verde-Gaio, Pena Verde, [bis]

Empresta-me o teu vestido! [bis]

O meu vestido são penas, [bis]

Em penas ando vestido. [bis]

 

Verde-Gaio, Pena Verde,

Verde-Gaio, Pena Verde,

Pena, Verde-Gaio, Pena,

Gaio, Pena Verde, Gaio.

 

 

 

Ó Pedras Desta Calçada

 

Letra e música: Tradicional (Beira Litoral)

Intérprete: Toques do Caramulo* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Toques do Caramulo (in CD "Toques do Caramulo É ao Vivo!", d'Orfeu Associação Cultural, 2007) [ao vivo, 2011 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Nunca te ouvira, nem conhecera,

Nunca te eu dera um sinal de amor:

Vem aos meus braços que eu dou-te um beijo!

Vem os meus beijos, linda flor!

 

[instrumental]

 

Ó pedras desta calçada,

Levantai-vos e dizei

Quem vos passeia à noite,  | bis

Que de dia eu bem sei!      |

 

[instrumental / vocalizos]

 

Ó pedras desta calçada,

Levantai-vos e dizei

Quem vos passeia à noite,  | bis

Que de dia eu bem sei!      |

 

Nunca te ouvira, nem conhecera,

Nunca te eu dera um sinal de amor:

Aos meus braços, aos meus beijos,

Aos meus braços, linda flor!

 

[instrumental / vocalizos]

 

Ó pedras desta calçada,

Levantai-vos e dizei

Quem vos passeia à noite,  | bis

Que de dia eu bem sei!      |

 

 

 

Real Caninha

 

Letra e música: Tradicional (Beira Litoral)

Intérprete: Toques do Caramulo* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Toques do Caramulo (in CD "Toques do Caramulo É ao Vivo!", d'Orfeu Associação Cultural, 2007) [>> Reverbnation] [>> Palco Principal] [arquivo da RTP, 2009 / programa "Portugal no Coração" >> YouTube] [ao vivo, Nov. 2017 >> YouTube] [ao vivo com Galandum Galundaina, 2008 >> YouTube] [ao vivo no Centro Cultural Malaposta, Olival Basto, Odivelas, 21 Mai. 2012 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Eu fui à barra do Porto

Com vento norte-suão,

Ó real caninha!

Com vento norte-suão,

Só para ver se alcançava

A filha do capitão.

 

[instrumental]

 

Eu fui à barra do Porto

Com vento norte-nordeste,

Ó real caninha!

Com vento norte-nordeste,

Só para ver se alcançava

A filha do contramestre.

 

[instrumental]

 

Tenho rendas que me rendem,

Não quero mais trabalhar,

Ó real caninha!

Não quero mais trabalhar;

Tenho um navio no Porto

Com janelas para o mar.

 

[instrumental]

 

Eu fui à barra do Porto

Com vento norte-suão,

Ó real caninha!

Com vento norte-suão,

Só para ver se alcançava

A filha do capitão.

 

[instrumental]

 

 

* Toques do Caramulo:

Luís Fernandes – voz, acordeão, flauta, viola braguesa

Pedro Martins – bandolim, violino, coros

Miguel Cardoso – contrabaixo, coros

Alex Duarte – guitarra, coros

Gonçalo Garcia – bateria, percussões, coros

URL: http://www.dorfeu.pt/criacao/toquesdocaramulo

http://www.dorfeu.pt/edicao/TC/mexe

http://dorfeu.blogspot.pt/2016/11/mexe-o-novo-disco-de-toques-do-caramulo.html

http://dorfeuclipping.blogspot.pt/search/label/Toques%20do%20Caramulo

https://www.facebook.com/toquesdocaramulo

http://www.ofado.pt/?p=4123

http://xmusic.pt/blog/item/mexe-e-o-novo-disco-dos-toques-do-caramulo

https://myspace.com/toquesdocaramulo/music/songs

https://www.reverbnation.com/toquesdocaramulo/songs

http://palcoprincipal.sapo.pt/toquesdocaramulo

https://www.youtube.com/user/dOrfeuAC/videos?query=toques+do+caramulo

https://www.youtube.com/user/leatralala/videos?query=toques+do+caramulo

http://www.lastfm.pt/music/toques+do+caramulo

 

[Vozes da Lusofonia - 07.02.2016]
 

 

São João

 

Letra e música: Tradicional (Beira Baixa)

Intérprete: Sebastião Antunes & Quadrilha* (in CD "Proibido Adivinhar", Sebastião Antunes/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube] [com Winga, gravado na barragem de Póvoa e Meadas, Castelo de Vide, Alto Alentejo, 4 Ago. 2014 / A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria >> Vimeo]

 

 

[instrumental]

 

Se fôreis ao São João, [bis]

Ai traguei-me um São Joãozinho! [bis]

Se não pudéreis com um grande, [bis]

Ai traguei-me um mais picanino! [bis]

 

[instrumental / vocalizos]

 

São João, casai as moças, [bis]

Ai as que vos fazem fogueiras! [bis]

E aquelas que não as fazem [bis]

Ai deixai-as ficar solteiras! [bis]

 

Eu hei-de ir ao São João... [bis]

Ai o meu marido não quer... [bis]

Deixai-o vós abalar! [bis]

Ai eu farei o que eu quiser! [bis]

 

[instrumental / vocalizos]

 

Do São João ao São Pedro [bis]

Ai quatro dias, cinco são! [bis]

Moças que andais à soldada, [bis]

Ai aligrai o coração! [bis]

 

[instrumental / vocalizos]

 

Se fôreis ao São João, [bis]

Ai traguei-me um São Joãozinho! [bis]

Se não pudéreis com um grande, [bis]

Ai traguei-me um mais picanino! [bis]

 

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

Ai traguei-me um mais picanino!

 

 

 

Filhas da Rosa

 

Letra e música: Tradicional (Baixo Alentejo)

Intérprete: Sebastião Antunes & Quadrilha* com grupo Alma Alentejana (in CD "Proibido Adivinhar", Sebastião Antunes/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Cantam as filhas da Rosa, [bis]

Respondem lá do jardim:

Olaré, quem canta, canta assim!

[bis]

 

A minha fala não é [bis]

A mesma que era algum dia: [bis]

Quem ouvia a minha fala [bis]

E o meu nome conhecia. [bis]

 

Cantam as filhas da Rosa, [bis]

Respondem lá do jardim:

Olaré, quem canta, canta assim!

[bis]

 

E o cantar parece bem, [bis]

E é uma prenda bonita: [bis]

Não empobrece ninguém [bis]

Assim como não enrica. [bis]

 

Cantam as filhas da Rosa, [bis]

Respondem lá do jardim:

Olaré, quem canta, canta assim!

[bis]

 

Se eu soubesse cantar bem [bis]

Nunca estaria calado; [bis]

Mesmo assim cantando mal [bis]

Não vivo desmarginado. [bis]

 

Cantam as filhas da Rosa, [bis]

Respondem lá do jardim:

Olaré, quem canta, canta assim!

 

[instrumental]

 

Não julgues por eu cantar [bis]

Que a vida alegre me corre; [bis]

Eu sou como o passarinho: [bis]

Tanto canta até que morre. [bis]

 

Cantam as filhas da Rosa, [bis]

Respondem lá do jardim:

Olaré, quem canta, canta assim!

[bis]

 

 

 

Senhora do Almortão (Ao Vivo)

 

Letra: Tradicional (Beira Baixa)

Música: Tradicional (Beira Baixa e Sahara Ocidental)

Intérprete: Intérprete: Sebastião Antunes & Quadrilha* com Mariem Hassan (in CD "Proibido Adivinhar", Sebastião Antunes/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

Primeira versão de Sebastião Antunes e a Quadrilha (in CD "Com Um Abraço", Vachier & Associados, 2012) [>> YouTube] [ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa, 11 Out. 2012 / programa "Viva a Música" >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Senhora...

Senhora do Almortão,

Senhora do Almortão,

Ó minha linda raiana,

Virai costas!...

Virai costas a Castela!

Virai costas a Castela!

Não queirais ser castelhana!

 

[canto em árabe por Mariem Hassan]

 

Senhora...

Senhora do Almortão,

Senhora do Almortão,

A vossa capela cheira...

Cheira a cravos...

Cheira a cravos, cheira a rosas,

Cheira a cravos, cheira a rosas,

Cheira a flor de laranjeira.

 

[canto em árabe por Mariem Hassan]

 

Senhora...

Senhora do Almortão,

Senhora do Almortão,

Eu p'ró ano não prometo,

Que me mo...

Que me morreu um amor,

Que me morreu um amor,

Ando vestido de preto.

 

[canto em árabe por Mariem Hassan]

 

Ando vestido de preto.

Ando vestido de preto.

Ando vestido de preto.

Ando vestido de preto.

Ando vestido de preto.

 

 

 

O Comboio dos Atrasos

 

Letra e música: Sebastião Antunes

Intérprete: Sebastião Antunes & Quadrilha com Carlos Guerreiro (in CD "Proibido Adivinhar", Sebastião Antunes/Alain Vachier Music Editions, 2015) [>> YouTube]

 

 

No comboio dos atrasos vai gente que a gente esquece

Vai quem nunca chega a horas e às vezes nem aparece

 

[instrumental]

 

Logo pela madrugada vai o sinal de um bocejo

Vai uma noite acordada, vai a lembrança de um beijo

Vai quem perdeu quase tudo e quem não tem nada a perder

Vai alguém com um ar sisudo por não ter nada a dizer

 

Vai uma lágrima solta num olhar desamparado

Um bilhete de ida e volta que ainda nunca foi usado

Um caso de amor secreto com perfume de abandono

Vai um olhar indiscreto e por resposta um olhar de sono

 

No comboio dos atrasos vai gente que a gente esquece

Vai quem nunca chega a horas e às vezes nem aparece

Devagar, devagarinho eu conheço tantos casos

De quem passa a vida inteira no comboio dos atrasos

 

[instrumental]

 

Logo pela madrugada vai quem já vai atrasado

Quem nem se quer deu por nada e vai dar ao destino errado

Vai quem quer andar no centro e do centro nunca sai

Vai quem não quer ir lá dentro mas não sabe aonde vai

 

No comboio dos atrasos vai gente que a gente esquece

Vai quem nunca chega a horas e às vezes nem aparece

Devagar, devagarinho eu conheço tantos casos

De quem passa a vida inteira no comboio dos atrasos

 

[instrumental]

 

No comboio dos atrasos vai gente que a gente esquece

Vai quem nunca chega a horas e às vezes nem aparece

Devagar, devagarinho eu conheço tantos casos

De quem passa a vida inteira no comboio dos atrasos

 

No comboio dos atrasos...

Devagar, devagarinho...

No comboio dos atrasos...

Devagar, devagarinho...

Vai gente que a gente esquece

 

 

* Sebastião Antunes – voz, guitarras, n'goni

Luís Peixoto – bandolim, cavaquinho, bouzouki, sanfona, programação electrónica, e vozes (em "Sete e Pico")

Marta Crocket – violino

Hugo Ganhão – baixo

Carlos Lopes – acordeão

Ricardo Mingatos – percussões

Quiné Teles – percussões sampladas (em "Proibido Adivinhar" e "São João")

Músicos convidados:

Carlos Guerreiro – voz, sarronca, reco-reco (em "O Comboio dos Atrasos")

Orlando Murteira – bandola (em "Filhas da Rosa")

Miguel Quitério – gaita-de-foles irlandesa (em "Filhas da Rosa")

Marien Hassan – voz (em "Senhora do Almortão (Ao Vivo)")

Alma Alentejana: Sofia de Portugal, Tânia Cardoso, Diana Henriques, Ana Mendes, Rita Santos, Patrícia Marques – vozes (em "Filhas da Rosa")

Produção – Luís Peixoto

Co-produção – Sebastião Antunes

Produção executiva – Alain Vachier

Gravado e misturado por Luís Peixoto, nos Estúdios Constroisons, Lisboa, e nos Estúdios Groove Punch; "Senhora do Almortão (Ao Vivo)" gravado por Manuel Domingues, na Quinta da Atalaia – Amora, Seixal, a 7 de Setembro de 2013 (Festa do "Avante!")

URL: http://www.alainvachier.com/artistas/sebastiao-antunes-quadrilha

https://www.facebook.com/sebastiao.antunes.5

http://pt.wikipedia.org/wiki/Quadrilha_(banda)

https://www.youtube.com/user/sebastiaoantunestube/videos

https://www.youtube.com/channel/UC76p2DhOpFY0z_sRcPmINXQ/videos

https://www.youtube.com/user/quadrilhabanda/videos

https://www.youtube.com/user/alainvachierpt1/videos?query=sebastiao+antunes

https://www.youtube.com/user/AlainVachierM/videos?query=sebastiao+antunes

http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/quadrilha

http://www.last.fm/pt/music/Sebasti%C3%A3o+Antunes

http://www.last.fm/pt/music/Quadrilha

 

 

[Viva a Música - 06.04.2017]
 

 

Para Que Quero Eu Olhos

 

Letra e música: Tradicional (Beira Baixa)

Intérprete: Afonso Dias* com Teresa Silva (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Afonso Dias, com Teresa Silva (in CD "Andanças & Cantorias", Bons Ofícios - Associação Cultural, 2016)

Primeira versão: Adriano Correia de Oliveira (in EP "Para Que Quero Eu Olhos", Orfeu, 1967; 2LP "Memória de Adriano": LP 1, Orfeu, 1983, reed. Movieplay, 1992; CD "Adriano Correia de Oliveira", col. O Melhor dos Melhores, vol. 40, Movieplay, 1994; "Obra Completa": CD "Cantigas Portuguesas", Movieplay, 1994, 2007) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Para que quero eu olhos,

Senhora Santa Luzia,

Se eu não vejo o meu amor

Nem de noite nem de dia?

 

Oh és tão linda!

Tu és tão fermosa

Como a fresca rosa

Que eu no jardim vi!

 

Ai dá-me um beijo

P'ra matar desejos

Que eu sinto por ti!

Ai, que eu sinto por ti!

 

Ai dá-me um beijo

P'ra matar desejos

Que eu sinto por ti!

 

 

 

Bem Podia a Andorinha

 

Letra: António Aleixo (1.ª quadra) e tradicional do Baixo Alentejo

Música: Tradicional (Baixo Alentejo)

Intérprete: Afonso Dias* com Teresa Silva (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa) [>> Facebook Vídeos]

Primeira versão de Afonso Dias, com Teresa Silva (in CD "Andanças & Cantorias", Bons Ofícios - Associação Cultural, 2016)

 

 

[instrumental]

 

Quem trabalha e mata a fome   | bis

Não come o pão de ninguém;    |

Mas quem não trabalha e come,   | bis

Come sempre o pão de alguém.   |

 

Bem podia a andorinha    | bis

Fazer paragem no chão;  |

Bem podia o meu amor      | bis

Ser firme ao meu coração.  |

 

Ser firme ao meu coração,

Ser firme e não me enganar;

Bem podia a andorinha

Fazer paragem no ar.

 

Bem podia quem tem muito  | bis

Repartir por quem não tem:  |

O rico ficava rico         | bis

E o pobre ficava bem.  |

 

Bem podia a andorinha    | bis

Fazer paragem no chão;  |

Bem podia o meu amor      | bis

Ser firme ao meu coração.  |

 

Ser firme ao meu coração,

Ser firme e não me enganar;

Bem podia a andorinha

Fazer paragem...

 

 

 

A Roupa do Marinheiro

 

Letra e música: Tradicional (Minho)

Intérprete: Afonso Dias* com Teresa Silva (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa) [a partir de 4':04'' >> Facebook Vídeos]

Primeira versão de Afonso Dias, com Teresa Silva (in CD "Andanças & Cantorias", Bons Ofícios - Associação Cultural, 2016) [>> YouTube]

 

 

A cana verde no mar [bis]

Anda à roda do vapor; [bis]

Ainda está p'ra nascer [bis]

Quem há-de ser meu amor. [bis]

 

A roupa do marinheiro [bis]

Não é lavada no rio: [bis]

É lavada no mar-alto [bis]

À sombra do seu navio. [bis]

 

À sombra do seu navio,

À sombra do seu vapor;

Não é lavada no rio

A roupa do meu amor.

 

O meu amor foi-se embora [bis]

Sem se despedir de mim; [bis]

Que o mar se transforme em rosas [bis]

E o seu barco num jardim. [bis]

 

A roupa do marinheiro [bis]

Não é lavada no rio: [bis]

É lavada no mar-alto [bis]

À sombra do seu navio. [bis]

 

À sombra do seu navio,

À sombra do seu vapor.

 

[instrumental]

 

 

 

Senhora do Almortão

 

Letra e música: Tradicional (Idanha-a-Nova, Beira Baixa)

Intérprete: Afonso Dias* com Teresa Silva (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Afonso Dias, com Teresa Silva (in CD "Andanças & Cantorias", Bons Ofícios - Associação Cultural, 2016) [>> YouTube]

Primeira versão: José Afonso (in LP "Cantares do Andarilho", Orfeu, 1968, 1982, reed. Movieplay, 1987, 1996, Art'Orfeu Media, 2012) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Senhora...

Senhora do Almortão,

Senhora do Almortão,

Ó minha linda raiana,

Virai co...

Virai costas a Castela!

Virai costas a Castela!

Não queirais ser castelhana!

 

Senhora...

Senhora do Almortão,

Senhora do Almortão,

A vossa capela cheira...

Cheira a cra...

Cheira a cravos, cheira a rosas,

Cheira a cravos, cheira a rosas,

Cheira a flor de laranjeira.

 

[instrumental]

 

Senhora...

Senhora do Almortão,

Senhora do Almortão,

Eu p'ró ano não prometo,

Que me mo...

Que me morreu o amor,

Que me morreu o amor,

Ando vestida de preto.

 

Senhora...

Senhora do Almortão,

Senhora...

Senhora...

 

 

 

Charamba

 

Letra e música: Tradicional (Ilha Terceira, Açores)

Intérprete: Afonso Dias* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão: Adriano Correia de Oliveira (in EP "Lira", Orfeu, 1968) [a partir de 5':40'' >> YouTube]

Outra versão de Adriano Correia de Oliveira (in LP "Cantigas Portuguesas", Orfeu, 1980; "Obra Completa": CD "Cantigas Portuguesas", Movieplay, 1994, 2007) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

É esta a vez primeira,

A vez primeira

Que neste auditório canto;

Em nome de Deus começo,

De Deus começo,

Padre, Filho, Esp'rito Santo.

 

A ausência tem uma filha,

Ai tem uma filha

Que se chama saudade;

Eu sustento mãe e filha,

Ai mãe e filha

Bem contra a minha vontade.

 

[instrumental]

 

 

 

Naufrágio

 

Letra: Cristóvão de Aguiar

Música: Tradicional (Charamba) (Ilha Terceira, Açores)

Intérprete: Afonso Dias* com Teresa Silva (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Afonso Dias, com Teresa Silva (in CD "Andanças & Cantorias", Bons Ofícios - Associação Cultural, 2016)

Versão original: Duarte & Ciríaco (in EP "Nós: Canções Populares", Sonoplay, 1969) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

A história que eu vou contar

Ouvi-a na minha aldeia,

Onde à noite a voz do mar

Murmura canções na areia.

 

História de pescadores

Do Cais Negro à Pontinha,

Onde há grandes senhores

Que bocejam à noitinha.

 

Foi o barco do Zé Tordo:

Partiu à noite p'ró mar

E na madrugada ao porto

O seu barco sem chegar.

 

Encheu-se a praia de gritos

Da gente da minha aldeia

Ao ver o corpo do Zé

Trazido na maré-cheia.

 

Ouvem-se vozes: «Coitado!

Cinco filhos e mulher

Sem uma côdea de pão,

Sem um abrigo sequer!»

 

E no enterro, à viúva,

Levando ao Zé muitas flores,

Prometem-lhe a sua ajuda

O povo e os grandes senhores.

 

[instrumental]

 

Mas dois anos já são passados,

Na praia da minha aldeia

Vêem-se cinco crianças

Brincando nuas na areia.

 

E da moral desta história

Tirem vossas conclusões:

Uma família não vive

Só de boas intenções.

 

E da moral desta história

Tirem vossas conclusões:

Uma família não vive

Só de boas intenções.

 

 

 

Marião

 

Letra e música: Tradicional (Trás-os-Montes)

Intérprete: Afonso Dias* com Teresa Silva (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Afonso Dias, com Teresa Silva (in CD "Andanças & Cantorias", Bons Ofícios - Associação Cultural, 2016)

Primeira versão: Brigada Victor Jara (in LP "Eito Fora: Cantares Regionais", Mundo Novo/Editorial Caminho, 1977, reed. Farol Música, 1995) [>> YouTube]

Outra versão da Brigada Victor Jara, com Minela Medeiros (in 2CD "Por Sendas, Montes e Vales": CD 2, Farol Música, 2000) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Adeus, ó Vale de Gouvinhas, Marião!

Não és vila nem cidade, Marião.

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

És um povo pequenino, Marião,

Feito à minha vontade, Marião.

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

 

Hei-de cercar Vale de Gouvinhas, Marião,

Com trinta metros de fita, Marião.

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

À porta do meu amor, Marião,

Hei-de pôr a mais bonita, Marião.

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

 

[instrumental]

 

Os meus olhos não são olhos, Marião,

Sem estarem os teus defronte, Marião.

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

Parecem dois rios de água, Marião,

Quando vão de monte em monte, Marião.

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

 

[instrumental]

 

Já corri os mares em volta, Marião,

Com uma vela branca acesa, Marião.

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

Em todo o mar achei água, Marião;

Só em ti pouca firmeza, Marião.

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

 

Sim, sim, Marião;

Não, não, Marião.

Adeus, ó Vale de Gouvinhas, Marião!

 

 

 

Marcela, Marcelinha

 

Letra e música: Tradicional (Baixo Alentejo)

Intérprete: Afonso Dias* com Teresa Silva (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Afonso Dias, com Teresa Silva (in CD "Andanças & Cantorias", Bons Ofícios - Associação Cultural, 2016)

 

 

[instrumental]

 

A flor da branca amora               | bis

Cai na água, faz-se em espuma;  |

Aqui está quem te namora  | bis

Sem falsidade nenhuma.    |

 

Lá nos campos, verdes campos,  | bis

Eu fui apanhar marcela,             |

Daquela mais miudinha,  | bis

Daquela mais amarela.   |

 

Daquela mais amarela,   | bis

Daquela mais miudinha,  |

Lá nos campos, verdes campos,  | bis

A marcela, marcelinha.              |

 

[instrumental]

 

Fui beber à clara fonte,       | bis

Por baixo da flor da murta;  |

Fui mais por ver os teus olhos,  | bis

Que a sede não era muita.       |

 

Lá nos campos, verdes campos,  | bis

Eu fui apanhar marcela,             |

Daquela mais miudinha,  | bis

Daquela mais amarela.   |

 

Daquela mais amarela,   | bis

Daquela mais miudinha,  |

Lá nos campos, verdes campos,  | bis

A marcela, marcelinha.              |

 

 

 

Verde-Gaio

 

Letra e música: Tradicional (Algarve)

Intérprete: Afonso Dias* com Teresa Silva (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Afonso Dias, com Teresa Silva (in CD "Andanças & Cantorias", Bons Ofícios - Associação Cultural, 2016)

 

 

Ó água que vais correndo

Mansamente vagarosa,

Passa pelo meu jardim,

Rega-me lá uma rosa!

 

Água da Fóia corre alta,

Por canais vai à cidade;

Eu não sou rica, mas tenho

Amores à minha vontade.

 

O ladrão do Verde-Gaio

Foi-se gabar à rainha

Que era dono do morgado

E nem sequer sapatos tinha.

 

E nem sequer sapatos tinha

Nem dinheiro para os comprar;

O ladrão do Verde-Gaio

Foi-me falso no amar.

 

[instrumental]

 

Eu tenho à minha janela

O que tu não tens à tua:

Um vaso de violetas

Que perfuma toda a rua.

 

Bem sei que me andais mirando

Por debaixo do chapéu;

Se eu não sou do vosso gosto

Quem quer anjos vai ao céu.

 

O ladrão do Verde-Gaio

Foi-se gabar à rainha

Que era dono do morgado

E nem sequer sapatos tinha.

 

E nem sequer sapatos tinha

Nem dinheiro para os comprar;

O ladrão do Verde-Gaio

Foi-me falso no amar.

 

O ladrão do Verde-Gaio

Foi-se gabar à rainha

Que era dono do morgado

E nem sequer sapatos tinha.

 

E nem sequer sapatos tinha

Nem dinheiro para os comprar;

O ladrão do Verde-Gaio

Foi-me falso no amar.

 

[instrumental]

 

 

* Afonso Dias – voz, viola e percussão

Teresa Silva – voz e percussão

Pedro Gil – guitarras

Luís Henrique – viola baixo

URL: https://www.facebook.com/afonso.dias.31

http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Dias

https://www.youtube.com/channel/UCBxa3Hbv4cYrrnTO-QvwXrw/videos

https://www.youtube.com/user/afonsoddias/videos

 

 

 

Os Ponteirinhos

Letra e música: Júlio Pereira
Intérprete: Júlio Pereira* com Sara Tavares (in CD "Faz de Conta", EMI-VC, 2003)


[instrumental]

Tic-tac, tic-tac,
Martelinhos maneirinhos.
Tic-tac, tic-tic-tac,
Tic-tac, vão girando os ponteirinhos,
Vão girando os ponteirinhos.

Diz "bom dia!" ao tic-tac!
Abre os olhos fechadinhos!
Vai p'rá escola! Tic-tac,
Tic-tac, vão girando os ponteirinhos,
Vão girando os ponteirinhos. [bis]

[instrumental / vocalizos]

Boa tarde, tic-tac!
Vai brincar aos adivinhos!
E cansados, cansadinhos,
Tic-tac, vão girando os ponteirinhos,
Vão girando os ponteirinhos.

[instrumental / vocalizos]

Boa noite, tic-tac!
Vai sonhar com os moinhos!
Lá no escuro, tic-tac,
Tic-tac, vão girando os ponteirinhos,
Vão girando os ponteirinhos. [bis]

Tic-tac, vão dançando os ponteirinhos,
Vão girando os ponteirinhos.

[instrumental / vocalizos]


* Instrumentação e voz – Júlio Pereira
Convidada especial:
Sara Tavares – voz
Participação especial de:
Simão e Julinha – vozes
Conceito original e produção – Júlio Pereira
Assistente de produção – João Luís Oliva
Programação, sintetizadores, mistura e masterização – Quico Serrano
Gravado e misturado em 2002




Capa do CD "Faz de Conta", de Júlio Pereira (EMI-VC, 2003).
 

 

 

[Viva a Música - 19.01.2017]
 

 

Corpo Inteiro

 

Letra: Miguel Cardina

Música: Pedro Damasceno e Julieta Silva

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete (in CD "Figura de Gente", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Ai apertem os cintos, vamos começar

Vou contar uma história de desencantar

Eram quatro donzelas a olhar o Sol

Cada qual em busca do amor

Procurando saber o que arde sem se ver

Se é a dor ou se é o prazer

 

A primeira caiu num sono fatal

À espera que um sapo a salvasse do mal

A segunda abalou nas ondas do mar

Nunca mais veio p'ra contar

A terceira devota subiu aos céus

Uma voz que fugiu do lugar

 

[instrumental]

 

Vou contar uma história de desencantar

Eram quatro donzelas presas pelo olhar

Já três delas se foram por causa do amor

Como carne que estilhaçou

Se o que arde não cura e o desejo é fartura

Só a quarta é que se salvou

 

Vou contar uma história de desencantar

Vi a quarta donzela que olhava p'ra o mar

De improviso cantava para o último sol

A mais doce feitiçaria

Quatro flores cortadas e ela não murchou

E das febres fez alegria

 

[instrumental]

 

 

 

Tamboril

 

Letra: Miguel Cardina

Música: Pedro Damasceno e Celso Bento

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete (in CD "Figura de Gente", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube] [ao vivo no Teatro da Cerca de São Bernardo, Coimbra, 9 Jul. 2016 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Tubarão tinha dentes de tainha

E a tainha tinha dentes de tambor

Toca traz tempo chuva tempestade

Tubarão trincou um touro nos taleigos da vontade

 

Tubarão tinha o tímpano trocado

E trocado estava o tempo todo o ano

Toca traz tempo chuva tempestade

Tubarão tamborilou 'inda a missa ia a metade

 

[instrumental]

 

Tubarão traficou-se em tamboril

Troca-tintas com retoque teatral

Toca terça, quarta, quinta, noite e dia

Travestido no Entrudo c'uma tromba de enguia

 

Tamboril teve tísica ao contrário

Já tossia como tosse o tubarão

Toca terça, quarta, quinta, noite e dia

Tamboril entubarou num atalho p'rá Turquia

 

[instrumental]

 

Tubarão tinha dentes de tainha

E a tainha tinha dentes de tambor

Toca traz tempo chuva tempestade

Tubarão trincou um touro nos taleigos da vontade

 

Tubarão tinha o tímpano trocado

E trocado estava o tempo todo o ano

Toca traz tempo chuva tempestade

Tubarão tamborilou 'inda a missa ia a metade

 

[instrumental]

 

Tubarão traficou-se em tamboril

Troca-tintas com retoque teatral

Toca terça, quarta, quinta, noite e dia

Travestido no Entrudo c'uma tromba de enguia

 

Tamboril teve tísica ao contrário

Já tossia como tosse o tubarão

Toca terça, quarta, quinta, noite e dia

Tamboril entubarou num atalho p'rá Turquia

 

[instrumental]

 

 

 

Cantiga de Vir ao Mundo

 

Letra: Miguel Cardina

Música: Pedro Damasceno e Sara Vidal

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete (in CD "Figura de Gente", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Já sentes em ti o que vais ser

Já dormiste um sono profundo

Chegou a hora d'amanhecer

Deixar p'ra trás a porta do mundo

 

[instrumental]

 

Vais repousar na estrela-d'alva

E dançar a dança dormente

Ouro na pele, incenso e salva

Desabraçar o ninho mais quente

 

Tens o sol riscado nas asas

Um rei sem roque nem patrão

Um deus a quem dei coração

A sombra incerta do amor

 

[instrumental]

 

Serás acaso, serás fronteira

Sussurrando temporais

Velhas perguntas, luas inteiras

Vencendo a sina dos mortais

 

Tens o sol riscado nas asas

Um rei sem roque nem patrão

Um deus a quem dei coração

A sombra incerta do amor

[bis]

 

[instrumental]

 

 

 

Dança das Fritilárias

 

Música: Pedro Damasceno

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete (in CD "Figura de Gente", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube] [ao vivo no Teatro da Cerca de São Bernardo, Coimbra, 9 Jul. 2016 >> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

 

Paraíso Fiscal

 

Letra: Miguel Cardina

Música e arranjo: Diabo a Sete

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete com Carlos Guerreiro (in CD "tarAra", atrasdosbarrocos.com, 2011) [>> SoundCloud] [>> YouTube] [ao vivo >> YouTube] [ao vivo no Teatro da Cerca de São Bernardo, Coimbra, 9 Jul. 2016 >> YouTube]

 

 

Dez cabelos penteados

Não pagam imposto;

A luva está mais barata

Do que o fogo-posto.

 

Sabe bem pagar tão pouco,

O segredo é total;

Tens na ilha uma morada

Virtual.

 

No Paraíso Fiscal

O silêncio é d'ouro;

As mobílias são de prata

E os jardins de couro.

 

Anjos, deuses, capitais,

Filhos de alguém especial;

Somar zeros à direita

Não faz mal.

 

[instrumental]

 

No Paraíso Fiscal

A justiça é cega,

As fronteiras apagadas

E o tempo escorrega.

 

Sabe bem pagar tão pouco,

O segredo é total;

Tens na ilha uma morada

Virtual.

 

Guarda, rico, o teu roubo!

Franca liberdade!

Virar isto do avesso

Seria maldade.

 

Somos sombras invisíveis,

Sem gravata p'ra apertar,

Mas hoje a nossa tampa

Vai saltar!

 

[instrumental]

 

Dez cabelos penteados

Não pagam imposto;

A luva está mais barata

Do que o fogo-posto.

 

Sabe bem pagar tão pouco,

O segredo é total;

Tens na ilha uma morada

Virtual.

 

No Paraíso Fiscal

O silêncio é d'ouro;

As mobílias são de prata

E os jardins de couro.

 

Anjos, deuses, capitais,

Filhos de alguém especial;

Somar zeros à direita

Não faz mal.

 

[instrumental]

 

 

 

Quarto Crescente

 

Música: Sara Vidal

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete (in CD "Figura de Gente", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

 

Tempos Anormais

 

Letra: Miguel Cardina

Música: Pedro Damasceno, Julieta Silva e Celso Bento

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete (in CD "Figura de Gente", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Anda cá, se queres ver

As coisas que eu vi:

Um pato a endoidecer,

Outro a sorrir.

 

Anda cá, nem podes crer

Coisas de contar:

Uma centelha a chover,

Outra a congelar.

 

[instrumental]

 

Anda cá, se queres ver

As coisas que eu vi:

Gente cansada a lançar

Pragas contra si.

 

Andam no ar vibrações,

Tempos anormais,

Gente que pede aflições

A quem lhas der mais.

 

[instrumental]

 

Anda cá, se queres ver

As coisas que eu vi:

Um pato a endoidecer,

Outro a sorrir.

 

Anda cá, nem podes crer

Coisas de contar:

Uma centelha a chover,

Outra a congelar.

 

[instrumental]

 

Anda cá, se queres ver

As coisas que eu vi:

Gente cansada a lançar

Pragas contra si.

 

Andam no ar vibrações,

Tempos anormais,

Gente que pede aflições

A quem lhas der mais.

 

[instrumental]

 

 

 

Outono Embargado

 

Música: Pedro Damasceno

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete (in CD "Figura de Gente", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

 

Figura de Gente

 

Letra: Miguel Cardina

Música: Pedro Damasceno e Celso Bento

Intérprete: Diabo a Sete* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Diabo a Sete (in CD "Figura de Gente", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube] [ao vivo no Teatro da Cerca de São Bernardo, Coimbra, 9 Jul. 2016 >> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Tenho o corpo confiscado

Vinte fogos num braseiro

Dedo a dedo, gota a gota

A regar ilusões, mares, muros, tentações

A flor no céu da boca

Girassol ligado ao ventre

Tenho figura de gente

Sou bicho raro, a perturbar

[bis]

 

O azul...

Trago um sopro nos pés

Vou...

Ver o mundo outra vez

Já trouxe o tempo atrás

 

Tenho o corpo confiscado

No fulgor das horas nuas

Dedo a dedo, gota a gota

A regar ilusões, mares, muros, tentações

Adeus, que já é tarde

Tenho figura de gente

Nos tendões, a sede quente

Sou bicho raro, a perturbar

 

O azul...

Trago um sopro nos pés

Vou...

Ver o mundo outra vez

Já trouxe o tempo atrás

 

[instrumental]

 

 

* Diabo a Sete:

Celso Bento – flautas, gaita-de-foles, coros

Eduardo Murta – baixo eléctrico

Luísa Correia – guitarra acústica, coros

Miguel Cardina – bateria

Pedro Damasceno – cavaquinho, bandolim, machinho, coros

Sara Vidal – voz, harpa celta, pandeireta galega

URL: https://www.facebook.com/diaboasetemusic

http://diaboasete.blogspot.com/

http://www.sonsvadios.pt/js_albums/figura-de-gente/

http://www.aminhaagencia.com/page.php?id_p=20&id_sp=16

http://www.atrasdosbarrocos.com/Edicoes.html

https://myspace.com/diaboasete/music/songs

https://soundcloud.com/diabo-a-sete/

https://soundcloud.com/sonsvadios/sets/cd-figura-de-gente-diabo-a-sete

https://www.youtube.com/user/Diaboa7/videos

https://www.youtube.com/playlist?list=PLeVWvbPuzxkDUykHh2sI5DhBozRBqZG3R

http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/diabo_a_sete

http://www.last.fm/pt/music/DIABO+A+SETE

 

 

[Vozes da Lusofonia - 31.07.2016]
 

 

Héptimo

 

Música: Danças Ocultas

Intérprete: Danças Ocultas* & Orquestra Filarmonia das Beiras (in CD "Amplitude", Danças Ocultas/Uguru/Sony Music, 2016)

Versão original: Danças Ocultas (in CD "Tarab", Numérica, 2009; CD "Alento" (compilação), Iplay, 2011) [>> YouTube] [ao vivo no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, 2010 >> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

 

[entrevista com Artur Fernandes]

 

 

 

Diatónico

 

Música: Artur Fernandes

Intérprete: Danças Ocultas* & Orquestra Filarmonia das Beiras (in CD "Amplitude", Danças Ocultas/Uguru/Sony Music, 2016)

Versão original: Danças Ocultas (in CD "Ar", EMI-VC, 1998) [ao vivo no Cine-Teatro José Lúcio, Leiria, 12 Out. 2007 >> YouTube] [ao vivo no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, 2010 >> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

 

O Diabo Tocador

 

Letra: Popular ("Minha Roda 'stá Parada", cantiga de rega recolhida por António Avelino Joyce, em 1938, nas margens do rio Zêzere, Beira Baixa, in "Cancioneiro Popular Português", de Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça, Lisboa: Círculo de Leitores, 1981 – p. 145 / "Cantiga da Roda", cantiga de rega recolhida por Michel Giacometti, em Dornelas do Zêzere, Pampilhosa da Serra, Beira Baixa, in LP "Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral", série "Antologia da Música Regional Portuguesa", Arquivos Sonoros Portugueses/Michel Giacometti, 1970; 5CD "Portuguese Folk Music": CD 3 – Beiras, Strauss, 1998; 6CD "Música Regional Portuguesa": CD 4 – Beiras, col. Portugal Som, Numérica, 2008)

Música: Danças Ocultas (sobre o tema tradicional "Minha Roda 'stá Parada", Beira Baixa)

Intérprete: Danças Ocultas* & Orquestra Filarmonia das Beiras, com Carminho (in CD "Amplitude", Danças Ocultas/Uguru/Sony Music, 2016) [>> SoundCloud]

Versão original: Danças Ocultas – instrumental (in CD "Tarab", Numérica, 2009) [>> YouTube] [ao vivo com Maria João, no BMW Werk Leipzig, Alemanha, Out. 2012 / Akkordeon Akut Festival >> YouTube]

 

 

Minha roda 'stá parada  | bis

Por falta de tocador;     |

Anda a roda, anda a roda     | bis

Que eu já vou, ó meu amor. |

 

[instrumental]

 

Minha roda 'stá parada

Por falta de tocador;

Anda a roda, anda a roda     | bis

Que eu já vou, ó meu amor. |

 

Esta água 'stá parada:      | bis

Quem seria que a parou?  |

Foi a mãe do meu amor       | bis

Que esta noite aqui passou. |

 

[instrumental]

 

Ó mar largo, ó mar largo,

Ó mar largo sem ter fundo!

Mais vale andar no mar largo      | bis

Que andar nas bocas do mundo. |

 

 

 

Tarab

 

Música: Danças Ocultas (sobre o tema tradicional "Ao Romper da Bela Aurora", Alentejo)

Intérprete: Danças Ocultas & Orquestra Filarmonia das Beiras (in CD "Amplitude", Danças Ocultas/Uguru/Sony Music, 2016) [>> YouTube]

Versão original: Danças Ocultas (in CD "Tarab", Numérica, 2009; CD "Alento" (compilação), Iplay, 2011) [>> Reverbnation] [ao vivo no Koncerthuset Copenhagen, Dinamarca / Womex 2010 >> YouTube] [ao vivo, 2012 >> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

 

Dança II

 

Música: Artur Fernandes

Intérprete: Danças Ocultas & Orquestra Filarmonia das Beiras (in CD "Amplitude", Danças Ocultas/Uguru/Sony Music, 2016) [>> YouTube]

Versão original: Danças Ocultas (in CD "Danças Ocultas", EMI-VC, 1995: CD "Alento" (compilação), Iplay, 2011) [>> YouTube]

 

 

(instrumental)

 

 

* Danças Ocultas:

Artur Fernandes – acordeão diatónico (melodias)

Filipe Ricardo – acordeão diatónico (baixo)

Filipe Cal – acordeão diatónico (acordes e ritmo harmónico)

Francisco Miguel – acordeão diatónico (contrapontos: respostas à melodia)

 

Orquestra Filarmonia das Beiras:

Direcção – António Vassalo Lourenço

Primeiros violinos – André Fonseca, Agnese Bravo, Kinga Switaj, Elitza Mladenov, Andriy Slabodukh, Flávio Azevedo, José Carvalho

Segundos violinos – Daniel Matys, Mafalda Pires, Luís Trigo, Juliana Sousa, Sofia Grilo, Ana Rufino, Bruno Sousa

Violetas – Judit Bank, Carina Rocha, João Tiago Dinis, Daniel Leão

Violoncelos – Aliaksandr Znachonak, Alberto Restivo, Raquel Andrade, Svitlana Gavrikova

Contrabaixos – Hugo Correia, Bruno Rodrigues

 

Participação especial:

Carminho – voz (em "O Diabo Tocador")

Produção executiva – Paulo Pato

Gravado ao vivo na Casa da Música (Porto) e no Centro Cultural de Belém (Lisboa), a 4 e 5 de Maio de 2015

Engenheiro de som – Nuno Rebocho

Assistente – Carlos Cruz

Mistura e masterização – Nuno Rebocho e Danças Ocultas

URL: https://dancasocultas.com/

https://www.facebook.com/dancasocultas/

http://www.uguru.net/artista/dancas-ocultas/

https://www.uguru.net/dancas-ocultas-orquestra-filarmonia-das-beiras-ao-vivo-concerto-classic-waves/

http://amusicaportuguesa.blogs.sapo.pt/tag/dan%C3%A7as+ocultas

https://myspace.com/dancasocultas/music/songs

https://www.reverbnation.com/dan%C3%A7asocultas/songs

https://www.youtube.com/user/dancasocultas/videos

https://www.youtube.com/user/arcmusica/videos?query=dancas+ocultas

https://www.youtube.com/user/DoTempoDosSonhos/videos?query=dancas+ocultas

http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/dan_as_ocultas

http://www.last.fm/pt/music/Dan%C3%A7as+Ocultas

 

Para Namorar Morena

 

Letra: Tradicional (Planalto Mirandês, Trás-os-Montes) e Galandum Galundaina (estrofes incipit "Ó senhor da casa" e "Alhá na nuossa tierra")

Música: Tradicional (Planalto Mirandês, Trás-os-Montes) e Galandum Galundaina

Intérprete: Galandum Galundaina* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Galandum Galundaina (in CD "Quatrada", Açor/Emiliano Toste, 2015) [>> YouTube]

 

 

Nun me gusta l pan centeno

que m'amarga la costreza;

S'algun die falei contigo,

nun me pesa, nun me pesa!

 

Para namorar,

para namorar, morena...

Para namorar,

bun çapato i buona meia!

[bis]

 

Sei un ciento de cantigas

i mais ua talagada:

Puodo cantar toda a noite

i mais toda la madrugada.

 

Para namorar,

para namorar, morena...

Para namorar,

bun çapato i buona meia!

[bis]

 

Diabos lhieben ls ratos

i ls dientes das formigas,

Que me robírun ls lhibros

donde stában las cantigas!

 

Para namorar,

para namorar, morena...

Para namorar,

bun çapato i buona meia!

[bis]

 

Yá comi, yá bui,

tengo la barriga chena!

Mas de l amor tengo fame:

só te quiero a ti, morena!

 

Para namorar,

para namorar, morena...

Para namorar,

bun çapato i buona meia!

[bis]

 

[instrumental]

 

Ó senhor da casa,

quiero la mano da sue filha!

You yá la namoro

hai nuobe meses i un die;

Tengo l lhume aceso,

quiero ser sou marido,

la cama caliente

pra deitar l nuosso nino.

 

Alhá na nuossa tierra

sou you l regidor;

Yá nun tengo mula,

cumprei um tractor;

Cabeço de la Trindade

yá sembrei la huorta;

Tardo quatro jeiras

para dar la ronda.

 

[instrumental]

 

Ó senhor da casa,

quiero la mano da sue filha!

You yá la namoro

hai nuobe meses i un die;

Tengo l lhume aceso,

quiero ser sou marido,

la cama caliente

pra deitar l nuosso nino.

[bis]

 

[instrumental]

 

 

 

Mirandum

 

Letra e música: Tradicional (Planalto Mirandês, Trás-os-Montes)

Intérprete: Galandum Galundaina* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Galandum Galundaina (in CD "Quatrada", Açor/Emiliano Toste, 2015)

 

 

[instrumental]

 

Mirandum se fui a la guerra, [bis]

Mirandum, Mirandum, Mirandela!

Num sei quando benerá:

Se benerá por la Pascua [bis]

Mirandum, Mirandum. Mirandela!

Ou se por la Trenidade?

 

La Trenidade se passa, [bis]

Mirandum, Mirandum, Mirandela!

Mirandum num bieno yá;

Birun benir un passe, [bis]

Mirandum, Mirandum, Mirandela!

Que nobidades trairá?

 

Las nobidades que traio [bis]

Mirandum, Mirandum, Mirandela!

Bos han de fazer chorar:

Que Mirandum yá ye muorto, [bis]

Mirandum, Mirandum, Mirandela!

You bien lo bi anterrar.

 

[instrumental]

 

Mirandum, Mirandum, Mirandela!

Mirandum se fui a la guerra,

Num sei quando benerá,

Num sei quando benerá:

Se benerá por la Pascua

Mirandum, Mirandum. Mirandela!

Se benerá por la Pascua

Ou se por la Trenidade? [3x]

 

La Trenidade se passa,

Mirandum, Mirandum, Mirandela!

La Trenidade se passa,

Mirandum num bieno yá...

 

[instrumental]

 

 

 

Senhor Galandum

 

Letra e música: Tradicional (Planalto Mirandês, Trás-os-Montes)

Intérprete: Galandum Galundaina* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Galandum Galundaina (in CD "Senhor Galandum", Açor/Emiliano Toste, 2009) [>> Reverbnation] [>> SoundCloud] [ao vivo em Coimbra, Festival Passagem de Ano 2009/2010 >> YouTube] [ao vivo em Carção, Vimioso, 7 Abr. 2012 >> YouTube]

 

 

Senhor Galandun, Galandun Galundaina!

Senhor Galandun, Galandun Galundaina!

Senhor Galandun, Galandun Galundaina!

Senhor Galandun!...

 

[instrumental]

 

Senhor Galandun, Galandun Galundaina!

Senhor Galandun, Galandun Galundaina!

Madre la bizcaia, cun las trés traseiras, cun las delantreiras,

Dá-me la mano squierda, dá-me la dreita!

I arréden-se atrás, que manda la reberéncia!

 

Yá nun manda l Rei, que manda la Justícia!

Esses bailadores que se cáian cun la risa,

que se cáian, que se cáian!

Esses bailadores que se cáian cun la risa,

que se cáian, que se cáian!

 

[instrumental]

 

Yá nun manda l Rei, que yá manda l'Alcaide!

Yá nun manda l Rei, que yá manda l'Alcaide!

Esses bailadores que se lhebanten i que bailen,

que bailen, que bailen!

Esses bailadores que se lhebanten i que bailen,

que bailen, que bailen!

 

[instrumental]

 

Yá nun manda l Rei, que manda l Regidor!

Yá nun manda l Rei, que manda l Regidor!

Essas bailadeiras que se cáian cun la risa,

que se caian, que se cáian!

Essas bailadeiras que se cáian cun la risa,

que se caian, que se cáian!

 

[instrumental]

 

Senhor Galandun, Galandun Galundaina!

Senhor Galandun, Galandun Galundaina!

Senhor Galandun, Galandun Galundaina!

Senhor Galundaina!...

 

La casa de l Cura nun ten mais que ua cama,

La casa de l Cura nun ten mais que ua cama:

An la cama drume l Cura donde conhos drume l'ama,

donde conhos drume l'ama;

An la cama drume l Cura donde conhos drume l'ama,

donde conhos drume l'ama.

 

Tu madre me dixo que eras machorra,

Tu madre me dixo que eras machorra;

Me saliste prenha, mira que porra,

que porra, que porra!

Me saliste prenha, mira que porra,

que porra, que porra!

 

[instrumental]

 

 

 

Alicran

 

Música: Galandum Galundaina

Intérprete: Galandum Galundaina* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Galandum Galundaina (in CD "Quatrada", Açor/Emiliano Toste, 2015)

 

 

(instrumental)

 

 

 

Siga a Malta

 

Letra: Tradicional (Planalto Mirandês, Trás-os-Montes) e Amadeu Ferreira (estrofes incipit "No tiempo de primabera", "Na selombra dun sobreiro" e "Anriba deste cabeço")

Música: Tradicional (Planalto Mirandês, Trás-os-Montes) e Galandum Galundaina

Intérprete: Galandum Galundaina* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Galandum Galundaina com José Medeiros (in CD "Quatrada", Açor/Emiliano Toste, 2015) [>> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Siga a malta, siga a malta,

siga a malta pra diante!

Siga a malta pra diante!

Esta malta stá parada

só por nun haber quien cante,

só por nun haber quien mande.

 

No tiempo de primabera

todo l mundo reberdece:

Bien lhargo l eimbierno seia

d'amberdecer nun se squece

i naide outra cousa spera

por esso naide se spante

que téngamos esta eideia.

Siga a malta pra diante!

 

Siga a malta, siga a malta,

siga a malta pra diante!

Siga a malta pra diante!

Esta malta stá parada

só por nun haber quien cante,

só por nun haber quien mande.

 

Na selombra dun sobreiro

quememos nuossa merenda:

Çcansados apuis la ronda

i se nun hai quien santenda;

Qualquier un quier ser purmeiro

ou por nada fáien guerra,

nós dezimos que yá bonda.

Siga a malta i trema a tierra!

 

Siga a malta, siga a malta,

siga a malta pra diante!

Siga a malta pra diante!

Esta malta stá parada

só por nun haber quien cante,

só por nun haber quien mande.

 

Siga a malta, siga a malta,

siga a malta i trema a tierra!

Siga a malta i trema a tierra!

Benga d'alhá quien benir,

esta malta nun arreda!

Esta malta nun arreda!

 

Anriba deste cabeço

l praino bemos, i Spanha;

Mas l cielo nunca l bimos,

muito hai quien mos anganha;

Yá muitá tubo esse ampeço

por esso rábia mos medra

i a cantar eiqui benimos.

Esta malta nun arreda!

 

[instrumental]

 

Siga a malta, siga a malta,

siga a malta pra diante!

Siga a malta pra diante!

Esta malta stá parada

só por nun haber quien cante,

só por nun haber quien mande.

 

Siga a malta, siga a malta,

siga a malta i trema a tierra!

Siga a malta i trema a tierra!

Benga d'alhá quien benir,

esta malta nun arreda!

Esta malta nun arreda!

 

 

 

Canedo

 

Letra: Tradicional (Trás-os-Montes) e Galandum Galundaina (estrofes incipit "Canedo nun podie", "La giente inda se lhembra" e "Nun ye culpa de l Canedo")

Música: Tradicional (Trás-os-Montes)

Intérprete: Galandum Galundaina* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Galandum Galundaina (in CD "Quatrada", Açor/Emiliano Toste, 2015)

 

 

[instrumental]

 

Canedo stá borracho    | bis

de bino i augardiente;  |

Mandou tocar la gaita     | bis

Delantre de toda giente.  |

 

Canedo nun podie            | bis

Qu'era hora de l sagrado:  |

Tocórun a rebate       | bis

pra le botar la mano.  |

 

[instrumental]

 

Yá matórun l Canedo        | bis

mas nun fui na sue tierra: |

Fui an Santo Anton da Barca  | bis

delantre de la capielha.         |

 

[instrumental]

 

La giente inda se lhembra  | bis

daqueilha maldiçon:          |

Fazírun la barraige,        | bis

mudórun l Santo Anton.  |

 

Nun ye culpa de l Canedo   | bis

nien da gaita i bordon:

Ye culpa de quien manda  | bis

afogar l Santo Anton.       |

 

[instrumental]

 

Canedo stá borracho    | bis

de bino i augardiente;  |

Mandou tocar la gaita     | bis

Delantre de toda giente.  |

 

Yá matórun l Canedo        | bis

mas nun fui na sue tierra: |

Fui an Santo Anton da Barca  | bis

delantre de la capielha.         |

 

[instrumental]

 

 

 

Fraile Cornudo

 

Letra e música: Tradicional (Fonte da Aldeia, Miranda do Douro, Trás-os-Montes)

Intérprete: Galandum Galundaina* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Galandum Galundaina (in DVD "Ao Vivo no Teatro Municipal de Bragança", Açor/Emiliano Toste, 2007) [>> YouTube]

Outra versão de Galandum Galundaina (in CD "Senhor Galandum", Açor/Emiliano Toste, 2009) [>> Reverbnation] [>> SoundCloud] [>> YouTube] [ao vivo em Coimbra, Festival Passagem de Ano 2009/2010 >> YouTube]

 

 

Esta ye la tonadica de l fraile...

 

[instrumental]

 

Fraile cornudo,

Hecha-te al baile

Que te quiero ber beilar,

Saltar i brincar

I andar por l aire!

 

Esta ye la tonadica de l fraile...

Esta ye la tonadica de l fraile...

 

Busca cumpanha,

Que te quiero ber beilar,

Saltar i brincar

I andar por l aire!

 

Esta ye la tonadica de l fraile...

Esta ye la tonadica de l fraile...

 

Deixa-la sola,

Que la quiero ber beilar,

Saltar i brincar

I andar por l aire!

 

Esta ye la tonadica de l fraile...

Esta ye la tonadica de l fraile...

 

[instrumental]

 

Fraile cornudo,

Hecha-te al baile

Que te quiero ber beilar,

Saltar i brincar

I andar por l aire!

 

Esta ye la tonadica de l fraile...

Esta ye la tonadica de l fraile...

 

Busca cumpanha,

Que te quiero ber beilar,

Saltar i brincar

I andar por l aire!

 

Esta ye la tonadica de l fraile...

Esta ye la tonadica de l fraile...

 

Deixa-la sola,

Que la quiero ber beilar,

Saltar i brincar

I andar por l aire!

 

Esta ye la tonadica de l fraile...

Esta ye la tonadica de l fraile...

 

[instrumental]

 

Esta ye la tonadica de l fraile...

Esta ye la tonadica de l fraile...

Esta ye la tonadica de l fraile...

 

 

 

Nós Tenemos Muitos Nabos

 

Letra e música: Tradicional (Planalto Mirandês, Trás-os-Montes)

Intérprete: Galandum Galundaina* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão anterior de Galandum Galundaina (in CD "Quatrada", Açor/Emiliano Toste, 2015) [>> Reverbnation] [>> SoundCloud] [>> YouTube] [ao vivo em Vila Nova de Cerveira, 14 Ago. 2016 >> YouTube]

Primeira versão de Galandum Galundaina (in CD "L Purmeiro", Açor/Emiliano Toste, 2002) [>> YouTube]

Outra versão de Galandum Galundaina (in DVD "Ao Vivo no Teatro Municipal de Bragança", Açor/Emiliano Toste, 2007)

 

 

Nós tenemos muitos nabos

a cozer nua panela...

 

[instrumental]

 

Nós tenemos muitos nabos

a cozer nua panela;

Nun tenemos sal nien unto,

nien presunto nien bitela.

 

Mirai qu'alforjas, mirai qu'alforjas!

Uas mais lhargas, outras mais gordas,

uas de lhana, outras de stopa.

 

Ls chocalhos rúgen, rúgen,

ls carneiros alhá ban;

An chegando a Ourrieta Cuba

ls carneiros bulberan.

 

Mirai qu'alforjas, mirai qu'alforjas!

Uas mais lhargas, outras mais gordas,

uas de lhana, outras de stopa.

 

[instrumental]

 

Roubórun la Malgarida

pula ripa de l telhado,

cuidando que era toucino

que stava çpindurado.

 

Mirai qu'alforjas, mirai qu'alforjas!

Uas mais lhargas, outras mais gordas,

uas de lhana, outras de stopa.

 

[instrumental]

 

Nós tenemos muitos nabos

a cozer nua panela;

Nun tenemos sal nien unto,

nien presunto nien bitela.

 

Mirai qu'alforjas, mirai qu'alforjas!

Uas mais lhargas, outras mais gordas,

uas de lhana, outras de stopa.

 

Ls chocalhos rúgen, rúgen,

ls carneiros alhá ban;

An chegando a Ourrieta Cuba

ls carneiros bulberan.

 

Mirai qu'alforjas, mirai qu'alforjas!

Uas mais lhargas, outras mais gordas,

uas de lhana, outras de stopa.

 

[instrumental]

 

Bai, Pedro, bai

al lhugar de la justicia!

Di le a tou amo,

cumo you te digo a ti:

Que la filha de l Lima

stá ne l lhume i pinga;

La filha de la Bergada

stá ne l lhume i bai assada.

 

Pedro, que te falta?

Repica la tue gaita!

Tenes l pan na tulha

l bino na bodega;

Tenes la melhor moça

que habie nesta tierra:

Ciega dun uolho

i manca dua pierna.

 

Bai, Pedro, bai

al lhugar de la justicia!

Di le a tou amo,

cumo you te digo a ti:

Que la filha de l Lima

stá ne l lhume i pinga;

La filha de la Bergada

stá ne l lhume i bai assada.

 

Pedro, que te falta?

Repica la tue gaita!

Tenes l pan na tulha

l bino na bodega;

Tenes la melhor moça

que habie nesta tierra:

Ciega dun uolho

i manca dua pierna.

 

[instrumental]

 

 

* Galandum Galundaina:

Paulo Preto – voz, sanfona, gaita-de-foles mirandesa, flauta pastoril, dulçaina

Paulo Meirinhos – voz, rabeles, bombo, gaita-de-foles mirandesa

Alexandre Meirinhos – voz, percussões (caixa de guerra, pandeiros mirandeses, tamboris, castanholas)

João Pratas – voz, saltério, tamboril

URL: http://www.galandum.co.pt/

https://www.facebook.com/GalandumGalundaina

https://twitter.com/galandum

https://myspace.com/galandumgalundaina/music/songs

https://www.reverbnation.com/galandumgalundaina/songs

https://soundcloud.com/galandum-galundaina

https://www.youtube.com/user/galandumgalundaina/videos

https://www.youtube.com/user/manelmeirinhos/videos?query=galandum+galundaina

https://www.youtube.com/channel/UCoUnzR-rCsG8V9K1wVKQLxA/videos

https://www.youtube.com/user/DoTempoDosSonhos/videos?query=galandum+galundaina

http://pt.wikipedia.org/wiki/Galandum_Galundaina

http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/galandum_galundaina

http://www.last.fm/pt/music/Galandum+Galundaina

 

 

 

Fado Lenitivo

 

Letra: Fernanda Santos

Música: Helena Moreira Vieira

Intérprete: Tânia Oleiro* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Tânia Oleiro (in CD "Terços de Fado", Museu do Fado Discos, 2016)

Versão original: Maria do Rosário Bettencourt (in EP "Lenitivo", Alvorada/Rádio Triunfo, 1966; CD "Maria do Rosário Bettencourt", col. Fados do Fado, vol. 41, Movieplay, 1998) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Desdenharam-me, bem sei,

Quando um dia comecei

A cantar sofrida o fado;

Não sabiam o motivo:     | bis

É que o fado é lenitivo    |

D'um coração torturado.  |

 

Ao ver de todo perdidas,

As minhas esperanças mais queridas,

Senti, fui talvez pisada;

E era doce companhia      | bis

Para a minha melancolia   |

O chorar d'uma guitarra.   |

 

Amarguras e cansaços,

A minha dor em pedaços

Eu vou esquecendo a cantar;

E nos queixumes do fado,    | bis

Já nem sei se é um trinado  |

Se a minh'alma a soluçar.    |

 

Sei que me ouves lamentando,

As mágoas que vou cantando

Só tu podes entender;

Vou meu fado dedicar-te:  | bis

Uma dor que se reparte    |

Não custa tanto a sofrer.   |

 

 

 

Brincos para Brincar

 

Letra: João Linhares Barbosa

Música: Francisco Carvalhinho

Intérprete: Tânia Oleiro* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Tânia Oleiro (in CD "Terços de Fado", Museu do Fado Discos, 2016)

Versão original: Maria Pereira (in EP "Quero Que Saibas", A Voz do Dono/VC, 1960) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Quando eu era pequenina,

P'ra me enfeitar as orelhas,

Minha mãe punha-me, às vezes,  | bis

Quatro cerejas vermelhas.          |

 

E toda tola, lembro-me ainda

Que ia p'rá escola vaidosa e linda:

Brincos vermelhos a dar que dar,

Pedia espelhos p'ra me mirar.

 

Diziam todas: «Que bem lhe fica!

Lembra, nos modos, menina rica.»

Via-os, revia-os como riqueza,

Depois comia-os à sobremesa.

 

Um dia as mais raparigas,

Filhas como eu da pobreza,

Puseram-me nas orelhas        | bis

Dois brinquinhos de princesa. |

 

E toda triques, faces coradas,

Ia aos despiques nas desfolhadas;

Vinham meus brincos d'algum vergel,

Não punham vincos na minha pele.

 

Depois, mais tarde, vi-te e amei,

Deste-me brincos d'ouro de lei;

Bendito sejas mas, na verdade,

Vejo cerejas, sinto saudade.

 

[instrumental]

 

E toda triques, faces coradas,

Ia aos despiques nas desfolhadas;

Vinham meus brincos d'algum vergel,

Não punham vincos na minha pele.

 

Depois, mais tarde, vi-te e amei,

Deste-me brincos d'ouro de lei;

Bendito sejas mas, na verdade,

Vejo cerejas, sinto saudade.

 

 

 

Nova Rosa da Mouraria

 

Letra e música: Marco Oliveira

Intérprete: Tânia Oleiro* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Tânia Oleiro (in CD "Terços de Fado", Museu do Fado Discos, 2016)

 

 

[instrumental]

 

De manhãzinha, voltou a Rosa sem dizer nada;

Vinha sozinha e mais formosa, bem apressada;

Parou na Rua do Capelão, onde esperava

O tal rapaz que há muitos anos a namorava.

 

Ai quem diria

Que um dia a Rosa da Mouraria

Voltava àquela casa,

No Largo da Severa.

 

Ai quem diria

Que a Rosa da Mouraria

Tinha a vida bem guardada

P'ra voltar a ser quem era.

 

[instrumental]

 

Viu sardinheiras e margaridas numa janela,

Namoradeiras entristecidas à espera dela;

Agora a casa tem o encanto que tinha outrora,

Até a Rosa já prometeu não ir embora.

 

Ai quem diria

Que um dia a Rosa da Mouraria

Voltava àquela casa,

No Largo da Severa.

 

Ai quem diria

Que a Rosa da Mouraria

Tinha a vida bem guardada

P'ra voltar a ser quem era.

 

[instrumental]

 

Ai quem diria

Que um dia a Rosa da Mouraria

Voltava àquela casa,

No Largo da Severa.

 

Ai quem diria

Que a Rosa da Mouraria

Tinha a vida bem guardada

P'ra voltar a ser quem era.

 

Ai quem diria

Que a Rosa da Mouraria

Tinha a vida bem guardada

P'ra voltar a ser quem era.

 

 

 

Pensa em Nós Dois

 

Letra: Fernando Girão

Música: Fernando de Freitas (Fado Marinho)

Intérprete: Tânia Oleiro* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Tânia Oleiro (in CD "Terços de Fado", Museu do Fado Discos, 2016)

 

 

[instrumental]

 

Não sei se a paixão foi tão intensa,

Não sei se a culpa é tua ou é minha;

Só sei que agora choro a tua ausência,

Pior que o choro é também chorar sozinha.

 

Na rua da saudade, agora vivo;

E, pouco a pouco, enlouqueço em segredo;

Às vezes, eu te sinto aqui na cama

E agarrada ao teu pijama

Eu engano os meus medos.

 

Tudo mudou para mim,

Depois que tu te foste embora;

Nada é igual a ti,

É tão diferente o meu agora.

 

Pensa em nós dois,

No que foi o nosso mundo,

Pois é belo e profundo

O que juntos construímos.

 

Pensa em nós dois,

Pois um erro tem emenda;

E assim talvez aprendas

Que o nosso amor é o destino.

 

[instrumental]

 

Tudo mudou para mim,

Depois que tu te foste embora;

Nada é igual a ti,

É tão diferente o meu agora.

 

Pensa em nós dois,

No que foi o nosso mundo,

Pois é belo e profundo

O que juntos construímos.

 

Pensa em nós dois,

Pois um erro tem emenda;

E assim talvez aprendas

Que o nosso amor é o destino.

 

 

 

Romance Incompleto

 

Letra: Manuel de Almeida

Música: Casimiro Ramos (Rapsódia de Fados)

Intérprete: Tânia Oleiro* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Tânia Oleiro (in CD "Terços de Fado", Museu do Fado Discos, 2016)

Versão original: Manuel de Almeida (in EP "A Única Mulher", Alvorada/Rádio Triunfo, 1961; "'O Fado' de José Malhoa - 100 Anos": CD 7, Tugaland, 2012) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

O mais profundo desdém   | bis

Ou a mais sentida dor       |

É nós gostarmos de alguém   | bis

Que não quer o nosso amor.  |

 

Se há no mundo tanta gente

Que não sabe o que é a dor,

P'ra quem tudo é felicidade...

Também há, infelizmente,       | bis

Os que padecem de amor        |

E os que morrem de saudade.  |

 

Se a dor e a saudade andam a par,

No pranto, na descrença e na tristeza,

Porque será que a gente há-de gostar           | bis

D'alguém que não nos quer e nos despreza?  |

 

Amar e não ser amado   | bis

É cruel desilusão:          |

É como andar naufragado,  | bis

Caminhar desamparado,     |

Perdido na escuridão.         |

 

Eu sofro como ninguém,  | bis

Do amor suas paixões;    |

Quero-te tanto, meu bem,  | bis

E só me dás ralações!        |

 

 

 

Silêncio

 

Letra: Frederico de Brito

Música: Carlos Rocha

Intérprete: Tânia Oleiro* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Tânia Oleiro (in CD "Terços de Fado", Museu do Fado Discos, 2016) [ao vivo na Casa de Linhares, Lisboa, 22 Jul. 2012 >> YouTube] [ao vivo no Restaurante Guarda-Mor, Madragoa, Lisboa, 28 Ago. 2013 >> YouTube]

Versão original: Carlos Ramos (in EP "Carlos Ramos Em Alta Fidelidade N.º 2", Columbia/VC, 1958; CD "Carlos Ramos: Biografias do Fado", EMI-VC, 1998)

 

 

[instrumental]

 

Já noite, nas horas calmas,

Sozinho à luz do luar,

O fado procura as almas

Que andam pr'aí a sonhar.

 

Corre os bairros de Lisboa,

Desce às quelhas da Moirama,

Bairro Alto, Madragoa

E anda p'los becos de Alfama.

 

Silêncio!

Deixem ouvir as guitarras

Gemendo canções bizarras,

Chorando numa voz rouca!

Silêncio!

Deixem ouvir este fado,

Fartinho de ter andado

Por aí, de boca em boca!

 

Mas dizem que agora o fado

Vai pôr de parte os queixumes,

E pôr tristezas de lado

Sem querer saber de ciúmes.

 

Diz que vai andar tranquilo,

Usar de mais altivez;

Se assim é, vamos ouvi-lo

Chorar p'la última vez.

 

Silêncio!

Deixem ouvir as guitarras

Gemendo canções bizarras,

Chorando numa voz rouca!

Silêncio!

Deixem ouvir este fado,

Fartinho de ter andado

Por aí, de boca em boca!

 

[instrumental]

 

Silêncio!

Deixem ouvir este fado,

Fartinho de ter andado

Por aí, de boca em boca!

 

 

 

O Casamento da Rita

 

Letra e música: Júlio Vieitas

Intérprete: Tânia Oleiro* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Tânia Oleiro (in CD "Terços de Fado", Museu do Fado Discos, 2016)

Versão original: Fernanda Maria (in EP "Isto É Fado" A Voz do Dono/VC, 1960; CD "O Melhor de Fernanda Maria", EMI-VC, 1994; CD "O Melhor de Fernanda Maria", Edições Valentim de Carvalho/Iplay, 2009; CD "Fernanda Maria: Essencial", Edições Valentim de Carvalho, 2014) [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Esse romance amoroso

Do mercado da Ribeira

Teve um final milagroso;

E, afinal, de que maneira!

 

Um romance igual a tantos,

Esse da Rita e do Chico:

Lá na Igreja de Santos

Foi-se os encantos do namorico.

 

Muito juntinhos sob o altar,

Entre os padrinhos foram casar;

Após a boda, a Rita e o Chico

Foram na roda do bailarico.

 

Desde a sagrada união

A mãe dela já nem ralha,

Nem sequer faz discussão

Por dá cá aquela palha.

 

Com sua graça expedita

Disse ao Chico pescador:

«Se não me dás outra Rita,

Vai haver fita seja onde for.»

 

E hoje uma Rita mais pequenina

Toda se agita linda e traquina:

Lembra a sardinha viva a saltar,

Outro romance para contar.

 

[instrumental]

 

Muito juntinhos sob o altar,

Entre os padrinhos foram casar;

Após a boda, a Rita e o Chico

Foram na roda do bailarico.

 

E hoje uma Rita mais pequenina

Toda se agita linda e traquina:

Lembra a sardinha viva a saltar,

Outro romance para contar.

 

 

 

Resposta Fácil

 

Letra: Silva Tavares (quadra) e Domingos Gonçalves Costa

Música: Popular e Maria Teresa de Noronha (Fado das Horas)

Intérprete: Tânia Oleiro* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão discográfica de Tânia Oleiro (in 2CD "Bar Lisbon: Classic & New Portuguese Flavours": CD 1, Nascente (UK), 2008; Livro/4CD "Divas do Fado": CD 2 – "O Futuro da Saudade", Difference/Iplay, 2009)

Segunda versão discográfica de Tânia Oleiro (in CD "Terços de Fado", Museu do Fado Discos, 2016)

Versão original: Fernanda Maria (in EP "Ai Amigos Quem Me Dera", Alvorada/Rádio Triunfo, 1967)

 

 

[instrumental]

 

Perguntas-me o que significa

Saudade, vou-te dizer:

Saudade é tudo o que fica

Depois de tudo morrer.

 

Tu que jamais conheceste

A dor que as almas tortura,

Que só conheces ventura   | bis

E por amor não sofreste;   |

Tu, que uma saudade agreste

Nunca te fez padecer,

Nem cravou no teu viver

Um espinho que mortifica;

Perguntas-me o que significa

Saudade, vou-te dizer:

 

Saudade é um bem ruim

Que tortura o coração;

É o princípio do fim                 | bis

D'um sonho sonhado em vão;  |

Saudade é doce ilusão

D'um amor que não nos quer,

Que a gente teima em esquecer

E a própria dor glorifica;

Saudade é tudo o que fica   | bis

Depois de tudo morrer.       |

 

 

* [Músicos que actuaram no Teatro da Luz:]

Tânia Oleiro – voz

Bernardo Couto – guitarra portuguesa

José Elmiro Nunes – viola de fado

Francisco Gaspar – viola baixo

URL: http://www.taniaoleiro.com/

https://www.facebook.com/tania.oleiro.fado/

http://ocarina-music.pt/site/index.php/tania-oleiro/

http://www.portaldofado.net/content/view/2303/327/

http://www.ofado.pt/?p=6964

http://infocul.pt/cultura/tania-oleiro-o-disco-tercos-de-fado-e-pensado-ha-muitos-anos/

http://xmusic.pt/entrevista/1622-tania-oleiro

 

[Viva a Música - 24.11.2016]
 

 

Altinho

 

Letra: Tradicional do Alentejo, e Celina da Piedade e Alex Gaspar (quadra "Eu subi àquele monte")

Música: Tradicional do Alentejo, e Toon Van Mierlo e Pascale Rubens

Intérprete: Celina da Piedade* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Celina da Piedade (in CD "Sol", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube] ao vivo na FNAC do Almada Fórum, 19 Fev. 2017 >> YouTube]

 

 

Eu subi àquele monte     | bis

para ver se te esquecia; |

Quanto mais alta estava   | bis

mais o meu amor crescia. |

 

Quero ir para o altinho         | bis

que eu daqui não vejo bem; |

Quero ir ver o meu amor    | bis

se ele adora mais alguém.  |

 

Se ele adora mais alguém,      | bis

se ele me ama a mim sozinha, |

que eu daqui não vejo bem,  | bis

quero ir para o altinho.         |

 

[instrumental]

 

que eu daqui não vejo bem,  | 3x

quero ir para o altinho.         |

 

 

 

Assim Sou Eu

 

Letra: António Avelar de Pinho

Música: João Gil

Intérprete: Celina da Piedade* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Celina da Piedade (in CD "Sol", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Sou formiga, sou cigarra

Sou cantiga, pinto a manta, faço a farra

Sou a lebre e a tartaruga

Sou de raça, estou em brasa, vou à luta

Sou bichinho bem manhoso

Poderoso e preguiçoso

Com franqueza e arredia

Sou tristeza e alegria

Sou chorona, está na palma

Rezingona, perco a calma

Sou destino ensarilhado

Diz a linha do meu fado

 

Sei que assim sou eu

Sei lá eu porque sou assim

Está-se mesmo a ver

Sempre assim vou ser

Está dentro de mim

Eu ser assim

[bis]

 

[instrumental]

 

Sou areia, sou granito

Fico cheia, sou "o bom e o bonito"

Sou canseira, sou de gancho

Parideira, só de filhos faço um rancho

D'ir à luta tenho ganas

Contra gregas e troianas

Lusitana, luzidia

Sou beleza e ousadia

Sou mandona, está na alma

Rezingona, perco a calma

Tudo muito complicado

Diz a letra do meu fado

 

Sei que assim sou eu

Sei lá eu porque sou assim

Está-se mesmo a ver

Sempre assim vou ser

Está dentro de mim

Eu ser assim

 

[instrumental]

 

Sei que assim sou eu

Sei lá eu porque sou assim

Está-se mesmo a ver

Sempre assim vou ser

Está dentro de mim

Eu ser assim

[4x]

 

Ser assim

Ser assim

Ser assim

Ser assim

 

 

 

Acredito

 

Letra: Celina da Piedade

Música: Alex Gaspar

Intérprete: Celina da Piedade* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Celina da Piedade (in CD "Sol", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Acredito em pouca coisa

que venha escrita em loiça,

dessa de pôr na parede.

 

Acredito mais no desempenho

da laranja que apanho,

que como e me mata a sede.

 

Acredito nas façanhas,

muito menos nas patranhas

de quem faz só porque sim.

 

Acredito nas crianças,

no meu ventre são esperanças

de um futuro sem fim.

 

Acredito na loucura

de quem pede mais ternura

e vira costas à guerra.

 

Acredito na fé dos outros

que às vezes abrem poços

só para encontrar mais terra.

 

Acredito no Caetano,

no Zambujo que é meu mano,

em todas as vozes calmas.

 

Acredito na poesia

e também na aletria,

em todos adoçantes de almas.

 

[instrumental / coros]

 

Acredito na minha mãe,

ela que sofreu bem

para que eu fosse como sou.

 

Crente nos frutos e flores,

nos mais impossíveis amores,

onde o Sol mais brilhar eu estou.

 

[instrumental / coros]

 

 

 

Aurora Tem um Menino

 

Letra: Tradicional do Alentejo, e Celina da Piedade e Alex Gaspar (duas estrofes iniciais)

Música: Tradicional do Alentejo

Intérprete: Celina da Piedade* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Celina da Piedade (in CD "Sol", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Dorme, meu menino d'oiro!

Oh meu lindo amor!

Não chores a tua sorte,

Oh meu lindo amor!

Oh meu lindo bem!

 

Que eu de ti nunca me perco,

Oh meu lindo amor!

Minha estrela do norte,

Oh meu lindo amor!

Oh meu lindo bem!

 

Aurora tem um menino

Mas tão pequenino;

O pai quem será?

É o Zé da Aroeira

Que vai p'rá Figueira,

Mais tarde virá.

 

No adro de São Vicente,

Onde há tanta gente,

Aurora não está;

Cala-te, Aurora, não chores,

Que o pai da criança

Mais tarde virá!

 

Cala-te, Aurora, não chores,

Que o pai da criança

Mais tarde virá!

[bis]

 

 

 

Canção de Nanar

 

Letra e música: Teresa Gentil

Intérprete: Celina da Piedade* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Celina da Piedade (in CD "Sol", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Hoje o dia foi um dia assim:

Esta sede e vontade de ti;

Se eu pudesse amar-te mais,

Bem sei

Que a lua ia dançar também.

 

Quantas horas faltam p'ra te ver

Nesta espera de aprender a ser?

Mais um som no tom do teu brilhar,

Mais um traço ao sol do teu vibrar.

 

Vem saber que o que vejo em ti

É sal e sopro e luz dentro de mim;

E a música da terra e ar

Ficam uma só no teu pulsar.

 

Se ainda não sorris carmim,

Perdoa a minha falta de cetim!

Nas palavras que não escrevi

Vive o amor que não se escreve.

 

[instrumental]

 

Se ainda não sorris carmim,

Perdoa a minha falta de cetim!

Nas palavras que não escrevi

Vive o amor que não se escreve...

 

Mas está aqui.

 

[instrumental]

 

 

 

A Linha e o Linho

 

Letra e música: Gilberto Gil

Intérprete: Celina da Piedade* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Primeira versão de Celina da Piedade (in CD "Sol", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

Versão original: Gilberto Gil (in LP "Extra", Warner Bros. Records, 1983, reed. WEA Discos, 1995) [>> YouTube] [ao vivo >> YouTube]

 

 

É a tua vida que eu quero bordar na minha

Como se eu fosse o pano e tu fosses a linha

E a agulha do real nas mãos da fantasia

Fosse bordando ponto a ponto o nosso dia-a-dia

E fosse aparecendo aos poucos o nosso amor

Os nossos sentimentos loucos, o nosso amor

O zig-zag do tormento, as cores da alegria

A curva generosa da compreensão

Formando a pétala da rosa, da paixão

A tua vida o meu caminho, o nosso amor

Tu és a linha e eu o linho, o nosso amor

A nossa colcha de cama, a nossa toalha de mesa

Reproduzidos no bordado

A casa, a estrada, a correnteza

O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza

 

[instrumental]

 

A tua vida o meu caminho, o nosso amor

Tu és a linha e eu o linho, o nosso amor

A nossa colcha de cama, a nossa toalha de mesa

Reproduzidos no bordado

A casa, a estrada, a correnteza

O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza

 

[instrumental]

 

 

 

Amores de Jericó

 

Letra e música: Celina da Piedade e Alex Gaspar

Intérprete: Celina da Piedade* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versão original: Celina da Piedade (in CD "Sol", Sons Vadios, 2016) [excerto inicial >> SoundCloud] [>> YouTube]

 

 

[instrumental]

 

Deixo-te ao postigo

Um lenço e uma rosa;

Vou partir p'ra longe,

Partir sem demora.

 

Não chores por mim!

Eu não o mereço:

Sou sombra fugaz

Mas não te esqueço.

 

Não queiras saber

O que eu não te digo:

Sou fora-da-lei,

Sou mais que um bandido.

 

Não venhas por mim

Que eu não sei amar!

Com a faca nos dentes

Meu verbo é zarpar.

 

O Sol já desponta,

Vai-se a madrugada:

O perigo espreita;

Adeus, minha amada!

 

Não quero teus ais,

Ouve o que eu te digo:

Ande eu onde andar,

Estarás sempre comigo.

 

Não queiras saber

O que eu não te digo:

Sou fora-da-lei,

Sou mais que um bandido.

 

Não venhas por mim

Que eu não sei amar!

Com a faca nos dentes

Meu verbo é zarpar.

 

Não queiras saber

O que eu não te digo:

Sou fora-da-lei,

Sou mais que um bandido.

 

Não venhas por mim

Que eu não sei amar!

Com a faca nos dentes

Meu verbo é zarpar.

 

[instrumental]

 

 

 

Calimero e a Pêra Verde (hanter-dro)

 

Letra: Tradicional do Baixo Alentejo (aprendida com Pedro Mestre e o grupo coral feminino "As Papoilas do Corvo")

Música: Pascale Rubens (para o duo Naragonia) + Tradicional do Baixo Alentejo (aprendida com Pedro Mestre e o grupo coral feminino "As Papoilas do Corvo")

Intérprete: Celina da Piedade* (ao vivo no Teatro da Luz, Lisboa)

Versões originais: Celina da Piedade (in 2CD "Em Casa": CD 1, Celina da Piedade/Melopeia, 2012) [>> Reverbnation] [>> YouTube] [>> YouTube] [ao vivo em Coimbra, 2011 / TEDx – a partir de 6':15" >> YouTube] / Celina da Piedade com Naragonia (in 2CD "Em Casa": CD2, Celina da Piedade/Melopeia, 2012) [>> Reverbnation] [ao vivo no Clube Ferroviário de Santa Apolónia, Lisboa / IX Fest-i-Ball 2010 >> YouTube] [em casa de Celina da Piedade, Lisboa, 1 Mar. 2012 / A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria >> Vimeo]

 

 

[instrumental]

 

Deste-me uma pêra verde,

Estava a meio de amadurar;

Pêra verde, minha verde pêra,  | bis

Não me venhas enganar!         |

 

Não me venhas enganar!

A mim não me enganas, não!

Pêra verde, minha verde pêra,  | bis

Amor do meu coração.             |

 

[instrumental]

 

O amor quando se perde      | bis

É como a nódoa da amora:   |

Só com outra amora verde  | bis

A nódoa se vai embora.      |

 

Deste-me uma pêra verde,

Estava a meio de amadurar;

Pêra verde, minha verde pêra,  | bis

Não me venhas enganar!         |

 

Não me venhas enganar!

A mim não me enganas, não!

Pêra verde, minha verde pêra,  | bis

Amor do meu coração.             |

 

[instrumental]

 

Pediste-me uma laranja,    | bis

Meu pai não tem laranjal;  |

Se queres um limão doce     | bis

Vai à porta do meu quintal!  |

 

Deste-me uma pêra verde,

Estava a meio de amadurar;

Pêra verde, minha verde pêra,  | bis

Não me venhas enganar!         |

 

Não me venhas enganar!

A mim não me enganas, não!

Pêra verde, minha verde pêra,  | bis

Amor do meu coração.             |

 

[instrumental]

 

Deste-me uma pêra verde,

Estava a meio de amadurar;

Pêra verde, minha verde pêra,  | bis

Não me venhas enganar!         |

 

Não me venhas enganar!

A mim não me enganas, não!

Pêra verde, minha verde pêra,  | bis

Amor do meu coração.             |

 

 

* [Músicos que actuaram no Teatro da Luz:]

Celina da Piedade – voz e acordeão

Filipa Ribeiro – bateria e coros

Sofia Neide – contrabaixo

Nilson Dourado – guitarras, viola caipira

URL: http://www.celinadapiedade.com/

http://celinadapiedade.blogspot.pt/

https://www.facebook.com/celinadapiedade

http://www.sonsvadios.pt/js_albums/sol/

https://www.reverbnation.com/celinadapiedade/songs

https://soundcloud.com/celina-da-piedade

https://soundcloud.com/sonsvadios/sets/cd-sol-celina-da-piedade

https://www.youtube.com/user/celinapiedade/videos

https://www.youtube.com/playlist?list=PL8DohTii9RsTSqT1wpfMtmsvCxC7_sJ8B

http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/celina_da_piedade/videos

 


 

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Última actualização: 23/12/23.

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