Home Para cima ORION - 19 Janeiro 1964

 

 

 

"Cordas Soltas" é o nome do último álbum dos Trovas à Tôa (com acento circunflexo). Tendo em vista a vocação do grupo, que é a de dar a conhecer a nossa música e a nossa maneira de a tocar, tinha de ser uma gravação ao vivo e a cores (sendo a cor predominante o tinto).

Esta magnífica obra de arte da música tradicional Portuguesa, encontra-se disponível para os coleccionadores. Para auxiliar a compreensão de tão complexo trabalho sinfónico, deixamos aqui uma breve introdução.

 

 

 

 

 

as faixas:

 

  • Siga a rusga : nova no repertório. Uma rusga como tantas outras, com que começamos os nossos espectáculos, também para que o JP possa afinar a mesa de mistura. Cantiga calma e compassada que servia para acompanhar o passo dos caminhantes e que agora serve para aquecer a musculatura destes elegantes músicos.

 

  • O Fado das Sete Letras: nova no repertório. Para uma introdução bem disposta. Uma letra muito conhecida e pouco cantada com um toque de fado-das-ilhas.

 

  • Tourada: nova no repertório. Música e letra do grupo Alma Popular, da Ilha Terceira, dos Açores. Uma pérola da música tradicional.

 

  • A Patuscada: um tema conhecido de "O Fado da Badalhoca" aqui tocada pelo grupo todo, como sempre fazemos ao vivo.

 

  • A Quadrilha de Vilarinho: editada inicialmente em "Ao vivo em Vilarinho" é parte obrigatória dos nossos espectáculos. Realça-se o vigoroso trabalho do braço direito do Abel sobre as dez cordas da viola.

 

  • O Balho Furado: nova no repertório. Uma bonita cantiga da Ilha de S. Miguel, divulgada inicialmente pelo grupo etnográfico (folclore) da vila da Povoação, mais tarde pela Ronda dos Quatro Caminhos e tendo sido objecto de um excelente (mas academicamente excelente) trabalho pelo "Miguel Pimentel" em dois dos seus CDs sobre a Viola-da-Terra.

 

  • A Moda dos Mastros: uma cantiga alentejana, da região de Castro Verde. Apraz-nos trazer à ribalta, uma cantiga alentejana que não faz parte do estereótipo que as pessoas têm daquilo que é uma modinha alentejana. É quase como as modas minhotas: toda a gente pensa no vira, quando ele não chega a ser 5% do folclore minhoto. Assim aqui fica um exemplo das nossas capacidades vocais.

 

  • A Quadrilha de Tendais: nova no repertório. Tocada com base num recolha do rancho folclórico da casa do povo de Tendais, a provar que os ranchos folclóricos não "são todos a mesma treta". Bem longe disso. Há ranchos (felizmente já bastantes) que bem mereciam outra designação que lhes fizesse a devida justiça. Aqui deixamos este exemplo.

 

  • O Malhão Velho do Cachadinhas: nunca será demais homenagear este homem que tanto dá à música tradicional minhota. O Cachadinhas e a sua concertina bem merecem um monumento em Ponte-de-Lima. E nós pagávamos a viagem para ir lá cantar na inauguração.

 

  • A Valsa: tivemos de incluí-la no disco porque nunca calhou tocá-la tão bem e porque será provavelmente a última vez que a incluímos num CD. Apreciamos sobretudo o belo trabalho de bandolim do JP, mas também toda a harmonia que calhou muito bem.

 

  • Oh Laurindinha: a pedido da multidão de Cesar que nos acompanhou neste concerto em terras da Estrela. Sendo uma das cantigas fundadoras do grupo e entendida como parte do cancioneiro de Cesar, é indispensável. Aqui incluindo um trabalho de cavaquinho dobrado pelo Manel que, apesar da transpiração e dos holofotes que lhe queimavam o pescoço, conseguiu dar boa conta do recado.

 

  • A Chibinha: desta vez acompanhada com um cheirinho de gaita-de-foles, para o bailarico que, nesta altura, já estava generalizado por entre os canteiros e as esplanadas do jardim central de Gouveia. Houve alguns tropeções e somos testemunhas de ligeiros acidentes entre os bailadores, mas garantimos que não pisaram as plantas.

 

  • Meus Senhores: nova no repertório. Mais uma alentejana pouco vulgar. Conhecida, mas nunca tão enriquecida como quando foi trabalhada pela "Adiafa". A eles (Adiafa) devemos a lembrança desta cantiga tão bonita que resolvemos tocar para as gentes de Gouveia.

 

  • As Meninas da Ribeira do Sado: nova no repertório. De facto nem pertence propriamente ao nosso repertório, mas nesta fase do espectáculo já estávamos a ser tão influenciados pelo público quanto o público estava a ser influenciado por nós. Eles pediram e teve de ser (mais uma vez obrigado, Adiafa).

 

  • Estava a assar sardinhas: pois. Não conseguimos passá-la. O bailarico continua, o público exige e o grupo tem de acompanhar. Desta vez fomos testemunhas de que o Celestino passou por cima da beira de um canteiro de flores a uns 75 Km/h, conseguindo ainda evitar um banco de pedra e uma sebe de bucho baixinha. A noite continuava morna e limpa, nas faldas da Serra de Estrela enquanto a gaita-de-foles espantava alguns mosquitos que pululavam junto aos holofotes do palco.

 

  • O Foguetão: nova no repertório. Esta foi uma cantiga criada pelo saudoso António Mafra para festejar o lançamento do primeiro foguetão português, pela equipa do Engº Jósé Gomes do Instituto Superior de Engenharia (se me não falha a memória). Um foguetão de dois andares, lançado da praia da Boa Nova, junto ao local onde hoje se encontram as instalações da GALP, isto no início dos anos 60. Pode ver o relato do acontecimento , contado na primeira pessoa pelo próprio José Gomesno seu blog ( http://chuviscos.blogspot.com/2006_01_15_archive.html ) ou na cópia que aqui criámos, para o caso de alguém vir a apagar o blog. Clique no recorte do jornal. Pois resolvemos lembrar o grande António Mafra e homenagear o que hoje ainda é um agradável grupo de música portuguesa de cariz tradicional.

 

  • Mariquinhas dos Encantos: modificada. Quer na música, que re-arranjamos em cinco acordes, quer na letra pois que o Alfredo se lembrou de mais duas estrofes que faltavam. Fica assim completa uma cantiga popular, recolhida no café Convívio de Cesar, numa das muitas e longas noites de Inverno que assolam a nossa região.

 

  • O Malhão da Carvalhosa: não foi a última cantiga a ser cantada. Resolvemos colocá-la em último no CD, mas isso foi uma espécie de acréscimo. A apresentação do grupo não é feita sempre com a mesma cantiga, nem é sempre feita no mesmo formato. Nós chamamo-nos Trovas à Tôa e não Trovas Organizadas. Nós mudamos o espectáculo como nos apetece (a nós e ao público). Esta teima das quadras do António Aleixo foi uma alembradura do avô mokka e é sabido que não se consegue tirar debaixo daquela careca, uma teima pré-instalada. Assim, teve que ser e não ficou mal.

 


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